capítulo 53

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Acordei sentindo uma mãozinha pequena alisando meu rosto, abrir os olhos vendo o Marcos me encarando e o Índio deitado de bruços.

-Bom dia príncipe. -sussurrei me endireitando na cama

Marcos: Vamo tomar café, mãe. -resmungou limpando os olhinhos 

Eu jamais imaginei que ia chegar tão cedo o dia que seria acordada por uma mãozinha pequena, pedindo pra tomar café.

Olhei ao redor procurando algum relógio e peguei meu celular vendo que faltava 2 horas pra ir pro posto.

O Luan me buscaria lá em casa, então preciso ir me organizar lá.

-Acordou teu pai, já? -olhei pro lado vendo o Índio sem camisa se mexendo

Marcos: Ele não levanta. -cruzou os bracinhos emburrado

-Nessa hora, tu faz o ataque do super herói. -ele me encarou curioso -Sobe nele e sacode.

Marcos: Ele vai me dar um pescotapa. -brincou levantando -A mamãe, defende?

-Defendo, empurra ele. -levantei pra analisar a cena melhor

Marcos: Papai. -gritou no ouvido do homem e pulou nele gargalhando

Índio: Filho da putinha. -resmungou me encarando

Marcos: Não pode, isso é feio pai. -estendeu o dedinho -Mãe, briga com ele.

Índio: Ô garoto.  -levantou e o Marcos correu escondendo atrás de mim

Marcos: Maê. -gargalhou correndo pro outro lado

Índio: Vem cá. -passou por mim

-Índio. -falei rindo dele correndo atrás da criança

Índio: Tu me paga, com outra fita. -apontou pra mim pegando o menino no colo e sacudindo 

Marcos: Mãe, quem mandou. -gargalhou vindo pro meu colo

-Preciso ir pra casa, tenho horário. -falei suave depois que eles pararam de brincar na cama

Índio: Na paz pô, toma café com nós. Levo Marcos pra escola, e te deixo no posto.

-O Luan vai me buscar em casa. -falei com um pouco de receio vendo ele me observar calado

Índio: Tranquilo, te deixo na base. -ajeitou o short indo pro banheiro

Marcos: Vamo, encher o buchinho. -sussurrou colocando os braços no meu pescoço

Sair do quarto com ele sentindo um cheiro maravilhoso na cozinha, analisei a Marina remexendo as panelas e virou sorrindo gentil.

Marina: Parece um sonho. -brincou vindo até mim -Incrível ter tua presença aqui, o Índio falou e eu não acreditei.

-Não resistir a proposta do teu neto. -brinquei colocando ele no chão que correu abraçando as pernas da avó

Marina: Quem resiste? -falou calma e olhou pra trás -Tem café da manhã com tempero da dona Marina.

-Que delícia. -suspirei sentando na mesa

Coloquei um prato com ovos e café com pão francês.

A presença do Índio na cozinha tornou tudo mais leve, vejo o carinho que a dona Marina tem com ele e o respeito dele com ela.

Por isso o Marcos é tão educado e especial, está crescendo em um lar seguro.

Marina: Então, vocês tão juntos? -perguntou me deixando travada

Quase cuspir o café me ajeitando na cadeira, olhei pro Índio que deu os ombros pegando um copo.

-Saindo, estamos saindo.

Marcos: Eles se gostam vô. -brincou levantando a mãozinha -Ela já é minha mãe, né.

Marina: Ela é. -alisou o cabelo dele

Índio: Teu neto tá muito fofoqueiro. -resmungou se aproximando de mim -Eu e a Lorena somos amigos.

Marina: Sim, Pedro. -falou baixo e depois encarou o filho como se estivesse arrependida

Índio: Ela já sabe meu nome. -respondeu rapidamente

Marina: E tu quer que eu acredite, que é só amizade? Não nasci ontem, meu amor. -olhou pra mim -Desculpe se te deixei com vergonha, mas eu digo todos os dias que tu é a mulher que eu desejaria que o meu filho assumisse.

Engoli o pão seco e tomei um gole do café.

-Fico grata por isso. -sorrir de lado -Ele é amarradão por mim, tô quase aceitando.

Índio: Sou. -falou irônico -Tô ficando até neurótico do tanto que penso em tu.

-Besta. -sorrir nervosa

Encarei meu celular vendo a mensagem do Luan e olhei pro relógio.

Terminei de comer e me despedir do Marcos e  dona Marina. O Índio me deixou em casa antes de sair pra boca.

Encontrei a Carol, contei sobre ontem, e o café da manhã com interrogatório.

Demorou uns 15 minutos que ela saiu o Luan chegou com um short preto, sem camisa e um rádio na cintura.

Luan: Amor? -escutei sua voz na sala e sair da cozinha sorrindo de lado -Tu é gata demais, tô pensando em ter meus filho contigo, só pra vim uma genética bonita.

-Só sirvo pra isso, né? -coloquei a mão na cintura

Luan: Eu te assumiria, tu sabe. -entrou na cozinha pegando uma maçã e abriu a geladeira na maior liberdade

-Tu acredita naquele versículo que devemos dividir ? -falei sonsa

Luan: Sim, o pão. -olhou desconfiado -O que foi nega?

-Acho que tenho um coração grande demais.  -falei baixo

Sim, tô afim de dois caras ao mesmo tempo.

Luan: Sempre digo isso pra tu. -falou distraído pegando um biscoito -Vamo?

Como pode ficar amarrada em dois macho?

FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOWhere stories live. Discover now