Capítulo 6

44 6 1
                                    

Capítulo 6.

... Já dizem os sábios, não se deve fazer nada no ímpeto da emoção. Ignorarei esses sábios conselhos pois preciso falar urgentemente com meu pai.

Nos últimos dias, me sinto em um período de auto descoberta Pois nunca me imaginei agindo por impulso dessa maneira.

Isso infelizmente afetou meu desempenho no trabalho hoje, deveria ter feito outras perguntas a Rogério, no entanto, deixei que a emoção tomasse o lugar da razão pelo simples fato de ter me dado um conselho.

Talvez, no momento em que puser a minha indignação com o senhor Jairo para fora posso ficar mais tranquila, ele quase me tirou o emprego isso eu não posso permitir.

Por mais estranho que isso seja, Rogério estava coberto de razão quando me disse que em alguns casos a honra aos pais tem um certo limite.

Em muitos momentos, desejo apenas ir a um local paradisíaco, Aonde posso descansar de minhas preocupações.

Ao estacionar o carro em frente à casa, minha mãe Abre o portão e com uma vassoura nas mãos tenta limpar a área da frente não notando a minha presença.

-- que surpresa, meu amor!. Solta a vassoura e corre para me abraçar. Não me diga que sentiu falta da comida da mamãe e Veio jantar. Ela me Analisa, percebendo que infelizmente não retribuir o lindo sorriso que me dirigiu.

-- o papai está em casa?. Pergunto, não consigo fingir uma alegria que não sinto e ela me entende perfeitamente pois me lançou um olhar complacente.

-- o que o Jairo aprontou dessa vez?.

-- vou falar com ele e a senhora me acompanha, vai ficar sabendo.

Encontro ele sentado no sofá da sala, olhando para televisão como se nada tivesse acontecido, me aproximo dele que por sua vez me olha rapidamente voltando ao que estava fazendo.

-- pai. Diego respirando profundamente.

-- o que que foi?.

Como ele é capaz de ser tão frio Diante de Mim, mesmo depois de tudo que fez!

-- porque o senhor foi falar com a minha chefe para me demitir?.

Minha mãe lança um olhar reprovador ao marido que retribui com Total indiferença.

-- Será que foi porque eu disse que não queria você entrevistando aquele homem?. -- você saiu da sua casa para vir me perguntar isso?.

-- O Senhor conhece o Rogério de algum lugar para ter tanto medo dele assim?. Os dois trocam olhares indecifráveis.

-- olha aqui, Sua ingrata!. -- você fica reclamando que eu não te dou atenção, que não me importo com você quando na verdade agora só estou querendo te proteger, Quero manter você viva E é assim que você me agradece. Ele Gritou comigo como se não tivesse fazendo um favor.

-- me proteger da morte por quê, sendo que o Rogério está preso?. -- Por que o senhor está dizendo que quer me manter viva, como se eu fosse morrer durante as entrevistas?.

-- guarde as suas drogas de pergunta para o bandido que você está entrevistando, não me confunda com aquele maluco e não me trate como o seu dever se alguma satisfação a você!. Esbraveja ele.

-- olha para mim, pai. -- desde que a Heloísa nasceu, a minha vida inteira foi dedicada a tentar recuperar a relação que nós tínhamos. -- eu vivi exclusivamente para o senhor durante toda a minha vida, a cada rejeição me sinto mais machucada e mais inferior também. -- mas dessa vez eu vou viver para mim mesma, mesmo continuando amando o senhor porque foi o senhor que me deu a vida, não vou mais deixar o senhor me diminuir e dizer o que eu devo ou não fazer. -- eu vou continuar essa entrevista e vou provar para mim mesma que eu tenho valor, pois neste momento estou desistindo de agradá-lo e aceitando a rejeição, mas já que o senhor se acha no direito de me rejeitar também peço que não interfira mais na minha vida e nem fale mais com a minha chefe para me demitir.

o caso rogério arantes.Where stories live. Discover now