2

964 183 54
                                    

Pete foi levado ao escritório de Theerapanyakul.

Ou, para ser exato, para a recepção fora de seu escritório. E então Pete recebeu ordem de esperar. O que teria sido bom se já não tivesse se passado três horas.

Pete olhou para a placa dourada na porta que parecia zombar dele.

Vegas Theerapanyakul
Vice Presidente Executivo.

Então, aparentemente, aquele idiota era o vice-presidente. Isso explica muito. Bastante. É claro que uma empresa sem alma teria um executivo sem alma administrando. A cada hora que passava, sua esperança de que Theerapanyakul realmente pretendesse ouvi-lo foi desaparecendo gradualmente, até que se foi.

— Tudo bem, estou indo — Pete disse finalmente. Ele tinha coisas melhores para fazer com seu tempo do que sentar-se nesta sala ridiculamente chique e esperar horas por uma audiência com o tirano residente.

— Você não pode! — disse a secretária. — o Senhor Theerapanyakul disse para você esperar. Você vai esperar.

Pete zombou e se levantou.

— Vou.

A mulher, se levantou em um salto, o pânico passando por seu rosto.

— Você precisa ficar. Por favor. Ele vai descontar toda a sua raiva em mim se suas ordens não forem cumpridas.

Pete suspirou e recostou-se na cadeira.

Às vezes, ser uma boa pessoa era uma droga; realmente, ele era uma boa pessoa. Mas ele não queria que a pobre mulher sofresse por causa dele.

— Por que você não desiste em vez de trabalhar para aquele idiota?

Ela fez uma careta e voltou para o computador.

— Por favor, não fale sobre o senhor Theerapanyakul dessa forma — ela sussurrou.

Pete revirou os olhos.

— Vamos, ele não está aqui. Por que vocês estão com tanto medo dele? Ele é apenas um cara.

A mulher lhe lançou um olhar que lembrou Pete do jeito que sua irmã olhava para crianças adoráveis, mas totalmente sem noção.

O telefone em sua mesa tocou. Pela maneira como todo o corpo dela se enrijeceu, Pete pôde adivinhar quem era.

Ela atendeu.

— Sim, Senhor. — disse ela timidamente. — Não, senhor. Sim, claro, farei isso agora mesmo. O relatório está feito, sim... Claro, senhor. Disseram que o deixariam pronto às quatro horas... Sim, senhor.

Pete zombou.

Ele não pensava que as pessoas ainda se referiam a seus chefes como “senhor” no século vinte e um. Foi tão estranho. Ele tinha feito um estágio de verão em uma empresa muito grande no verão passado, embora não tão grande quanto o CG e é claro e todos chamavam o executivo pelo primeiro nome. Sem mencionar que Theerapanyakul era muito jovem para sua posição, ele não podia ter muito mais que vinte e poucos anos.

— Sim, senhor Theerapanyakul. Claro. Sim, ele ainda está esperando por você. Imediatamente senhor. — A secretária desligou e exalou. Então ela olhou para Pete. — Vá. Ele está esperando por você.

mandão × vegaspeteWhere stories live. Discover now