Capítulo 25 (Último Capítulo)

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Por Maury

Assim que Fernando e Thomás saíram, fui até a cozinha pegar um copo de água e me assustei quando ouvi um barulho vindo do quintal.

- Fernando? Já voltaram? - perguntei, sem obter resposta. Quando me virei pra entrar em casa, sou surpreendido por Alex, o ex do meu filho, que estava armado. - Alex, o que você está fazendo?

- Maury, eu não quero te machucar, só fica de boca fechada, OK - ele respondeu e eu assenti, com medo do que ele poderia fazer.

Andamos pela cozinha e fomos até a sala de estar. Ali, Alex me amarrou e começou a revirar a casa.

- O quê você está procurando?

- Ja disse pra você calar a porra da boca, caralho - ele gritou, dando um tiro para o alto, quebrando o lustre que eu comprei no Natal.

- ATENÇÃO: AQUI É A POLÍCIA. SE ENTREGUE E NÓS VAMOS TE AJUDAR A ESCPAR DO SEU PAI - ouvi a voz de um policial pelo megafone e fiquei aliviado que a polícia estava agindo.

- Quem chamou a polícia? - perguntou ele, desesperado.

- Eu não sei, Alex. Por favor, me diz o que está acontecendo? O que você está procurando? - perguntei, assustado.

- Maury, por favor, não diga uma palavra do que eu vou te dizer pra mais ninguém, ouviu? - ele respondeu e eu assenti. - Eu estou atrás de uns m documentos que incriminam meu pai. Se eu não conseguir, ele me mata.

- Eu posso te ajudar eu sou casado com o Thomas há alguns anos já e sei onde ele guarda documentos importantes - respondi e ele afrouxou as cordas e eu fui até o escritório do meu esposo e comecei a fazer uma busca pelos documentos que Alex queria. Enquanto eu procurava os documentos, rezava pra que Fernando e Thomás estivessem bem. Revirei todas as gavetas e achei os documentos que incriminam o pai de Alex. O homem era acusado de vários crimes, tortura, estupro, estelionato, assassinato.

- Achou? - o ex do meu filho perguntou e eu apenas entreguei a ele. - Obrigado. Agora vou deixar você ir embora, mas se contar pra alguém sobre essa história, você será um homem morto, Maury.

- Eu já sou um homem morto, Alex. Eu também tenho leucemia, a mesma doença do meu filho - expliquei e ele ficou em silêncio por alguns minutos.

- Precisamos sair dessa casa agora - ele me puxou pelo braço até a porta e abriu, dando de cara com Thomás.

- O que você está fazendo com meu esposo?

- Salvando a vida dele - respondeu Alex, apontando a arma na direção da cozinha e eu só consegui em outra o Thomas pra fora da casa quando a bala atingiu a bomba que Alex havia plantado na casa.

- Maury, você está bem? - perguntou Thomás, preocupado.

- Eu fiquei com muito medo, amor. Mas eu sei porque o Alex estava me fazendo refém, Thomás. O pai dele o ameaçou de morte se ele não conseguisse roubar as provas que o incriminavam que estavam com você - respondi e entreguei os documentos que incriminavam o Eduardo Rodrigues.

— O pai dele é o Eduardo Rodrigues? — pergunta Thomas, vendo os documentos.

— Sim e eu acho melhor você entregar esses documentos para a polícia — respondi, puxando ele para um abraço. Ele era o meu porto seguro, assim como o Fernando passou a ser depois de voltar a morar comigo.

Em Família (Romance Gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora