𝟙𝟟 - 𝕋𝕙𝕖 𝔹𝕝𝕦𝕖 ℚ𝕦𝕖𝕖𝕟

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Atenção! Esse capítulo contém cenas de abuso sexual explícito.

Acordo e me visto com o vestido mais bonito que tenho: ele é vermelho como o sangue, com pedras negras semelhantes à pedras de vidro de dragão. Me encontro com Ben na frente de minha cabana, e ele me guia por toda a extensão do acampamento.

- Devo me preocupar, Ben?

- Não, pode confiar em mim.

Suas palavras são doces mas mesmo assim fico preocupada, e ansiosa. Passamos por vários homens, que me olhavam seriamente, será que eles não aceitavam que eu ganhei essa guerra? Não sei dizer, mas quando saímos do labirinto de tendas, vejo que os homens das mais altas patentes estavam reunidos em uma colina. Ben estende o braço e eu seguro, andamos até o centro, e me encontro com Daemon.

Um Septão da Fé dos Sete segura uma espécie de coroa, feita de ossos. Os homens começam a gritar coisas que não compreendo, e Daemon se ajoelha. Olho para Ben, e ele é o primeiro a gritar:

- O Rei dos Degraus!

Daemon se levanta e todos começam a gritar, menos eu. Encaro ele com ódio, não acreditando que mais uma vez o infeliz Targaryen está levando crédito pelo o que outra pessoa fez. O que eu fiz.

Depois de quinze minutos de gritaria, todos ficam em silêncio. E eu gelo quando olham para mim. "Me perdoem por não gritar por um reizinho de segunda", penso. Olho para Daemon, que vira para o Septão e segura algo, quando ele anda para ficar na minha frente, encaro seus olhos com certo ódio.

- A Rainha dos Degraus.

Ele diz alto, sinto a prata coroa encostar nos meus cabelos negros, seus detalhes nas cores azuis devem combinar com meus olhos, e o rubi vermelho representa a minha Casa. Pelo menos não é feita de ossos.

...

Três dias de festa foram dados para mim e Daemon, dancei com Corlys e Laenor por mais tempo do que eu queria, voei com Mercury pelo acampamento, e fui chamada de Senhora do Fogo Azul. Na verdade, recebi muitas nomeações, e as escrevi em uma carta para Rhaenys:

"Princesa Visenya da Casa Targaryen, Montadora da Rainha dos Céus, Devastadora de Bárbaros, Senhora do Fogo Azul, A Princesa Rebelde, e Rainha Azul dos Degraus"

Cada palavra significa muito para mim, e quando termino de escreve-las me sinto orgulhosa. Coloco cera azul, que lacra a carta, e pego meu símbolo: um dragão.

- Azantys ābra issa. - Me assusto com a voz de Daemon. Me viro e o vejo entrar em minha tenda, vestindo uma armadura de metal.

- Me pergunto se sabe dizer outra coisa além disso. - Digo em Valiriano.

- Sei te xingar de todas as formas. - Ele se senta numa cadeira ao meu lado. - Vou liderar alguns homens para expulsar piratas de uma das Ilhas, amanhã de manhã.

- Quer minha companhia? - Pergunto com preguiça.

- Quero resolver uma coisa antes.

Olho para ele, o que poderia ser? Tentar me matar, e novamente falhar?

- Você me dá preguiça, Daemon. - Me levanto e me sirvo com vinho. - Sempre fala palavras vazias, quase não toma atitudes, e quando toma, não me surpreende.

Ele solta uma risada sarcástica, olha para o chão e morde o lábio inferior. Volto a me sentar na cadeira e o encaro, não fará nada, seu idiota?

- Somos de Fogo e Sangue. - Não entendo onde ele quer chegar. - Montadores de Dragões, Rei e Rainha. - Ele não disse nada de novo. - Deveríamos nos unir.

ROGUE - Daemon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora