Capítulo 5

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— Filho, infelizmente você desmaiou devido aos efeitos colaterais da quimioterapia e teve que ser internado novamente e terá que fazer o tratamento aqui no hospital — expliquei, olhando em seus olhos tristes.

Alexander observava tudo com cautela, até que se aproximou do Fernando e contou tudo o que estava sentido desde o primeiro dia em que se conheceram.

— Sabe, a minha esposa está em coma há tanto tempo que eu já perdi as esperanças de que ela acorde — Alexander explicou para mim e Fernando. — Só venho aqui por que eu sou a única pessoa que ela tem na vida. Os pais morreram cedo e ela teve que batalhar para chegar onde chegou. Uma pena ela ter sofrido aquele acidente que a deixou nesse estado.

— Alex, sinto muito — falei, tentando não deixá-lo triste.

— Ela era uma modelo de sucesso e, quando voltava pra casa depois de uma sessão exaustiva, foi atropelada por um maluco que a deixou em coma — ele explicou e eu pude ver uma lágrima em seus olhos.

Depois daquele dia, Alexander visitava meu filho com frequência e eu ficava mais aliviado em saber que o Fernando tinha uma pessoa tão carinhosa como o Alexander ao lado dele. Em casa, depois de depositar um dinheiro para o Pedro, por estar cuidando do meu filho, vejo que o carro de Thomás está na garagem e corro para vê-lo.

— Amor?

— Aqui em cima — ele responde e eu subo as escadas até nosso quarto. Abro a porta e vejo uma trilha de rosas até a cama e não vejo o Thomás. Enquanto aprecio aquela beleza, sinto duas mãos me agarrarem na cintura e Thomás me puxa para um beijo quente e sexy. — Eu senti tanto a sua falta, Maury.

— Eu também senti sua falta, Thomás — respondi, pegando em seu membro duro e o masturbando por cima da calça jeans dele.

— E o Fernando?

— Ele está bem. Tem uma pessoa especial cuidando dele por mim — respondi, me referindo ao Alexander.

— É o Alexander, não é?

— Ele mesmo — assenti e desabotoei a calça jeans dele junto com sua cueca, deixando aquele pau duro cheio de veias grossas á mostra. — Sabe o que eu quero fazer agora?

— Não, o que você que fazer?

— Quero te chupar até você estar duro o suficiente pra me penetrar — falei, subindo até o rosto dele e o beijando novamente antes de cair de boca naquele pau. Fazia movimentos de vai e vem nele e ele gemia meu nome. Antes que ele gozasse, dei um beijo nele, dividindo o gosto do seu leite. — Agora você vai me foder bem gostoso, pois eu quero te dar prazer e receber prazer também — ele me jogou na cama e colocou uma camisinha em seu pênis e começou a simular uma penetração em meu rabo. Aquilo já estava me deixando maluco, quando eu gemi bem alto pra ele meter gostoso. — Me fode, Thomás — implorei e ele me penetrou de uma vez.

— E agora? Tá gostando?

— Hum, tá bom, não para, me fode, caralho — gemia, e ele continuava estocando forte.

Transamos mais de uma vez aquela noite, no chuveiro, na sala, na cozinha, na biblioteca (eu tinha uma biblioteca particular na minha casa, presente do Thomás, pois ele sabia da minha paixão por livros) e uma segunda vez no banheiro. Na manhã seguinte, na mesa do café da manhã, Thomás me faz um pedido inesperado.

— Maury, eu quero te levar para Paris, não tivemos nossa lua de mel e agora seria o momento perfeito para isso. Sei que tem o Fernando, mas você disse que o Alexander está cuidando dele, então qual o problema de viajarmos sozinhos?

— Viajar com você pra Paris? É uma proposta tentadora, mas eu vou ver se o Fernando vai aceitar ficar afastado de mim por alguns dias — respondi e tomamos nosso café da manhã, preparados para mais um dia. Fernando aceitou numa boa ficar no hospital fazendo o tratamento  enquanto eu e o Thomás iríamos para Paris para nossa lua-de-mel.

— Pode ir tranquilo, pai. O Alex vai ficar tomando conta de mim enquanto  vocês estão viajando — ele disse, totalmente animado. Eu chamei o Alex em um canto e resolvi tirar uma dúvida que  estava pairando na minha mente.

— Vem cá, Alex, meu filho está se apaixonando por você ou é coisa da minha cabeça?

— Olha, ele está apaixonado por mim e eu acho que estou me apaixonando por ele também,  Maury — ele respondeu e eu pude ver um brilho em seus olhos quando ele me disse aquilo.

— Se voce realmente está se apaixonando pelo Fernando,  quero que tome muito cuidado, pois ele não pode sofrer nenhum tipo de preconceito, viu?

— Fique tranquilo, pois eu irei defender o Fernando com unhas e dentes — ele respondeu, apertando minha mão.

Depois daquele dia, eu e Thomás  estávamos de partida para Paris e, antes de irmos ao aeroporto, resolvemos passar no hospital para me despedir mais uma vez do meu filho.

Ao entrarmos no quarto onde ele estava internado, vejo ele aos beijos com Alexander, o que surpreendeu, pois eles estavam indo rápido demais.

— Alex!

— Pai? O que você está fazendo aqui? Seu vôo não é hoje? — perguntou Fernando, assustado.

— Sim, mas vejo que vou perder meu vôo por sua causa, né? Meu filho, você não acha que estão indo muito depressa com isso? Que dizer, ainda há alguns dias vocês estavam apenas se conhecendo e agora já estão se beijando?

— Pai, eu estou apaixonado pelo Alex, não consegue enxergar isso?

— Tudo bem, filho. Olha, eu e o Thomás só passamos aqui pra se despedir de você,  mas já vi que vamos ter que ir embora sem isso — respondi e saí do hospital com meu esposo, rumo ao aeroporto.

— Maury, você não pegou muito pesado com seu filho? Quero dizer, ele nunca viu você tratá -lo dessa forma — disse Thomás, pegando nossas malas no carro.

— Eu não peguei pesado, Thomás, só disse aquilo pra ele poder ver que eu me importo com ele — respondi, enquanto  íamos aguardar nosso vôo para Paris.

Parece que essa viagem vai ser longa, pois além de discutir com meu esposo sobre meu filho, terei que encarar algo ainda mais assustador: minha ex-esposa,  Katherine.

Em Família (Romance Gay)Where stories live. Discover now