Ciúmes?

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Não demorou mais do que dez minutos para que S/n despertasse de seu breve sono, os barulhos de passos andando de um lado para outro fez S/n suspirar.

Klaus estava inquieto. Irritado.

S/n podia imaginar o que passava na cabeça do híbrido, bom, o que se passava na cabeça dos Mikaelson's adultos.

S/n sentia-se exausta, o que lhe incomodava foi o sentimento de impotência por ter permitido que o homem invadissem sua mente. Mas o que mais irritava a Mikaelson, era o fato do homem ter colocado suas irmãs no meio de toda essa bagunça.

Ela não podia acreditar que tudo o que ele disse era verdade. Ela não podia acreditar na maldita profecia.

—Ei, você está bem?.-Klaus apressou-se em sentar na beirada da cama.

S/n suspirou sentando-se com a ajuda do mais velho que a olhava preocupado.

—Sim, estou.-Mentiu.—Apenas uma dor de cabeça. Deve ser por conta da fome, ainda não comi nada.-S/n sorriu fraco.

—Tudo bem.-Niklaus afagou os cabelos da filha.—Então vamos comer.

Niklaus sorriu ajudando a filha levantar, S/n saiu do quarto e desceu a escada sendo observada pelos tios que a olhavam com um sorriso. E no fim da fileira dos Mikaelson's estava quem os olhos de S/n procurava.

Elizabeth Saltzman.

A ruiva precisou controlar suas emoções para não ter um Rebekah e Kol a enchendo o saco com canções inventadas para shippers.

S/n adentrou a cozinha, desta vez avistando Hope e Milan que se alimentavam para afastar a fraqueza de seus corpos.

As irmãs olharam para a Mikaelson com os olhares "estamos fudidas, mas ao menos estamos juntas".

[...]

S/n folheava o livro da vez:

"O diabo está entre nós"

Um livro escrito por Jessie Mccaley, sobrevivente de um Maníaco que se passava por pastor para sequestrar, estuprar e manter em cárcere as mulheres da igreja.

As atraiam com a oferta de aprofundar suas espiritualidade e fortificar seu laço com Deus.

—De novo no seu mundinho de livros.-Lizzie sentou no colo da Mikaelson que a olhou surpresa.

—Já disse que os livros são minha rota de fuga.-S/n disfarçou com um sorriso marcando a página e logo fechando o livro.

S/n suspirou lembrando do incidente de mais cedo, a garota apertou o livro antes de tomar coragem.

–Escuta.-S/n encarava a capa do livro.—Me desculpe por  ter sido grossa com você mais cedo, me desculpe por te empurrar.-A voz calma e receosa de S/n invadiu os ouvidos de Lizzie que sorriu levantando-se.

–Está tudo bem.-Lizzie se virou.—Você tinha acabado de sair de algo ruim e eu fui até você sem pensar. Invadi seu espaço, então me desculpe também.

S/n sorriu antes de assentir.

—Tia Freya está chamando.-Hope gritou do lado de fora da biblioteca.

S/n revirou os olhos seguindo para fora da biblioteca sendo acompanhada pela sinfão.

Chegando no pátio da mansão Mikaelson, as garotas se depararam com Freya preparando algum tipo de feitiço.

—Milan e Hope nos contou sobre o bruxo que invadiram suas mentes.-Marie adentrou o cômodo limpando o vestígio de sangue do canto da boca.

—Estamos tentando entender e saber se o homem que vocês viram estão falando a verdade.-Freya explicou.—Precisamos do seu sangue.

S/n levantou a manga da jaqueta de couro enquanto caminhava até a tia que segurava um punhal.

Freya entregou o punhal para a garota que soltou um leve suspiro antes de cortar seu braço e derramar o sangue dentro da pequena vasilha.

Freya sorriu agradecendo com a cabeça.

A bruxa sentou-se em frente a vasilha e enquanto conjurava o feitiço em latim, Freya passava as mãos pelos sangues misturados.

A Mikaelson mais velha suspirou alto rolando seus olhos para trás, flashs de imagem começaram a aparecer para Freya que tentava captar todas.

Freya empurrou a vasilha de sangue que ao cair no chão se transformou na mesma gosma preta que as meninas haviam vomitado mais cedo.

—O que aconteceu?.-Elijah ajudou Freya a se recuperar.

—Bom, pela cara. É verdade, nós somos o fim do mundo.-Milan cruzou os braços.

—S/n?.-Ayla adentrou a mansão chamando pela Mikaelson.

Ao ver a garota parada a olhando com a sobrancelha arqueada, Ayla sorriu.

—Céus, achei que estava morta.-Ayla andou até S/n.—Se você está aqui, onde está Leona?.-Ayla abraçou S/n rapidamente fazendo Lizzie revirar os olhos.

—Leona está morta.-Milan tomou a fala com um sorriso em seu rosto.—E você também deveria estar por tê-la ajudado, é claro. Se a minha querida irmãzinha não a quisesse viva.

Milan se aproximava a cada palavra. Ayla apenas observava confusa, é claro que ela estava, até então ela sabia que S/n tinha uma irmã, mas a tal, era Hope Mikaelson e não uma desconhecida com cara de psicopata que se aproximava cada vez mais de seu corpo.

—Deixe-a, Milan.-S/n bocejou.—Ninguém pode tocá-la, entenderam?.-S/n passou os olhos entre os Mikaelson's.—Eu fiz um acordo e pretendo cumprir.

Niklaus revirou os olhos encarando Elijah, é claro que S/n havia herdado aquele comportamento de alguém, ou melhor, aprendido com alguém.

—Vem, eu vou te atualizar.-S/n chamou Ayla com a cabeça fazendo Milan sorrir para Lizzie com perversidade.

—E o título de namorada vai para.-Milan bateu nos joelhos imitando tambores.—Ayla.

Milan gargalhou quando Lizzie revirou os olhos entrando para a biblioteca emburrada. A loira se sentia estranha, incomodada com a aproximação entre Ayla e S/n.

"Isto é.. ciúmes?" Pensou a Saltzman.

—Não, isso é impossível.-Lizzie disse para si.—Eu sou Elizabeth Saltzman, é claro que não estou com ciúmes.-Lizzie resmungou.

—É claro que está com ciúmes.-A voz de Hope se fez presente.

Lizzie se virou com os braços cruzados e a cara de poucos amigos avistando Hope escorada na porta com os braços cruzados.

—Vamos lá, você não tem algo pra fazer? Por exemplo... ir falar com a minha gêmea, já que é claro você não falou com ela depois do que aconteceu.-Lizzie cutucou.—Desculpe, eu fiz de novo.

Hope apenas negou com cabeça revirando os olhos antes de sair em direção a Josie que subia a escada lendo alguma coisa no celular.

Lizzie suspirou passando a mão no cabelo.

—Está tudo bem ter ciúmes, não é como se eu fosse matar cada pessoa que chega perto dela.-Lizzie sentou-se na poltrona pegando o livro que S/n lia mais cedo.

"O diabo está entre nós" Lizzie leu em voz alta.

—Com certeza estar e veste lindas jaquetas de couro, anda e fala com elegância. Maldita carinha de anjo em um demônio.-Lizzie sussurrou.

—Lizzie, certo?.-Marie entrou na biblioteca tomando um gole de Bourbon.

Lizzie congelou por alguns segundos antes de dar uma sorriso nervoso observando a mãe de S/n sentando em sua frente.

Marie observava o comportamento nervoso da sinfão e se divertia causando medo na futura namorada de sua filha.

—Podemos conversar?.

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O silêncio...










𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 [ Lizzie Saltzman e S/n]Where stories live. Discover now