Acordei sentindo uma mãozinha pequena alisando meu rosto, abrir os olhos vendo o Marcos me encarando e o Índio deitado de bruços.
-Bom dia príncipe. -sussurrei me endireitando na cama
Marcos: Vamo tomar café, mãe. -resmungou limpando os olhinhos
Eu jamais imaginei que ia chegar tão cedo o dia que seria acordada por uma mãozinha pequena, pedindo pra tomar café.
Olhei ao redor procurando algum relógio e peguei meu celular vendo que faltava 2 horas pra ir pro posto.
O Luan me buscaria lá em casa, então preciso ir me organizar lá.
-Acordou teu pai, já? -olhei pro lado vendo o Índio sem camisa se mexendo
Marcos: Ele não levanta. -cruzou os bracinhos emburrado
-Nessa hora, tu faz o ataque do super herói. -ele me encarou curioso -Sobe nele e sacode.
Marcos: Ele vai me dar um pescotapa. -brincou levantando -A mamãe, defende?
-Defendo, empurra ele. -levantei pra analisar a cena melhor
Marcos: Papai. -gritou no ouvido do homem e pulou nele gargalhando
Índio: Filho da putinha. -resmungou me encarando
Marcos: Não pode, isso é feio pai. -estendeu o dedinho -Mãe, briga com ele.
Índio: Ô garoto. -levantou e o Marcos correu escondendo atrás de mim
Marcos: Maê. -gargalhou correndo pro outro lado
Índio: Vem cá. -passou por mim
-Índio. -falei rindo dele correndo atrás da criança
Índio: Tu me paga, com outra fita. -apontou pra mim pegando o menino no colo e sacudindo
Marcos: Mãe, quem mandou. -gargalhou vindo pro meu colo
-Preciso ir pra casa, tenho horário. -falei suave depois que eles pararam de brincar na cama
Índio: Na paz pô, toma café com nós. Levo Marcos pra escola, e te deixo no posto.
-O Luan vai me buscar em casa. -falei com um pouco de receio vendo ele me observar calado
Índio: Tranquilo, te deixo na base. -ajeitou o short indo pro banheiro
Marcos: Vamo, encher o buchinho. -sussurrou colocando os braços no meu pescoço
Sair do quarto com ele sentindo um cheiro maravilhoso na cozinha, analisei a Marina remexendo as panelas e virou sorrindo gentil.
Marina: Parece um sonho. -brincou vindo até mim -Incrível ter tua presença aqui, o Índio falou e eu não acreditei.
-Não resistir a proposta do teu neto. -brinquei colocando ele no chão que correu abraçando as pernas da avó
Marina: Quem resiste? -falou calma e olhou pra trás -Tem café da manhã com tempero da dona Marina.
-Que delícia. -suspirei sentando na mesa
Coloquei um prato com ovos e café com pão francês.
A presença do Índio na cozinha tornou tudo mais leve, vejo o carinho que a dona Marina tem com ele e o respeito dele com ela.
Por isso o Marcos é tão educado e especial, está crescendo em um lar seguro.
Marina: Então, vocês tão juntos? -perguntou me deixando travada
Quase cuspir o café me ajeitando na cadeira, olhei pro Índio que deu os ombros pegando um copo.
-Saindo, estamos saindo.
Marcos: Eles se gostam vô. -brincou levantando a mãozinha -Ela já é minha mãe, né.
Marina: Ela é. -alisou o cabelo dele
Índio: Teu neto tá muito fofoqueiro. -resmungou se aproximando de mim -Eu e a Lorena somos amigos.
Marina: Sim, Pedro. -falou baixo e depois encarou o filho como se estivesse arrependida
Índio: Ela já sabe meu nome. -respondeu rapidamente
Marina: E tu quer que eu acredite, que é só amizade? Não nasci ontem, meu amor. -olhou pra mim -Desculpe se te deixei com vergonha, mas eu digo todos os dias que tu é a mulher que eu desejaria que o meu filho assumisse.
Engoli o pão seco e tomei um gole do café.
-Fico grata por isso. -sorrir de lado -Ele é amarradão por mim, tô quase aceitando.
Índio: Sou. -falou irônico -Tô ficando até neurótico do tanto que penso em tu.
-Besta. -sorrir nervosa
Encarei meu celular vendo a mensagem do Luan e olhei pro relógio.
Terminei de comer e me despedir do Marcos e dona Marina. O Índio me deixou em casa antes de sair pra boca.
Encontrei a Carol, contei sobre ontem, e o café da manhã com interrogatório.
Demorou uns 15 minutos que ela saiu o Luan chegou com um short preto, sem camisa e um rádio na cintura.
Luan: Amor? -escutei sua voz na sala e sair da cozinha sorrindo de lado -Tu é gata demais, tô pensando em ter meus filho contigo, só pra vim uma genética bonita.
-Só sirvo pra isso, né? -coloquei a mão na cintura
Luan: Eu te assumiria, tu sabe. -entrou na cozinha pegando uma maçã e abriu a geladeira na maior liberdade
-Tu acredita naquele versículo que devemos dividir ? -falei sonsa
Luan: Sim, o pão. -olhou desconfiado -O que foi nega?
-Acho que tenho um coração grande demais. -falei baixo
Sim, tô afim de dois caras ao mesmo tempo.
Luan: Sempre digo isso pra tu. -falou distraído pegando um biscoito -Vamo?
Como pode ficar amarrada em dois macho?
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)