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A sala de recepção do lado de fora do escritório do chifrudo parecia exatamente a mesma: intimidantemente extravagante e incrivelmente silenciosa, como se as pessoas tivessem medo de respirar.

A assistente sorriu com óbvio alívio quando o viu.

— Estou tão feliz que você voltou! — ela disse, meio sussurrando por algum motivo, como se Satanás tivesse ouvido biônico e pudesse ouvi-los através da porta fechada. — Pa tinha certeza de que você não voltaria, mas esperava que ela estivesse errada.

— Por que?— Pete disse, dando um beijo em sua bochecha e olhando para ela. — Como você está? Parece cansada.

Ela suspirou, olhando para a porta fechada com cautela.

— Estou cansada. O humor dele tem estado de mau a pior ultimamente.

— Não é assim sempre? — Pete disse com um bufo.

Estremecendo, ela balançou a cabeça.

— Ele tem estado pior. Ou talvez a gente acabou se acostumando com ele sendo um pouco mais legal.

Pete olhou para ela incrédulo e ela apenas riu, colocando uma mecha perdida de seu cabelo atrás da orelha.

— Eu sei que você não acredita em mim, mas ele realmente era mais legal quando você estava por perto. Ele acabava por ser menos severo.

— Claro, ele descontava todo seu descontentamento em mim — Pete disse, revirando os olhos com um sorriso.

Ela ergueu as sobrancelhas.

— Bem, ele certamente descontou seu descontentamento em Jes e Pol, mas não pareceu ajudar. Ele saiu chorando ontem, literalmente. Nunca vi um homem adulto chorar.

Pete torceu o nariz, não convencido. Ele ainda não acreditava que Theerapanyakul poderia ter sido pior do que tinha sido com ele.

— Não importa — disse ele. — Não estou aqui para ficar.

Seu rosto caiu.

Pete se recusou a se sentir culpado por isso.

— Eu só quero falar com ele por um momento.

Ela franziu a testa, olhando incerta para a porta.

— Ele está ocupado. Ele tem uma reunião com o diretor de marketing agora.

— Sabe o que é? Eu não me importo. — Pete disse. — Essa é a vantagem de não ser mais seu escravo pessoal. Eu não tenho que ficar com medinho toda vez que sua alteza franzir a testa. Ele não é o meu chefe.

Ele caminhou com confiança em direção à porta, ignorando os protestos fracos da sua ex-colega. Exceto que sua confiança pareceu evaporar no momento em que ele abriu a porta e foi preso sob o olhar pesado daqueles olhos negros.

Pete engoliu em seco.

Ele tentou convocar a raiva que sentiu apenas alguns momentos atrás, mas seus pensamentos continuaram se dispersando, o desejo familiar de agradar esse homem rastejando de volta em suas veias. Foi totalmente nojento.

mandão × vegaspeteWhere stories live. Discover now