Mayara: Lorena. -gritou
Abrir os olhos assustada vendo a escuridão por conta da sacola preta. Tentei me mexer sentindo alguém passando a mão na minha perna.
Jacaré: Quieta, facilita as coisas. -sussurrou no meu ouvido -Tirem fotos e manda pra ele.
Fechei minhas pernas sentindo vontade de vomitar com aquele cheiro terrível de cigarro e suor.
Mayara: Para Jacaré, por favor.
Jacaré: Cala boca , filha da puta. -gritou e eu escutei um tapa estralado
Xxx: Gostosinha tu. -sussurrou no meu ouvido
-Me solta, nojento! -gritei sacudindo minhas pernas
Tiraram a sacola da minha cabeça e eu encarei uns 5 traficantes.
Virei a cabeça vendo a Mayara desmaiada ao meu lado e uma poça de sangue.
Jacaré: Seria tudo mais fácil, se o filho da puta do Índio não tentasse roubar minha grana, se o pai dele não fosse tão desgraçado, se tu não fosse tão gostosinha. -encarou o chão limpando a mão na cintura -É bom ,não tentar a sorte.
Xxx: Faltam 15 minutos. -falou um loirinho encarando o relógio
Xxx: Temos tempo pra brincar, chefe?
Jacaré: Aproveitem. -saiu da sala e uns 3 traficante seguiu ele
Senti o loirinho se agachar na minha frente se aproximando pra beijar meu pescoço.
Xxx: Tudo bem, não mordo. -falou baixo
-Fica longe de mim, seu merda. -falei entre dentes
Xxx: Eu gosto dessas LK, fico louco. -o moreno se aproximou observando
Xxx: Abre as pernas. -quando ele se aproximou mordi sua boca -Vagabunda.
Senti um tapa no rosto e a porta abrir me dando a visão de uma mulher.
Xxx: Thais saí daqui! -ordenou o loirinho
Virei meu rosto vendo ela abrir a boca e se aproximar do moreno.
Thais: Merda, cês tão louco? Jacaré passou dos limites, porra. -se ajoelhou ao lado da Mayara -Ela tá grávida.
Xxx: Marca 10 que eu volto, vô te morder todinha, pra tu aprender a ser delicada. -resmungou limpando a boca com sangue e saiu seguindo o moreno
Encarei a Thais ligando a lanterna do celular e se aproximando de mim.
-Por que isso tudo? -choraminguei
Thais: Eu tava fora, cheguei hoje de Angra. Ele sabia que eu não iria aceitar essa merda. -pegou o celular
Escutei um disparo seguindo de uma rajada de metralhadora.
Mayara: Salva o meu bebê. -sussurrou se encolhendo no chão
Thais: Calma, vô desamarrar cês duas, antes que o meu tio volte. Caso ele apareça, se escondam.
Ajudei ela a me soltar depois fui acudir a Mayara que tava sangrando muito. Tinha um corte na perna por conta dos estilhaços de vidro, analisei o corte enfaixando com metade da blusa que foi rasgada.
Mayara: Não aguento correr. -segurou minha mão
Thais: Eu conheço a favela, ajudo tu sair, depois buscamos ela com ajuda.
O celular tocou e ela encarou atendendo.
-Aguenta firme, Mayara. -sussurrei vendo ela tremendo
Thais: Vamo. -levantei seguindo ela -Depois disso, tu vai precisar arranjar um barraco pra mim, tô indo de frente com as normas das facções.
-Eu juro que, vou te recompensar pelo resto da minha vida. -falei parando sentindo uma pressão na cintura
Fui puxada por um abraço confortante, virei a cabeça vendo uma movimentação correndo entre as vielas e o meu coroa me segurando em seu braço.
Teco: Precisa voltar, indo por aí cês vão bater de frente com a trocação. -falou firme e encarou a Thais
-Ela é confiável. -falei baixo e abracei ele
Seguimos novamente pro barraco que estávamos enquanto ele tentava manter sinal no rádio com os meninos.
Observei sua aparência e a medida que ele ficou ofegante, analisei sua barriga sangrando.
Teco: Foi apenas um tiro, já levei mais. -brincou e eu encarei ele
Thais: Tá sinistro. -apontou quando eu levantei a blusa dele
-Por favor, precisamos sair daqui. -sentei ao lado do meu pai ajeitando ele no meu colo
Era como a sensação da noite repassada, mas agora era ele quem estava frágil no meu colo.
Teco: Tá tudo certo, minha prioridade é tirar tu dessa favela. -passou a mão no rosto
Escutei um estralo e alguém caindo na porta do barraco.
Thais: Merda. -levantou indo pra trás da porta
Virei a cabeça vendo a Mayara apagada no chão e o meu pai respirando com dificuldade. Analisei a arma em sua mão e peguei apoiando no meu punho.
Mirei na porta pronta pra atirar quando escutei a voz do Luan.
Luan: Tu falou direita, porra.
Índio: Era pra esquerda, caralho. -passou pela greta
Quando eu ia gritar meu pai apertou minha mão.
Teco: Não, não tão sozinhos. -sussurrou -Aponta pra porta.
YOU ARE READING
FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)