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Joshua

Aperto mais o volante e suspiro soltando uma das mãos e passando nos cabelos.
Porque tão perfeita, minha preta?

E porque justo agora sua mãe teve quer aparecer em nossas vidas? Era nítido o incômodo na Gaby, e também pudera né, tendo a mãe que ela tem até eu iria me sentir incomodado.

Não queria sair e deixa-lá lá com a mulher que fodeu com o psicológico da minha menina, não queria deixa-lá sozinha com aquele ser de jeito nenhum, mas o que eu poderia fazer? Essa merda dessa empresa já está me enchendo o saco, meu pai deve está querendo nos levar a falência por pura ignorância e um ódio nutrido pela minha mãe que na verdade se chama amor incubado!

Encaro o enorme prédio a minha frente e bufo abrindo a porta do carro e saindo após pegar minha pasta no banco do carona.

Não dá pra esconder meu nervosismo para entrar na empresa, apesar de eu sempre ter a mesma resposta de sempre, eu sempre fico nervoso em apresentar algo novo. As vezes eu acho que nem vale a pena eu ficar horas elaborando algo pra ser descartado e trocado por uma coisa totalmente sem sentido que o filho de um dos sócios do meu pai fez.

Adentro o prédio comercial dando bom dia ao pessoal que passa ao meu lado. Entro no elevador e logo paro no meu andar, indo em direção a sala do meu pai.

Cheguei um pouco adiantado até, vou aproveitar pra repassar algumas coisas pra não fazer feio lá na frente. Abri a pasta conferindo tudo e acabei deixando um sorriso escapar ao observar uma foto que eu havia revelado a um tempo.

Na foto estou eu, a Gaby e nossa pequena no dia que fizemos um bolinho pra ela de nove meses...Maya estava no meu colo sorrindo enquanto batia palmas com o parabéns, Gaby do outro lado fazendo nossa menina ficar no meio tinha um sorriso enorme no rosto, que deixavam bem visíveis as covinha na sua buchecha, os cabelos jogados para trás com duas mecha na frente pela posição de sua cabeça.

Nunca me senti tão completo como me sinto agora, nem mesmo quando eu achei que amei pela primeira vez. Ilusão pura aquilo era, agora sim eu sinto que amo de verdade e estou sendo correspondido. Do jeitinho dela, é claro, mas ainda sim correspondido.

A Gabriela tem um bloqueio com relacionamentos e a última coisa que eu quero é que ela se feche para mim. Não vou ficar colocando-a contra a parede e pressioná-la perguntando sempre o que temos afinal de contas, porque eu sei que no fundo nós temos algo sim, mesmo que pareça início de namoro adolescente.

A secretária logo veio anunciar que estavam todos a minha espera. Dei um beijo na foto com minhas meninas, guardei junto com minhas coisas e fui até a sala de reuniões.

— Boa tarde, senhores. - entro cumprimentando todos, recebendo o comprimento de todo, exceto do meu pai, que me olhava sério como se tentasse me intimidar.

— Que você tenha uma mente melhor para os negócios do que seu pai. - um dos sócios falou enquanto bateu de leve no ombro do meu pai, em forma de brincadeira.

Isso era para me ajudar? Porque só piorou, tendo visto que meu pai fechou ainda mais o semblante.

— Está tudo pronto? - meu pai perguntou. Assenti. — Então pode começar!

Respirei fundo contendo o nervosismo, mas o olhar do meu pai não me relaxava nem um pouco, pelo contrário. Fechei os olhos suspirando pensando nas minhas meninas, um sorriso brotou em meus lábios ao saber que elas sim transmitem a paz que eu preciso. Abro meus olhos novamente encarando cada um nessa sala e começo meu discurso.

O meu pai eleva muito o preço das coisas e as vezes nem tudo sai bom, as escolhas dele de marketing é péssima e isso não atrai tantos clientes. Acaba que a gente gasta muito mais do que ganha e foi exatamente isso que eu expliquei. Tem centenas de produtos no estoque e muitos já foram para o lixo por simplesmente terem ficado ruins por terem passado tempo demais parado num lugar escuro.

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