o caso rogério arantes.

Capítulo 4

Capítulo 4. Uma série de questionamentos surgem em minha cabeça, com esta mensagem.

A quem ele se refere quando diz, no caso de vocês dois?. Que verdade é essa? Quem é essa pessoa e como conseguiu meu número.

Bloqueio o número, com o intuito de impedir que essa pessoa volte a mandar mensagem.

Envie uma mensagem a Elisa, pedindo para que procure Vitória, a melhor amiga de Letícia.

Faço o caminho de volta ao prédio, com incógnitas rondando minha cabeça.

Por que Rogério insiste em querer que eu ganhe sua confiança, antes de me contar o que houve?. O que levou alguém que demonstra tanto amor ao falar da esposa, a cometer essa atrocidade com ela e com a própria filha?.

Quem é foi a pessoa que me mandou aquela mensagem e por que fez isso?.

Quem é Rogério Arantes e por Qual razão minha cabeça insiste em enxergar bondade dentro daquele psicopata?.

Tanto ele quanto Letícia, demonstraram um amor fora do comum por Deus ao cantar, a união perfeita de unção e técnica. Pode um psicopata imitar a unção que só Deus consegue transmitir?

Depois de estacionar o carro, entro no prédio e vou até o elevador.

Não estou sozinha, mas acompanhada por um casal que me olha surpreso.

-- desculpa moça, nós nos conhecemos de algum lugar?, Você me parece familiar. A senhora questiona, o homem procura me reconhecer.

-- acho que não senhora, Pelo menos eu não me lembro de vocês.

-- acho que nos enganamos Sara, Talvez seja só coincidência. Com as palavras do homem o elevador se abre e nós saímos.

Ao entrar no apartamento, coloco minha bolsa no sofá da sala, enquanto o meu celular toca.

-- boa noite, Elisa!, Não me diga que já conseguiu o que eu pedi.

-- Consegui sim senhorita, o marido da vitória é primo do meu marido, pelas informações que me passou conclui que era ela e resolvi perguntar se ela realmente foi amiga da Letícia E ela confirmou. -- ela vai fazer uma viagem missionária amanhã e só volto daqui a 6 meses, Então se quiser entrevistá-la vai ter que ser hoje mesmo, ela disse que pode receber você agora mesmo na casa dela se quiser.

Me dirijo ao elevador, ainda com o celular nas mãos e a chave do carro também.

-- pode me enviar o endereço Elisa, vou até lá agora mesmo.

-- sim senhorita.

Depois de 20 minutos de carro, me aproxima do portão da casa que deve ser de Vitória.

Toco a campainha, o portão eletrônico é aberto, uma mulher surge logo em seguida.

-- você é a Camila?. Ela questiona, me olhando. -- O que é isso no seu braço?. Ela olha fixamente uma marca de nascença que tenho no braço direito

-- sou a Camila, isso aqui é apenas uma marca de nascença.

-- vamos conversar na sala, por favor me acompanha.

Ela tem um olhar tão triste, é possível ver o desânimo em seu rosto.

A casa dela é bem luxuosa, o tapete aveludado vai da porta até o sofá.

-- eu entendo o quanto deve ser difícil para a senhora tocar nesse assunto, afinal de contas pelo que eu soube vocês duas eram melhores amigas, mas não sei se a senhora concorda comigo que é muito importante entender como e por que tudo isso aconteceu. Abro a bolsa, tirando o gravador.