Luan nunca tinha me trocado por nenhuma mulher não, por que no nosso trato de melhores amigos, somos prioridade.
Liguei o foda-se e sair batendo o portão, tava nem ligando se já tinha batido o toque de recolher.
Não queria atrapalhar a conversa dos meninos, e não avistei nenhum vapor de moto pra me levar.
Já estava me sentindo seguida quando cheguei na última rua. Olhei pra trás e vi um usuário segurando seu membro.
Olhei pra cima pedindo proteção e caminhei mais rápido, tava quase correndo. Mesmo assim ele me alcançou.
Xxx: Tu vai pra viela, quietinha. -senti uma arma branca na minha cintura e virei o rosto
-Moço, por favor. -a voz rouca entalou na minha garganta -Pelo amor de Deus.
Xxx: Shiu, quero tu nua e caladinha ali na viela. -roçou na minha perna e eu quase vomitei de nojo
Puta que pariu, 20 anos de comunidade, não achei que nenhum maluco teria coragem de mexer comigo. Aí eu lembrei, sou mulher, e por mais que esteja vestida, pra ele é apenas um pano. Nessas horas queria tá armada, nem que fosse com um spray.
Xxx: Bora caralho. -me empurrou
Comecei a seguir pro beco e analisei as ruas vazia, eu poderia gritar, ia levar uma facada ou morrer. Mas se isso acontecer comigo, vou morrer por dentro da mesma forma.
Ele começou a beijar meu pescoço e eu tava travada, com nojo, com medo, com raiva.
Xxx:Tira a roupa! -ordenou e quando eu ia tirar minha blusa
Puf.
Um tiro estralou no meu pé de ouvido, sangue jorrou por mim, e eu arregalei os olhos encarando o nojento todo deformado no chão.
Olhei pro lado vendo uma moto se aproximando, e eu conheço exatamente aquela moto.
O índio me encarou com raiva, e eu não entendi, ele não deveria ter raiva de mim, e sim do nojento que tava quase me estrupando.
Índio: Sobe. -falou firme
Puxou o rádio mandando massacrar o indivíduo e logo apareceu vapor ao nosso redor.
Ele parou perto da minha casa, nem tanto, por que sabemos que ele não é bem vindo pela minha mãe.
Índio: Acho que tu já tem idade suficiente pra saber que não pode andar sozinha depois do toque de recolher, ainda mais sendo mulher. -encarei seu olhar rígido em mim
-Eu sei. -engoli seco -Eu sair mais tarde, por que tava esperando o Luan.
Índio: É. -respondeu carregando um poço de ironia -O Luan tá com a Mayara, te largou. Aí tu pedia pra qualquer outra pessoa te levar.
Filha da puta do Luan, esse corno do caralho.
-Não queria atrapalhar. -passei a mão no cabelo
Índio: E escolheu a opção certa mermo, já percebi que tu é meio desorientada. -encarei ele
-Então, chega de ofensas, ou tem mais? -cruzei os braços
Índio: Tem mermo. -encarou o relógio -Vô mandar mensagem pra tu, e te enviar o valor da treta lá que cês vão comprar.
-Ah sim. -encarei ele pegar o celular e mandar um "oi" no meu zap -Depois te respondo, tô ainda tentando digerir, o que rolou.
Índio: Acho que serviu como lição, pra tu não andar sozinha por aí. -falou desviando o olhar pra mim -Monta aí, vô parar na tua porta.
Paramos em frente de casa e ele apenas esperou eu fechar o portão e meteu o pé.
Minha mãe tava no sofá assistindo novela, imaginando que foi carona do Luan, e eu não estava afim de brigar, então apenas dei boa noite e subir.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
Ficción GeneralFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)