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- Seth, eu...

Ele só balançou a cabeça como se não acreditasse no que estava vendo e saiu dali.

-Seth, espera! – gritei, porém já estava longe.

Corri até ele, tropeçando no meio do caminho. Ele já estava perto da porta da sala de estar quando o alcancei.

-Seth, por favor, me deixa explicar. – insisti ofegante, o fazendo parar.

-Explicar o que? Que você queria beijar ele? – ele se virou bruscamente e sua expressão fez meu coração se apertar. Sua expressão era de muita dor e tristeza, mágoa e decepção. As lágrimas que caiam dos seus olhos já tinham uma trilha marcada em suas bochechas.

-Não é nada disso, me deixa explicar...

-Não precisa se dar ao trabalho.

-Vamos para o meu quarto, por favor? – supliquei.

Ele suspirou e deu de ombros.

Subi as escadas, indo em silêncio para o meu aposento. Ouvi Seth entrar, e fechar a porta atrás dele.

-Sinceramente, depois de todo esse discurso sobre confiança, você faz isso, Carlie? Quem é você, afinal?

O olhei boquiaberta. Eu sabia que ele estava certo, mas o ouvir falar dessa forma foi como me cutucar com alfinetadas.

-Você não disse isso. – sussurrei, quebrada por dentro.

-Eu disse, sim. – ele falou, a voz vacilando. – E não me diga que não tenho razão após presenciar aquela cena.

-Seth, ele só me ajudou a levantar porque eu caí...

-Sim, eu ouvi você caindo, e fiquei preocupado. Fui ver se você estava bem, até porque você ficou quieta depois. Mas você já estava em ótimas mãos. – terminou, as palavras carregadas de ácido.

-Seth, você não é assim. – implorei. – Me deixe te mostrar.

E estendi as mãos para tocar seu rosto, e o esperei me autorizar. Ele sabia que isso era um pedido, já que eu não precisava mais de toque para mostrar o que eu estava pensando.

O vi puxar uma respiração pesada antes de consentir.

Fechei os olhos e então passei em sua mente tudo o que aconteceu desde que eu o deixara no sofá. Toda a conversa com Nahuel, até o momento que eu caí e ele me ajudou. Não escondi nenhum detalhe de como fiquei nervosa, e que não sentia nada por ele. Que eu só pensava no Seth.

Minhas mãos se foram junto com meus pensamentos. Era isso. Se ele não acreditava mais em mim, eu iria sofrer muito, mas não havia mais nada a fazer.

-Me desculpe.

Abri os olhos surpresa, a tempo de vê-lo me abraçar.

-Eu te amo muito, não consigo viver sem ti. Obrigado por ser sincera comigo, e eu prometo confiar mais em você a partir de agora.

Meu peito se encheu de alívio, e eu percebi que estava me sentindo pesada, pois uma leveza me tomou. Apertei-me contra ele. Eu queria sentir seu corpo contra o meu. Cada parte do meu corpo contra o seu, cada centímetro, cada milímetro. Escondi meu rosto em seu peito e pressionei meu nariz nele.

-Me desculpe por tudo isso – pediu novamente, passando a mão em meu cabelo, e mais lágrimas ameaçaram a cair.

-Está perdoado.

Ele foi se aproximando até colocar sua testa na minha e fecharmos os olhos. Seu nariz encostou no meu e passeou com ele pelos meus lábios. Depois foi subindo lentamente e encostou seus lábios cheios de desejos nos meus. Ele foi me deitando na cama, sem interromper o beijo. Pedi passagem com a língua e seus lábios se dividiram, concedendo o que que queria. Nossas línguas se encontraram timidamente.

A Irmã de Renesmee (pós Saga Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora