Sikorsky| dark love

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— Esse seu relacionamento não vai funcionar senhorita, soa como perda de tempo.

— Jura? Por que não interviu? Por que não me alertou sob as consequências capitão?

Apenas lembranças de uma ex comandante no exército russo, uma infiltrada latino-americana que por pura coincidência deu de cara com o perigo. Conhecida por ser uma das melhores estrategistas em combate, a mulher de 25 anos, mais jovem a se juntar em uma missão de nível superior, prender o fugitivo de alto nível de perigo, Sikorsky.

— mamãe, está pensando no seu trabalho de novo? — a pequena figura de seu filho apareceu ao seu lado, estava preocupado, percebeu isso pela forma que ele se agarrou ao seu corpo quase frio.

Droga Sikorsky, não podia simplesmente sumir da minha vida?

— está tudo bem querido. — sorriu, terminando de escrever seu e-mail. Deixando de lado seu trabalho para aconchegar seu pequeno nos braços.

[nome]

Ser veterana em alguma coisa tem lá suas vantagens, e eu consegui tirar proveito de algumas coisas. Mudei-me para longe daquele lugar, me mantendo bem longe daquele país.

Cometi erros, admito, olhando para o meu pequeno não me arrependo de nada. Teria feito tudo na mesma ordem.

A infiltração, as noites que passei sem dormir... O fatídico dia em que dei de cara com ele pela primeira vez. Me lembro de ter encarado aquele homem com toda a vontade guardada em meu peito. A raiva, ela me cegou, a um ponto em que meus anos ao lado do governo Russo foram voltados totalmente a apreensão de Sikorsky.

— não consegui parar, ele estava bem na minha frente. — meu colega de trabalho confessou, lutando para se manter acordado enquanto seu sangue jorrava pelo chão frio daquele terreno vazio.

— mantenha a concentração em você, depois cuido do fugitivo. — arranquei minha camisa, improvisei para estancar o sangramento.

— cuidaria de mim? Estou bem aqui. — pude sentir sua presença atrás de mim em meio a toda aquela escuridão.

As coisas saíram do controle, meu parceiro tentou novamente acertar Sikorsky, falhando novamente. Eu fui atirada para longe, acabei perdendo a consciência por alguns minutos, mas foi o suficiente para me deixar traumatizada pelo resto do ano.

Após recuperar meus sentimentos acabei dando de cara com um tipo de quarto de hotel, aquele dia foi simplesmente um show de horrores. Sikorsky tentou novamente de todas as formas tirar informações de mim, ameaçou até mesmo a minha família.

— vá em frente, mate quem quiser, eu não ligo! — permaneci na mesma posição defensiva em que me coloquei desde que consegui me livrar das cordas em meus punhos.

você é ousada, mesmo sendo visivelmente a mais fraca aqui. — Sikorsky sorriu como se aquela situação fosse um jogo. — me diga soldado. Por que continuamos a nos encontrar dessa maneira?

— por sua causa, você não facilita muito o meu trabalho. — esbravejei, cobrindo meu tronco com o lençol. — russo imbecil.

Sikorsky e eu já havíamos nos encontrado várias vezes nesse tipo de situação, e era sempre a mesma coisa,  ele sempre dava um jeito de deixar que a polícia soubesse onde estava escondido, matava quem estivesse procurando por ele e no final me sequestrava para exigir algum valor absurdo ou quem sabe... Ele só fazia isso para me humilhar.

Com aquele sorriso sínico no rosto, fazia questão de dizer o quanto éramos diferentes em combate e coisas parecidas, fora seu comportamento que me incomodava tanto.

Baki Imagines 1Onde histórias criam vida. Descubra agora