Capítulo 26

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 Estão sendo meses difíceis. Quase sete se a minha sanidade permite calcular. Deitada no chão da casa abandonada em um dos meus pequenos momentos de paz em que não preciso ficar de vigia para que os outros pudessem dormir despreocupados no meio da floresta.

Carl se aproxima com duas latas de comida de cachorro e eu rio fechando os olhos e os tapando com o braço por cima. Penso em como ele cresceu. Está uns dez centímetros mais alto e seu cabelo maior. Depois de sairmos da fazenda, não tivemos muito tempo para nos cuidar.

Minha mente se esvai em apenas uma lembrança:

-Vai embora, Dixon - digo entre lágrimas me embrenhando no meio da floresta.

-Não vou te deixar aqui sozinha... - diz se encostando em uma árvore.

Havíamos acabado de encontrar uma casa abandonada para nos instalar depois de vagar por alguns dias depois de deixarmos a fazenda. Todos estavam lá dentro, a maioria dormia pesadamente cansados. Apenas papai, Hershel, eu e Daryl estávamos acordados.

Vasculhava um quarto, mas fiquei estática quando olhei para o relógio onde marcava data e hora. Ali estava às 23:43 do dia 4 de maio... Meu aniversário. Papai estava atrás de mim nesse momento e percebeu como me senti. Me abraçou por trás e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

-Feliz aniversário, minha princesa... - sussurrou.

Quando se afastou pedi licença e saí, cruzando com o caçador na escada que sem falar nada veio atrás de mim.

-É hoje não é? - perguntou com a voz rouca.

Falamos sobre isso e muitas outras coisas enquanto andávamos esses dias.

-É... - sussurro. - Hoje eu estaria recebendo uma infinidade de presentes de pessoas que eu mal conhecia, que só queriam status por eu ser filha do xerife. Estaria enfiada em um vestido feio que papai queria que eu usasse e eu aceitei para irmos logo para casa... Parece tudo ruim, mas era tudo o que eu mais queria que acontecesse hoje... Queria algo para me fazer sentir fora disso tudo, alguma coisa que me fizesse sentir normal... - as lágrimas não paravam de descer.

O caçador se aproximou me puxando para o seu peito. Ele estava quente. Sua respiração acelerada assim como a minha. Eu sabia e ao mesmo tempo não sabia o que estava por vir.

Suas mãos percorreram da minha cintura para minhas costas massageando meus ombros lentamente. Ah, meu Deus, aquilo estava tão gostoso...

-Você ainda está tensa, Grimes... Não posso fazer nada que você não esteja preparada. - sussurrava no meu ouvido e meus ombros antes enrijecidos começavam a relaxar.

Daryl puxou meu queixo para cima enquanto ainda massageava meus ombros. Eu soltava pequenos gemidos de prazer enquanto ele mordiscava meus lábios. Quando o beijo ficou mais intenso subi minhas mãos envolvendo seu pescoço e acariciando sua nuca. Em um rápido movimento, me pega no colo, despendendo alguns beijos enquanto me levava em direção ao depósito que ficava na área externa da casa. Era nada mais do que um quartinho entulhado. Me depositou com cuidado no chão e pegou minha mão me levando para dentro, fechando a porta atrás de si, vindo em minha direção nervoso. Puxou-me para o seu colo me fazendo entrelaçar minhas pernas em suas costas. Senti comprimido contra mim algo duro que eu já sabia o que era. Me sentou em uma mesa e enquanto me beijava, o senti pulsando em contato comigo.

Resolvi tomar uma iniciativa e minhas mãos desceram sorrateiramente para o cós da sua calça, desafivelando o seu cinto. Minhas mão entrou para dentro de sua cueca e gentilmente comecei a massagear seu sexo. Era quente, macio e grande. Muito grande. Ao sentir meu toque o caçador gemeu rouco na base do meu ouvido.

Olhou ao redor por um instante e puxou de uma prateleira atrás de mim um cobertor e o forrou no chão me puxando para baixo e me deitando sobre o tecido macio e limpo. Ele se posicionou sentado de frente para as minhas pernas e tirou primeiro meu coturno, depois minha calça, minha camisa, por fim me deixando apenas com a roupa de baixo.

-Você é linda, Ellie Grimes... - disse deitando-se por cima de mim e me beijando lentamente enquanto seus dedos escorregaram pela lateral do meu corpo e apertavam minha bunda. - E muito gostosa também... - continuou puxando minha calcinha para baixo e eu o ajudei a tirá-la por completo, em seguida já tirei meu sutiã também. Ele aprecia meus peitos por um instante e logo abocanha um começando a chupá-lo com gosto apertando o outro em sua mão. Meus gemidos já não são tão baixos agora, mas tento me controlar ao máximo.

O caçador começa a descer seus beijo pela minha barriga até minha virilha passando sua língua quente lentamente sobre o meu clitóris. Me encolho com tal sensação maravilhosa. Daryl brinca com sua lingua pelo local até o momento em que o prazer fica tão grande que me desfaço em sua boca. Volta para cima de mim e começa a me beijar encaixando seu membro que colocara para fora da calça na entrada da minha vagina.

-Você já fez isso antes? - pergunta dando beijos em minha bochecha.

-Não... - digo corando.

-Quer que eu continue? - diz com medo de eu negar, mas quando assinto com a cabeça, ele começa a entrar em mim lentamente me encarando enquanto eu fecho meus olhos sentindo uma dorzinha aguda que logo se desfaz e eu começo a mover meu quadril rebolando enquanto ele ainda com cautela penetra em mim.

Novamente me desfiz nele e quase ao mesmo tempo, o caçador tirou seu sexo de mim, masturbando-o, mas antes que gozasse sentei-me e abocanhei seu membro engolindo tudo o que saía dele. Olho para cima com um olhar inocente e o homem estava me encarando surpresa. Ambos deitamos sobre o cobertor. Eu abraçada em seu peito enquanto ele me apertava contra si. Estávamos suados e eu exausta pela minha primeira experiência dormi profundamente.

-Te amo, menina... - foi a última coisa que pude ouvir.

-Filho meu não vai comer comida de cachorro! - papai diz quase gritando e arremessando as latas contra a parede irritado, me tirando completamente do meu devaneio.

Puxo Carl para perto de mim e o menino que usava firmemente o chapéu de xerife do papai me abraçou de volta.

-Pessoal... - T chama nossa atenção. Ele que estava fazendo a vigíla da janela e já sabíamos o que tínhamos de fazer.

Carl se levanta ajudando o restante do pessoal com as mochilas. Ajudo mamãe a se levantar pois sua barriga estava enorme. Ela sai ligeiramente pela porta dos fundos atrás dos outros enquanto eu verifico com o caçador se nada ficou para trás. Os errantes ainda estavam longe quando saímos e alcançamos o grupo mais a frente e saímos dali com nossos veículos.

Love Keep Us SafeWhere stories live. Discover now