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Pete saiu do escritório de Theerapanyakul sem saber se ria ou chorava. Conseguir um emprego na CG realmente não era seu objetivo quando decidiu participar do protesto contra a ganância corporativa. Conseguir um emprego como assistente pessoal de um executivo idiota era exatamente o oposto do que ele queria. No entanto, aqui estava ele: promovido a assistente pessoal de Vegas Theerapanyakul, vice-presidente executivo da CG.

A viagem para o RH acabou sendo surpreendentemente informativa. Pa era uma jovem simpática com um sorriso e olhos adoráveis. De alguma forma, no curto espaço de tempo entre a saída de Pete do escritório de Theerapanyakul e a localização do departamento de RH, ela já tinha o contrato pronto. Em qualquer outra circunstância, Pete teria flertado com ela, mas ele estava muito frustrado agora.

— Uau, você terminou em dez minutos? — Disse Pete, folheando o contrato.

Pa riu um pouco.

— Quando você trabalha para um chefe como o Senhor Theerapanyakul aprende a ser altamente eficiente. Confie em mim.

Isso... não parecia nada reconfortante, mas o salário fez Pete se sentir um pouco melhor.

O dinheiro não trazia felicidade, mas certamente tornava sua vida mais fácil. Ele não ia mentir e dizer que não precisava disso. Ele trabalharia para Theerapanyakul por meio ano, provaria que ele estava errado e seria uma boa reserva financeira até encontrar um emprego que realmente o interessasse. Era uma situação em que todo mundo ganha.

— Eu pensei que o chefe fosse outra pessoa, não o Theerapanyakul.

Pa suspirou, uma sombra cruzando seu rosto.

— O senhor Korn ainda está em coma e o quadro não é estável. Mas mesmo quando não estava em coma, ele raramente vinha a esse escritório. Ele dá rédea solta ao Theerapanyakul aqui na RD Software. Ele não se envolve no lado de publicação de jogos do negócio. Ele tem confiança absoluta no Theerapanyakul e por uma razão. — Pete torceu o nariz, sem saber o que pensar. Theerapanyakul não parecia muito confiável para ele. — De qualquer forma, o Theerapanyakul possui 35% das ações da GC, perdendo apenas para o verdadeiro dono. — disse Pa. — Ele é nosso chefe, esteja o senhor Korn aqui ou não.

Pete suprimiu um assobio, enquanto estimava quanto valia trinta e cinco por cento de uma empresa como o GC. O valor de mercado da empresa era próximo a 20 bilhões. Ele entendia o porquê o cara agia como um babaca arrogante.

— Vejo que você é um designer de jogos — disse Pa, olhando para seu arquivo. — Mas você tomou uma boa decisão. Se você conseguir manter seu emprego durante a vigência do contrato, qualquer pessoa do setor o contratará na hora.

Pete piscou.

Provavelmente interpretando corretamente sua confusão, Pa sorriu torto.

— O senhor Theerapanyakul tem uma certa... reputação na indústria. Se você conseguir manter o emprego de seu assistente por meio ano, vai se mostrar extremamente adaptável em situações de alto estresse. Será a melhor recomendação possível para qualquer empregador em potencial.

Uau.

Pete riu.

— Isso não parece muito reconfortante.

— Minha mãe sempre diz que um bom aviso vale por dois — disse Pa. — Assine aqui. — Pete assinou o contrato, tentando não se sentir como se tivesse acabado de vender sua alma ao diabo. — Boa sorte.

Havia um brilho de compaixão e pena em seus olhos, o que também não era reconfortante.

Pete sorriu fracamente.

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