𝟚𝟞 - ℝ𝕠𝕪𝕒𝕝 𝕎𝕖𝕕𝕕𝕚𝕟𝕘

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Depois de dois meses, viemos para King's Landing para o casamento do século. As casas Targaryen e Velaryon iriam unir seus primogênitos, uma coisa grandiosa.

Eu não consegui voar em Mercury de Driftmark até a Capital, sinto dores no corpo a todo momento, a barriga já está aparecendo. De acordo com o meistre, estou grávida de cinco meses. É de Daemon, eu sei, mas eu sinto como se tivesse carregando esse fardo sozinha. Não sabia onde ele estava, e não queria saber.

Todos já estavam arrumados, eu finalizava meu cabelo com a coroa dos Degraus, agora era ela tão sem sentindo sem ele. Eu não sobreviveria para esfregar na cara de todos que era dona do meu próprio nariz, rio.

- A Rainha está com bom humor? - A serva que me ajuda pergunta.

- Sim. - Respondo. 

- Trouxeram essas flores, majestade. 

Olho para o vaso e vejo as mesmas flores que eram do meu perfume favorito. Me aproximo de uma delas e arranco, cheirando e sentindo um pouco de nostalgia. Fazia tempo que não usava esse perfume, talvez eu pudesse mandar fazerem para mim.

- Quem mandou? - Pergunto.

- Não sei, majestade. Me entregaram. - Ela olha para o chão, como se estivesse mentindo. - Já está pronta para o banquete? A família Velaryon está te esperando. 

A família Velaryon, aquela que eu não sou parte. Não queria entrar com eles, eu merecia uma entrada especial.

- Peça para eles irem na frente, entrarei sozinha. 

Deixem que falem. Deixem que me julguem, deixe que vejam a barriga. Deixam que vejam minha coroa.

- Me deixe. 

A serva sai, fazendo uma reverência, e fico sozinha no quarto. Olho para o espelho e vejo a perfeição: vestido azul no tom das escamas de Mercury, a imagem de um dragão de três cabeças costurada na cor prata na barra do vestido, a coroa em meus cabelos, as olheiras tampadas com maquiagem.

Seria o começo do meu último evento social, e eu estaria perfeita. 

Escuto três batidas na porta, e penso ser Rhaenys vindo me chamar. Ela insiste em dizer que sou de sua família, o que é relativamente mentira. 

- Entre. - Não olho para trás, não quero discutir com ela agora. Formulo as respostas para as perguntas: Quero entrar sozinha, quero ser Rainha por algumas últimas vezes. Sinto dor, mas não deixarem que notem

Não escuto nada, nada. Rhaenys não se manteria em silêncio por tanto tempo. Finalmente, tomo coragem e olho para trás.

- Daemon? - Fico confusa quando o vejo.

- Visenya.

Como ele se atrevia? 

- Viserys te expulsou da cidade, não deveria estar aqui. - Digo firme.

- E ele continua me perdoando. 

Daemon anda até minha mesa, pega uma taça de vinho e a enche, bebendo todo o líquido em um gole. No segundo, percebo que tenho que falar, antes que ele fique bêbado.

- Você...

- Minha esposa faleceu. Caiu do cavalo. Toda tristeza e tudo mais. - Ele diz como se não fosse nada.

Royce morta? Ele teria a matado? Mas uma voz gritava em meu interior: ele está solteiro.

- Você me deixou sozinha! - Grito com fúria e vou até ele, segurando sua camisa com minhas mãos.

- Eu pedi que fosse comigo, esposa. - Ele revida o ato segurando nos meus braços com força. - Você não foi porque não quis.

- Não arriscaria minha coroa contra Viserys! E você foi um filho da puta com Rhaenyra! A deixou sozinha depois da situação! Seu... covarde!

ROGUE - Daemon TargaryenWhere stories live. Discover now