𝟚𝟘 - ℂ𝕒𝕤𝕥𝕖𝕣𝕝𝕪 ℝ𝕠𝕔𝕜

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Conseguimos entrar por uma porta lateral do grande muro, corremos vestidos com capuzes para dentro dos corredores, e o sol nascia. Daemon silencia dois guardas, e já estamos no interior do castelo.

- O que quer que faça, eu vou estar atrás de você. - Ele diz.

Depois de tirar o capuz, seguro uma espada que era de um guarda e ando pelo corredor principal que aparentemente levava para os aposentos do Lorde do Rochedo. Eu queria que Brett visse o irmão morto, para sofrer, e assim eu iria finalmente mata-lo.

Os guardas não me reconhecem de primeira, claro o cabelo preto não é chamativo e nem valiriano, mas quando veem Daemon, eles atacam.

Ando enquanto um deles briga com Daemon, eu desvio de uma espada, mato o primeiro. O segundo leva um corte através de seu peito e cai morto, o terceiro grita e tem a garganta cortada. O último tenta me acertar pelas costas, conseguindo um corte pequeno em minha barriga, mas eu escuto e me viro, cortando seu peito.

Abro as portas em minha frente, e vejo um quarto cheio de homens de cabelos dourados. Todos vestidos com capas vermelhas e armaduras douradas, mas eles não pareciam estar esperando um ataque. Parecia uma reunião normal da sua Casa. Quando eles me veem, provavelmente coberta de sangue, se assustam.

- Princesa Visenya? - Um dos gêmeos mais velho fala, não sei qual é.

Eu grito e parto para cima de um Lannister, um garoto de 20 anos que nunca tinha visto. Quando ele morre, ambos os gêmeos correm, eu acerto um no braço mas ele consegue fugir. Nilles Lannister, o tio de Brett, morre se afogando no seu próprio sangue quando tenta implorar para misericórdia à Mãe.

A sala cai em silêncio profundo, escuto apenas a minha respiração, mas quando me viro para mesa, vendo a última e principal vítima em pé, assustado... escuto as batidas de seu coração.

- Viseny... - Ele abre a boca para dizer.

- Rainha Visenya da Casa Targaryen. - Começo a andar em sua direção. - Rainha Azul dos Degraus, Montadora da Rainha dos Céus, - A espada cai no chão, fazendo um barulho enorme. - Devastadora de Bárbaros, Senhora do Fogo Azul, - Fico frente a frente dele. - A Princesa Rebelde.

Ele suspira fundo, lágrimas surgem de seus olhos, agora tão sem vida quanto os seus parentes mortos dessa sala.

- Me desculpe.

- Acho que não.

Eu seguro com as duas mãos na gola de sua armadura, empurro ele contra a mesa. Brett cai sobre ela, totalmente mole (e sem condições de se defender). Tiro um punhal do vestido, de Aço Valiriano, com uma jóia vermelha que brilha.

- Você me machucou.

- Por favor! Já matou a minha Casa! - Ele chora. - Por...

- Você não me deu a chance de escolher.

O punhal lhe acerta no meio do peito, ele treme e sangue aparece em seus lábios, dando cor aos belos dentes brancos que um dia foram lindos para mim.

Daemon entra no cômodo, com pouco sangue em sua roupa, mas sua espada estava totalmente vermelha. Ele acena positivo, eu arranco o punhal do corpo morto, e deixo a carcaça de Brett Lannister cair no chão.

Está feio.

...

Estava tentando me sentir melhor depois de matar aquele babaca, mas eu não conseguia mentir para mim mesma. Fazer isso não me fez sentir nada diferente, não apagou o passado ou o que aconteceu.

Na mesma hora que saímos de Casterly Rock, pegamos nossos dragões e voamos rapidamente de volta à Driftmark. Daemon nunca saía do meu lado, o que acabou sendo muito pouco confortante. Porém, vamos dormir em quartos separados, eu disse que precisava de um tempo.

Mas ele não escutou, novidade. Quando estava jantando, e pensando no que fazer, Daemon entrou no meu quarto dizendo que persuadiu o guarda para não contar à Rhaenys que ele estava ali.

- O que vai fazer? - Ele disse, se servindo com um pouco de pão.

- Eu não sei, Daemon! Que droga! - Bufo e coloco a mão no rosto. - Vou voltar para os Degraus e entregar a minha vida ao destino. Seja lá o que isso significa.

- Significa uma perda de tempo. - Ele se irrita. - Do que adiantaria? Você teria esse bebê e o que?

Reviro os olhos, como ele pode ser tão irritante?

- Minha proposta ainda está de pé. - Daemon murmura.

- O casamento secreto? Ótimo! Daemon, isso não é melhor do que eu viver para sempre nos Degraus, fingindo que não existo. - Respiro fundo. - E não posso voltar para a Corte grávida, sem marido. O tempo está correndo...

- Na tradição valiriana, pode-se se casar com mais de uma pessoa. - Ele diz.

- Ha. - Rio. - Quem seriam meus pretendentes? - Zombo dele. - Você, um príncipe metido de segunda, e o outro?

- Laenor.

Me sinto ofendida ao escutar isso. Como ele poderia pensar uma coisa assim? Ele era meu sobrinho! Nunca vou entender como Daemon sugeriu isso. Rio quando me lembro de seus sentimentos por Rhaenyra.

- Allysa.

- Não. Ela não falará mais comigo, Daemon. Por favor, não faça ficar pior. - Digo com seriedade e ele para.

- Então o irmão dela. O grande lobo, o herdeiro do Norte.

- Ben?

Minha voz soou assustada, mas pensando bem, ele era um bom partido. Um nome de uma Casa certa, todo um reino para ser Lady, de fato ele já era meu amigo e eu já conhecia Winterfell. Mas ele concordaria? Ben é um Stark, dos tradicionais honrados. Em nome de nossa amizade, ele me tornaria sua esposa perante os seus Antigos deuses?

- Gostou da ideia. - Daemon diz, com um leve tom de ciúmes.

- Não sei se ele aceitaria. Ou se eu aceitaria toda essa história. Estar casada com duas pessoas sendo que eu não quero me casar? Parece que estou me afogando em minhas próprias palavras.

Olho para Daemon pensando em encontrar um sorriso sarcástico, mas ele parece estar ofendido com minhas palavras. Eu estou cansada de todo esse drama!

- Me caso com você.

Não acredito que estou falando essas palavras.

- Vamos para os Degraus, o mais rápido possível. Falarei tudo para Ben, Daemon. Tudo. Se ele aceitar, tudo bem. Se não, ficarei vivendo naquela região para sempre. É o que eu quero fazer.

ROGUE - Daemon TargaryenWhere stories live. Discover now