Capítulo 19

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Hershel cuidou de Daryl que repousava desacordado na cama do quarto. Todos jantavam na casa, mas insisti para minha mãe que queria tomar conta caso Daryl acordasse. As mulheres mais velhas resolveram fazer um jantar para agradecer ao médico por estar nos acolhendo. Por enquanto. O caçador ainda estava todo sujo da sua aventura na floresta. Peguei um pano com água e comecei a limpá-lo.

-Ei... - escuto um murmurar vindo do caçador. Ele se inquieta ainda de olhos fechados. Seguro em seus ombros o acalmando baixinho.

-Sh... Ei, eu estou aqui. Tá tudo bem.

Finalmente, Daryl abre os olhos e aquele azul me penetra profundamente.

Carol entra no mesmo instante com um copo de suco e Daryl se vira para o lado contrário dela.

-Como está se sentindo? - ela apoia a bandeja na mesa de cabeceira.

-Não dá pra ver? - responde rudemente.

-Daryl... - o repreendo.

-Está tudo bem... - Carol olha pra mim e força um sorriso. - Eu trouxe o jantar. Deve estar faminto.

O caçador apenas olha para a mulher e se vira novamente. Carol faz que vai sair, mas volta e dá receosa um beijo na testa do caçador.

-Cuidado, eu tenho pontos. - diz o homem fazendo manha.

A mulher ri.

-Você precisa saber de uma coisa. O que fez pela minha filha hoje foi mais do que o pai dela fez a vida inteira.

-Não fiz mais do que o Rick e o Shane não teriam feito. - Daryl responde.

-Eu sei. Você é tão bom quanto eles. Sabia disso?

Com um último olhar para nós dois, Carol deixa o quarto fechando a porta atrás de si.

Sem dizer nada, volto a passar o pano úmido sobre a sujeira que estava acumulada em sua pele. O caçador ainda virado para o lado se encolhe, mas não reclama. O pano desliza suavemente pelos seus músculos me fazendo arfar um pouco, o que chama a sua atenção.

-O que foi? - diz sem me olhar.

-Hm... Nada não. - digo o virando e limpando seu tórax.

Experimento descer cada vez mais o tecido. Paro somente quando vou molhar e torcer novamente o pano. Vejo que quanto mais eu desço, mais a sua musculatura se comprime. Sento ao seu lado explorando a região abaixo do seu umbigo e quando olho mais para baixo, vejo um volume que nem sua cueca junta ao cobertor conseguiria esconder. Daryl tenta se sentar envergonhado e eu o acalmo para que não se mova muito.

-Desculpa... Faz tempo que não tenho uma mulher tocando em mim... - ri para si remexendo nas suas lembranças.

-Quer que eu pare? - pergunto erguendo uma sobrancelha.

-Não quero. - para, mas volta a falar me encarando. - Só que esse momento. Aqui... Não é o melhor momento para nós.

Naquele momento seus olhos me prendem. Me deixam perdida igual no dia em que nossos olhos se cruzaram pela primeira vez. Engulo em seco enquanto o caçador passa as costas das mãos na minha bochecha até sermos interrompidos por uma batida na porta que me faz saltar da cama e o caçador se enfiar mais embaixo da coberta. Tento agir naturalmente enquanto mamãe entra e me pergunta se eu não quero mesmo jantar. Ela me encara por um tempo e depois olha para Daryl.

-Obrigado por me ajudar a lavar o rosto. - diz o caçador para tentar acabar com aquele clima. - Mas agora eu estou com sono. Podem ir embora... - e se vira carrancudo como normalmente.

Love Keep Us SafeWhere stories live. Discover now