FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO

capítulo 65 (epílogo)

(EPÍLOGO)
Trisal

12 anos depois...

-Marcos, eu já falei pra tu não trazer essas merda pra casa. -falei enquanto separava as roupas e achei um baseado

Marcos: Perai rapaziada, minha mãe tá na neurose. -falou algo no rádio antes de vim me abraçar de lado -Caraca coroa, tá estressadinha demais, colfoi?

Luan: Tá assim com geral, essa criatura encapetada. -apareceu no quarto -Devolve minha mulher.

-Luan, falta pouco pra eu tacar o chinelo na tua fuça. -apontei o dedo pra ele

Marcos: Padrinho, preciso bater um lero com tu. -resmungou pro Luan que me deu um selinho e saiu

De qualquer forma anos atrás o Índio não aceitou o Marcos chamar o Luan de pai, mas no meio de tanto caos na criação, ele é o melhor padrinho que o nosso filho poderia ter, o segundo pai incrível do Marcos.

Desci as escadas vendo a Carol com a minha afilhada no colo.

Luan: Teu pai tava te procurando no plantão hoje. -encarou o celular saindo do quintal

Marcos: Tô ligado. -coçou a cabeça

Índio: Tá no erro. -apareceu na sala e se aproximou me dando um selinho -Na paz, amor?

-Teu perfume tá enjoado. -resmunguei afastando ele um pouco -Falei isso ontem.

Luan: Ontem ela não quis dormir com nós, tava na neurose, cê acredita Carolzinha? -colocou a mão na cintura

Carol: É o hormônio da gravidez. -olhei torto pra ela -Eu e o pai da Gabi queríamos convidar vocês, pra uma noite especial. O batismo oficial dela.

Índio: Papo reto mermo? -se aproximou carregando a menina que sorriu largo

Carol: Já gosta de ir pro colo de macho, né garota.

Marcos: Mãe, tô indo ali na baixada. -colocou o boné e saiu correndo antes de ouvir minha resposta

-Alguém fala pra ele, o risco? Parece que tô sendo insuportável e superprotetora. -apontei sentindo um arrepio

Luan: Deixa o moleque pegar as novinha da baixada, sem caô.

-Eu deixo, mas tu tá ligado que a mina é filha de cana, se piar pra cima do meu filho, não vai dar bom.

Índio: Temos o controle, relaxô. -sentou ao meu lado com a Gabi e alisou minha barriga -Tua priminha tá vindo aí, padin.

-Madrinha tá puro estresse, hoje. -falei pra ela que me olhou confusa

Porém pra mim, 8 meses ela já entende tudo que acontece ao redor.

Luan: Quer fazer um amorzinho pra desestressar? -sentou no outro lado do sofá e eu revirei os olhos vendo a Carol rindo

Depois de assumir esse bendito trisal eu juro que me arrependi. O Índio e o Luan não trocam contato, na real eles agem como se fosse um namoro aberto entre nós três. Mas tiram o dia pra me estressar, mesmo depois da gravidez é uma perturbação de saco.

A criação do Marcos, foi com eles dois desviando o garoto com essa linhagem de piranhagem.

Agora ele tá pegando uma menina da baixada, gente fina, mas é filha do coronel da polícia. Imagina o b.o se esse cara vai atrás do meu menino?

Marcos também tá com bastante amizade, miss simpatia nas comunidade, já falei pra não se misturar com gente que vai afundar ele no crime.

Carol: Espero cês tudo na igreja as 17:00 horas, boa foda. -pegou a Gabi que choramingou pra soltar a blusa do Índio

Ela saiu batendo a porta e eu analisei o Luan tirando a blusa se aproximando.

-Nem pensar. -levantei colocando a mão na cintura e ele apontou pro Índio

Luan: Pode ficar de fora. -brincou indo pra cima dele

Índio: Caralho, toda vida merma putaria. Tu não muda nunca, né. -falou rouco levantando

Luan: Volta amor. -afinou a voz

Deixei os dois se estranhando na sala e fui pro quarto da minha primogênita Ayla Fernanda.

Depois que perdi minha mãe, alguns anos atrás por conta da volta intensa do câncer. Prometi que o nome da minha filha, quando eu tivesse uma, seria Ayla Fernanda.

O vovô Thiago, chorou horrores quando eu contei a escolha do nome. Assim como minha madrinha Júlia que até hoje não superou a morte repentina da minha mãe.

Eu também não superei, mas foi tudo muito rápido, após o falecimento dela, descobrir minha gravidez. É como se fosse minha âncora.

-Espero está te orgulhando, dona Fernanda, minha coroa. -sussurrei alisando minha barriga e a Ayla chutou

Fim.