𝟙𝟝 - 𝕊𝕒𝕧𝕖𝕕 𝕪𝕠𝕦𝕣 𝕊𝕜𝕚𝕟

1.7K 212 50
                                    

A lua já está quase se pondo quando avisto um grande fogo vermelho atingindo homens que estavam tentando subir um terreno íngreme, de uma das ilhas dos Degraus. Daemon e Caraxes, obviamente.

Voamos em silêncio, a espreita, as escamas azuis de Mercury se misturam com as nuvens, e conseguimos plainar sobre tudo o que está acontecendo, para que eu tenha uma visão, sem sermos vistas.

Tropas carregam estandartes do Serpente Marinha, dos Targaryen, mas são poucos comparados aos homens da Triarquia. Não noto nenhuma bandeira Stark.

Quando o sol começa a surgir, voo para cima de Daemon, que não precisa gritar para Caraxes cuspir fogo. Mas sei que há algo de errado, pois quase todos os homens do Engorda Caranguejo sumiram, e noto que foram por túneis em montanhas.

Quando escuto o grito de ódio de Daemon, sei que a coisa ficará feia. Caraxes pousa no chão, e o meu querido primo desce para o chão. Ele ergue a espada e mata mais homens do que eu nunca vi. É incrível assistir daqui de cima, mas já está na hora de eu entrar para a batalha.

- Dracarys!

Mercury atinge seu fogo azul em volta de Daemon, queimando todos aqueles, inimigos ou não. O Príncipe está olhando para cima, nem um pouco surpreso, mas ele está coberto de sangue. E eu o salvei. Sorrio.

...

Estou dentro da tenda de Daemon, esperando por horas. Depois do meu ataque, sai de lá, o mais rápido possível. Agora, estou sentada numa cadeira, de banho tomado, arrumada. Meu coração bate forte.

As cortinas se abrem e ele entra, chamando toda a minha atenção. Ainda coberto de sangue, Daemon entra sem falar nada, depois empurra uma cadeira e se senta, olhando fixamente para mim.

- Sua puta. - Ele me xinga alto.

- De nada, Daemon. Bom, eu vim, como você pediu. Larguei minha putinha, e salvei sua pele de morrer como um idiota, que você ainda continua sendo.

Ele fica em silêncio, e meu corpo gela. Daemon é imprevisível, ele poderia cortar minha cabeça agora. Todo o esforço que fiz teria valido nada. Morta. Será que os deuses realmente existem?

Quando ele se levanta, de uma vez e sem avisos, empurrando a cadeira para trás, que cai e faz um barulhão, penso em quais vão ser minhas últimas palavras. Ele agarra meu pescoço, fazendo força em seus dedos, com certeza morrerei porque fiquei sem ar.

Mas seus lábios tocam os meus, e agora eu assusto. Tento empurrar ele, certa de que ele vai brincar comigo para depois me matar.

- Mas que merda foi essa, Daemon? - Nem foi um beijo, foi um... selinho podre.

Molho meus lábios com a língua, e sinto o gosto de sangue.

- Pera, você demonstrou afeto? - Rio, e ele se afasta. - Não acredito que vivi para ver essa cena. Isso foi de agradecimento?

Ele vai até a banheira, já com água e, simplesmente assim, começa a tirar a pesada armadura. Me levanto, e começo a ajudar o idiota sentimental. Tiramos o peitoral, depois as botas, as calças. Pronto, ele está nu.

Daemon se vira, com um olhar sereno e cansado. Realmente, penso, ele está cansado dessa guerra.

- Vim para acabar com a guerra.

- Ou veio para me infernizar? - Ele diz, levantando a cabeça um pouco.

- Posso fazer as duas coisas.

Sua boca se entreabre, e automaticamente a minha também. Nossos lábios se colam, e levo minha mão direita para sua nuca, tentando nos aproximar mais para o beijo se aprofundar. Meu corpo se arrepia quando sinto sua língua tocar a minha, sinto um alívio fora do normal quando ele começa a desenrolar os laços que prendem meu vestido no meu corpo.

ROGUE - Daemon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora