capítulo 28

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Coloquei um biquíni, apenas a parte de cima,e fiquei com um short curto, de lazer em casa.

A porta foi aberta e eu virei a cabeça vendo Carol com a Mayara.

Mayara: Chegamos. -sorriu encostando na parede

Não éramos amigas, mas também,não éramos inimigas. A Carol se aproximou dele, e obviamente eu também. Mas o rolo dela com o Luan, talvez incomoda nós duas. Afinal, sentamos na mesma pica.

-Tô desanimada pra descer hoje. -resmunguei encostando no sofá -Passo a semana toda na baixada, no asfalto.

Carol: Tá rolando um futebol no campinho, depois geral vai pro bar. Bora curtir pô. -se aproximou puxando meu braço

Mayara: É vai ser legal, Lore. -sorriu de lado

-Tudo bem, mas provavelmente vou ficar encostada na arquibancada reclamando do sol quente.

Carol: Bora logo.

(...)

-Eu falei que aquele passe ali, foi terrível. -reclamei colocando a mão no rosto por conta do sol estalando no campo

Estávamos assistindo o jogo e comentando, apesar de eu nem saber o que é pênalti. Tava a maioria dos vapores e alguns traficantes.

Percebi uma rivalidade quando vi o Índio e o Luan em time oposto. Os dois estavam se desentendendo bastante no campo.

Carol: Mulher, olha aquela bundinha redonda. -me puxou apontando pro Paquetá

-Com todo respeito, que sabor. -analisei os cria correndo com um samba canção marcando tudo

Desviei o olhar vendo o Luan levantar a blusa e limpar o rosto correndo pro canto.

Apitou finalmente marcando empate e geral saiu descendo pro barzinho.  Encostei na cadeira na mesa de fora vendo aquele povoado de macho junto. O Luan sentou entre eu e a Mayara, enquanto a Carol levantou pra ir no balcão.

Mayara: Tu joga muito mermo, fez gol pra mim ,né. -sussurrou o suficiente pra eu escutar

Luan: Se não fosse teu irmão, querendo quebrar meu calcanhar, sairia mais dois gol. -resmungou passando a mão na cabeça

Olhei pra frente vendo a ruivinha se aproximar na mesa do Índio e sentar no colo dele. Seu olhar desviou até mim, e subiu um queimor na minha garganta.

Mayara: Acho que vou no banheiro, rapidinho. -levantou passando pelo irmão que sussurrou algo pra ela e voltou atenção pra mim

Luan: Tá tudo certo? -passou a mão na minha coxa

-Tudo tranquilo. -pigarrei enquanto seu braço passou pelo meu pescoço e relaxou ao redor da cadeira

O Índio fuzilou aquele movimento e segurou a mão na cintura da ruiva que gargalhou falando algo pra ele.

Qual é? Isso não era um jogo, sabemos que temos maturidade o suficiente.

Luan: Te incomoda. -sussurrou no meu ouvido -Ele com outra mina?

-Claro que não. -respondi rapidamente

Luan: Se quiser, te ajudo nesse joguinho. -beijou meu pescoço mordiscando

-Quem disse que eu quero entrar nesse jogo dele?

Luan: Acho que tu já entrou. -observei o seu sorriso disfarçado

Parece que ele tá sabendo de algo que eu ainda não captei. Mas decidir fingir a sonsa até a Mayara voltar pra mesa e sentar entre nós dois.

O Jr e o Teco chegaram roubando a cena com uma moto robotizada, e a maioria foi se desfazendo.

O Índio continuou ostentando a ruiva em seu colo e a Carol serviu cachaça pra geral.

Cruzei os braços bolada vendo a Nicole subindo o asfalto com o cabelo baixinho, Carol riu disfarçando e só lembrei que se ela bobear amanhã é ela que vai tá desfilando careca por que quis duas pirocas.

Pelo que pude ver, Nicole não gostou nem um pouco quando viu o Índio com a ruiva no colo. Fez careta olhando pra mim e sentou no passeio conversando com as parceira dela.

Carol: Tô sentindo no meu mamilo esquerdo que ela está falando de tu. -sussurrou no meu ouvido quando passou servindo a cerveja

-Se estiver esperando eu sair do bar, pra procurar confusão. Ela está bem maluca mesmo, por que não vou descer o nível. -resmunguei tomando um pouco da cachaça

Meu celular vibrou e eu analisei a mensagem da dona Fernanda. Minha mãe tá bem estranha nessas últimas semanas, e nem acho que é por conta da minha aproximação com o Índio. Esses dias peguei ela e o Teco discutindo na cozinha, quando apareci ambos se fizeram de pão.

Detesto quando escondem algo de mim, e pior se for algo sobre o meu respeito.

Luan: Em tu ela não encosta, fique de boa, seguro até o meu aplique. -fingiu amarrar o cabelo imaginário e beijou meu ombro

Mayara: Pois é. -riu falso observando o Luan


FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOWhere stories live. Discover now