Início do torneio

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Elas com certeza não foram as únicas a notarem o jogador de quadribol. Enquanto caminhavam de volta ao castelo, muitos murmuravam entre si, ficando nas pontas dos pés para tentar ter uma visão melhor do astro, e alguns até pedindo por penas para tentar conseguir um autógrafo. Quando chegaram às portas do Salão, os alunos de Durmstrang pararam, aparentemente sem saber onde se sentar, e Draco Malfoy se prontificou em se apresentar para Krum e convidá-lo para a mesa da Sonserina.

"Venham, vamos convidá-los também", sibilou Laura com urgência.

Ela se aproximou de um trio de garotas e se apresentou formalmente. As meninas não eram muito amigáveis e não fizeram muita questão de demonstrar interesse, mas seguiram Laura e se sentaram na ponta da mesa. Elas se apresentaram, e Olívia percebeu que todas falavam inglês muito bem, mesmo que com um leve sotaque. De repente, ela foi consumida por culpa por nunca ter se dado ao trabalho de aperfeiçoar seu francês, mesmo com a insistência da mãe.

Amalia e Hanna eram alemãs e tinham cabelos louros lisos e compridos. Elas falavam baixo entre si, observando curiosas tudo a seu redor: desde os talheres nas mesas até as velas flutuantes no teto. Rebecca era dinamarquesa e tinha mechas castanhas-avermelhadas e um nariz cheio de sardas. Ela sorria e comentava alegremente sobre a viagem com Laura.

"Ah, o castelo de vocês é tão quente", ela dizia. "Durmstrang decididamente precisa de mais lareiras."

Durante o resto da refeição, elas ouviram os relatos sobre a escola escandinava. Os queixos delas caíram quando ouviram que todos os alunos do quinto ano de Durmstrang faziam uma excursão ao castelo de Nurmengard, onde vários bruxos das trevas – incluindo Grindelwald – estavam presos, e elas tentaram impressioná-las de volta contando que Hogwarts possuía uma câmara secreta que fora covil de um basilisco (deixando de lado, é claro, que a escola quase fechara por causa disso).

O Prof. Dumbledore finalmente retomou a atenção de todos, e Olívia percebeu que Ludo Bagman e Bartô Crouch estavam agora sentados à mesa dos professores. O diretor iniciou seu discurso apresentando os dois funcionários do Ministério, que seriam jurados do Torneio junto aos outros diretores, e então chamou o zelador.

Filch se aproximou trazendo consigo uma arca de madeira, incrustrada de pedras preciosas.

"Como todos sabem, três campeões competem no torneio", disse o diretor. "Um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... O Cálice de Fogo."

Dumbledore abriu o escrínio e retirou dele um grande cálice de madeira, toscamente talhado, cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.

Olívia trocou um olhar com as amigas. Não era o que tinham imaginado, mas era certamente intrigante – Olívia tentava imaginar que tipo de encantamentos o Cálice deveria ter, que critérios que ele utilizaria para selecionar os campeões. Ela observou as três meninas de Durmstrang, que iriam tentar se inscrever. Hanna e Amalia discutiam entre si em alemão, e Rebecca franzia a testa, mas tinha uma expressão confiante.

"E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no Cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa noite a todos."

Nossas Escolhas | Fred Weasley (Livro 2)Where stories live. Discover now