Baki Imagines 1

Pickle🦖

Correr sempre foi algo simples para você, fazia parte do seu trabalho, mas após meia hora correndo ao redor da arena do senhor Tokugawa a procura do seu objetivo, sua mente começou a cogitar em procurar dentro da grande arena.

— droga criança, precisava correr tanto?

Você se questionou se deveria ter aceitado aquele trabalho para início de conversa, nem ao menos conhecia os pais daquela garotinha, mas não, você tinha que prometer ao seu irmão que poderia cuidar dela enquanto estivessem fora.

Correu para dentro da arena, adentrou sem muitas dificuldades, o que até chegou a ser suspeito na sua visão, então você sentiu o cheiro do perfume doce que a menina usava, seguiu os rastros e a encontrou encurralada entre uma montanha de músculos e um monte de entulhos talvez, o escuro estava dificultando sua visão.

— você, acho melhor deixar a criança em paz. — você tentou amenizar a situação, mas a criança correu assim que te viu. — querida, feche seus olhos por favor.

Resultado, um tiro e um cadáver. Não, você não estava morta, nem a criança.

O homem havia sido atingido pelo seu poderoso aperto antes que pudesse mirar na pequena garotinha, seu crânio se tornou gelatina dentre os seus dedos.

Ter sangue Hanayama tem lá suas vantagens.

— que ódio, esses caras gostam de brincar com coisas perigosas.- resmungou aborrecida assim que soltou o resto dos miolos do homem. - parece que a mamãe tinha razão, somos parecidos em algo Kaoru.

O poderoso aperto de Kaoru Hanayama era apenas mais uma das inúmeras habilidades do líder do grupo, já para você, a irmã mais nova aquilo era seu único meio de defesa, além do corpo resistente.

— droga, acabei sujando tudo.

O local estava uma bagunça, os pedaços do homem estavam praticamente pintando o chão enquanto o sangue escorria.

Já do outro lado da arena, Pickle observava tudo atentamente, aquele homem invadiu seu território atrás daquela coisinha barulhenta, logo depois uma mulher apareceu, ela carregava com sigo o cheiro do guerreiro que conseguiu empurrá-lo noite passada. Ele julgou serem parentes pela aparência e devido ao que ela havia feito com a cabeça do invasor.

Ele estava curioso, como uma mulher tão pequena conseguiu vencer um homem com o dobro do tamanho dela. Mesmo ele não sendo uma ameaça para Pickle, com certeza aquele homem poderia ter acabado com ela em alguns minutos.

— tia me desculpa, eu queria brincar...— respondeu triste, apesar de tudo você entendia muito bem o que ela estava passando, então se agachou e começou a acariciar a cabeça da pequena.

— está tudo bem agora, vamos para casa? — tentou passar uma imagem tranquila, mesmo estando com algumas partes do corpo cobertas por sangue.

— mas você está sangrando...

Sangrando? Nem se quer havia notado, mas não foi a bala quem causou aquilo, era só o seu útero avisando que não estava grávida. Mas aquilo despertou totalmente Pickle.

O seu cheiro, era como um convite para Pickle. Por consequência disso, ele parou atrás de você, pronto para procriar.

— tia, corre! — a menina gritou e saiu correndo, te deixando para trás com aquele titã.

Kaoru você me paga.

A presença dele era algo fora do comum para você, parecida com a de Yujiro Hanma, aquele cara não estava ali para fazer amizade.

Ficou do mesmo jeito que estava, não importava o que acontecesse, você não iria mover nenhum membro se quer. A sobra dele cobria totalmente o pouco de luz que ainda restava, os sons que eram ouvidos por você estavam praticamente se igualando aos de um tigre pronto para o ataque.

Uma respiração profunda foi sentida perto do seu pescoço.

Ele está me avaliando?

Reuniu coragem o suficiente para encará-lo, mas acabou dando de cara com o peito musculoso do homem.
Pickle entendeu aquilo como sinal verde para um avanço, então ergueu as mãos em direção ao seu rosto.

Mas não seria tão fácil assim, seu corpo agia sozinho em situações de perigo, e desta vez não foi diferente, sua mão agarrou o pulso dele apertando com toda a sua força. Você ficou surpresa ao ver que nada aconteceu, já Pickle parecia estar cada vez mais tentado a ter você.

Lágrimas de desespero começaram a surgir em seu rosto, aquilo já era de mais para você, ninguém nunca ousou te ver daquela forma, como um objeto de procriação, aquilo feria sua honra.

Pickle estava cada vez mais confuso e embriagado com o seu cheiro.

— apaguem ele.— a voz de Tokugawa pode ser ouvida, então as luzes da arena se acenderam.

Pickle deduziu que fossem te tirar dele, então agarrou seu corpo e correu para o canto, rosnando para quem quiser que aparecesse.

Mesmo tendo intenções claras, Pickle parecia estar sendo cuidadoso o bastante para não esmagar nenhuma parte do seu corpo.

— você. — colocou as mãos no rosto do gigante pré-histórico, tendo a atenção dele para si.

O calor das suas mãos trouxeram uma tranquilidade para Pickle que estava totalmente focado em olhar nos seus olhos, foi aí que você acertou uma cabeçada certeira na testa dele... por incrível que pareça funcionou, ele caiu por alguns instantes, o suficiente para que você pudesse escapar dos braços do gigante. Logo após volta a si, Pickle viu novamente o guerreiro que havia suportado sua investida na noite passada, mas agora ele estava com a mulher de Pickle nos braços.

— isso foi muito imprudente da sua parte. — Kaoru suspirou, esperando as suas ordens para poder conter o homem pré-histórico. — mas eu estou orgulhoso.

Foi a primeira vez que você ouviu seu irmão falar assim com você.

— depois a gente pode conversar, mas agora você precisa segurá-lo. — um dos cientistas berrou.— ele está totalmente fora de si pelo cheiro da menstruação dela.

Hanayama olhou para você com os olhos arregalados, o que só te deixou mais envergonhada. Mas o seu irmão conseguiu segurar Pickle, ele estava determinado a proteger você.

— por que não me falou que estava naqueles dias? Eu poderia ter pedido para outra pessoa cuidar da criança.

— você vive ocupado com os assuntos relacionados ao grupo, e eu queria sair um pouco.