O fim do antigo caos: A cadeia de Velum

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1200 D.C

O céu escurecido ameaçando derramar uma tempestade prendeu os civis dentro de suas casas. O silêncio ensurdecedor em volta do reino e a neblina cada vez mais espalhada pelas ruas de pedregulho, os faziam temer por suas vidas, um tempo como aquele — Para eles — era como um presságio.

Quando o tremor de terra alertou sobre a chegada do dragão da rainha Merida, o temor se intensificou. O gargalhar de Velum ecoou pela paredes rochosas, causando arrepio nos ossos mais escondidos dos plebeus.

"Que os deuses tenham piedade" Clamou uma senhora firmando sua vela.

Frente a frente, os dois seres poderosos se encaravam sedentos para que fossem deixados em paz, Velum rangeu os dentes encarando Elizabeth lutando contra suas marionetes, a garota estava sendo uma enorme pedra em seu caminho.

Quando o dragão da rainha rugiu sentindo as presas de Fúria penetrando em seu pescoço, Merida deixou que seu olhar se direcionasse para sua besta, Velum sorriu gostando da distração.

Velum então se aproveitou daquilo para atingir a rainha com suas garras, cravando-as no braço da rainha.

Elizabeth Saltzman se viu sendo sugada para fora do corpo da princesa do sul. Como sua alma  fora do corpo vendo seus últimos minutos de vida, Lizzie assistia toda aquela guerra em câmera lenta. A rainha ferida, princesa Elizabeth sendo atingida por uma onda mágica, o dragão da rainha rugindo de dor e Fúria rugindo irritada.

Velum se aproximou da rainha com um sorriso brincando em seus lábios, a excitação que ele sentia com a chegada de sua possível vitória formigava por dentro do corpo que ele hospedava.

— Você podia ter fugido mas voltou aqui.-Velum usou sua magia para jogar a rainha contra uma carroça.— O problema dos seres sobrenaturais é que eles pensam que ninguém pode detê-los ou que não há uma força maior do que a deles. Mas sempre há.-Gargalhou.

A rainha riu.

Velum não sabia se aquilo era uma tentativa idiota de irritá-lo, ou se a rainha só é louca o suficiente para não perceber que sua hora chegaria.

A gargalhada da rainha já o estava aborrecendo, seu sorriso não estava mais presente em seu rosto, Velum estava carrancudo e a expressão no rosto de Lyna alegrava ainda mais Merida, mesmo que o rosto da filha a deixasse triste ao lembrar que ele não a pertencia mais.

Merida se aproveitou da situação que Velum estava, ele sequer percebeu que a rainha o estava distraindo e quando o fez, Elizabeth já tinha a lança prateada enfiada no peito de Lyna e logo depois, foi a vez de Merida de enfiar suas garras em Velum.

— Sua... VAGABUNDA!.-Ele proferiu irritado.— Acha que isso pode me parar?.-Velum movimentou as mãos, uma onda mágica novamente jogou ambas mulheres.— Acha mesmo que conseguirão trazer aquela putinha de volta? Ela deve está ocupada demais no inferno!.-Gargalhou.

— Merlin..-Elizabeth, a princesa murmurou.— Não me deixe, Merlin.. somos eu e você, por favor, eu não quero viver sem você.-Ela apelou, seus olhos prendiam lágrimas encarando dolorosamente o rosto de sua amada, o sorriso de Velum cresceu.

— Ela não está mais aqui.

O corpo hospedeiro surgiu em frente a loira, a pegou pelo pescoço e ergueu com nem metade de sua força.

— É uma pena que uma mosquinha tão bonita não soube escolher qual pedaço de merda era melhor sentar.-Velum tirou as garras.— Eu tinha planos para o seu corpo.. mas vou me contentar com sua morte.

𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 [ Lizzie Saltzman e S/n]Where stories live. Discover now