DÍVIDA PERFEITA | Livro I • JJK

[ 13X - 3 ]

SN SILVA

Sabia que Césio, ou melhor, Jungkook, estava me esperando para me levar à mansão. E mesmo assim me vesti e sentei no sofá de seu escritório encarando aquela parede cheia de livros completamente não interessantes enquanto sinto meu corpo completamente grudento de suor e também o incomodo de corrimento por minhas pernas. Tá bem, não é corrimento e também não é nojento, mas ainda sim me sinto... suja?

Suja não seria exatamente a palavra, quer dizer, estava me sentindo no fundo repugnante. É, exatamente assim que me sentia. Porque a única coisa que ele não poderia ter feito, foi justamente o que fez. O sexo foi bom e o que não nega são meus gemidos escandalosos que pensando bem vai me dar bastante vergonha ao lembrar como nesse exato momento. De repente o elevador abriu novamente e lá estava ele completamente só e com uma face nada contente.

- Será que pode vim logo ao invés de ficar sentada nesse sofá feito uma estátua? - Engoli seco e só concordei com a cabeça, mesmo sabendo que normalmente eu iria lhe dar uma resposta ignorante. Passei por seu corpo na porta do elevador e me encostei no canto olhando para meus pés com meias enquanto segurava os saltos pelas correias. Pelo reflexo os notei balançarem enquanto não o olhe nenhuma. O caminho foi rápido já que fui obrigada à o acompanhar o que era uma grande tarefa já que ele tem pernas enormes e anda super rápido. Ele entrou no carro e enquanto ligou o carro sei a volta e entrei batendo a porta sem dó nenhuma.

Me surpreendia as pessoas ainda estarem em uma fila de boate quase às três da manhã e não consigo nem mesmo entender o porque. Pessoas que trabalham dia após dia fazem isso? Quer dizer, não vejo porque alguém trabalhar para passar esse sufoco de madrugada quando podia estar dormindo e economizando dinheiro para um futuro próximo. Cruzei os braços e coloquei o banco um pouquinho para trás, estou com sono e emburrada. E emburrada por estar com sono, no entanto não tem nada que possa fazer. Nunca peguei um plantão pela madrugada então nem posso dizer que já madruguei na vida.

Num instante estávamos na pista, quer dizer, na avenida. As ruas da Suíça parecem de um filme, mesmo que esteja a noite. As casas seguem um certo padrão, olhamos para o céu e conseguimos ver as montanhas cobertas por neve e devo dizer que devido ao clima frio, eu até moraria por aqui. Mas tenho certeza que nunca me acostumaria com esse frio ainda mais vindo da região mais quente do meu país.

- E aí? - Jungkook perguntou baixo no carro completamente silêncio, encolhi meu corpo com o ar condicionado do carro batendo contra meus braços e minhas pernas. E aí? Era isso que ele ia perguntar depois do sexo que tivemos? Inacreditável. - O que achou? Foi bom pra você?

Isso soou mais como uma afirmação e nem mesmo precisava de respostas. Mas ainda sim respondi baixo sem olhar pra ele.

- Não foi tão ruim para uma primeira vez. - Sussurrei e ele riu.

- Tá brincando? Você gemeu igual à uma... - Na mesma hora fique ereta no banco e lhe encarei franzindo as sobrancelhas com o comentário.

- Como uma prostituta? Ouse dizer isso que eu nunca mais olho na sua cara! - O sorriso dele caiu aos poucos, e logo sua face inundava confusão.

- Cara, o que eu fiz? Eu não te obriguei a nada! - Merda, Sn. Agora oficialmente você tinha se arrependido dessa situação. O que te fez pensar que ele era diferente dos outros homens babacas que você quase transou?

- Não acredito que jogou essa. - Ri sem acreditar e sem vontade alguma. - Você me tratou exatamente como trata todas as mulheres com quem você transa, e tenho certeza que a maioria delas são pagas por isso!

- E você também vai receber meu dinheiro, não vai? - Espera,  agora e definitivamente me chamou de prostituta. Nada contra a profissão e respeito como toda outra. Mas estudar como uma condenada depois de ser negada por muitas faculdades por culpa do meu próprio pai e conquistar isso não é nada comparado à isso. E outra, acabei de ter minha primeira transa, como posso ser chamada disso? Isso simplesmente é demais.