Routine

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Lovelyn Gracie Campbell

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Lovelyn Gracie Campbell

*Harlem, New York - USA*

O som da televisão estrondeia dentro de casa da minha amiga, como de costume, mas não reclamo, pois até estou acostumada.
Com um bocejo sonolento, estico meu corpo na cama e encontro uma posição mais satisfatória.
Na mesa na minha frente têm duas caixas de pizza, ao lado deles estão pratos com alguns pedaços.

Depois da situação confusa com o meu chefe, eu meio que me convidei para passar um tempo na casa da minha melhor amiga para me distrair um pouco.

— Eu ainda não consigo superar o fato de que você odeia azeitonas. — Afirma Olivia enquanto se encosta nas minhas pernas, com um pedaço da sua pizza na mão. — É bom pra caramba.

Eu rio e engulo o pedaço que estou comendo.

— Não odeio azeitona, só não gosto da junção dela na pizza. — Vejo a careta que Liv faz para o sorriso em meu rosto antes de pegar as azeitonas que descartei.

Estamos assistindo de repente trinta.
Pode ser que essa seja a trigésima vez que assisto esse filme com a minha amiga.

— Eu estou chorando de felicidade. — Repito a frase junto com a Jenna. — Eu só quero que você seja feliz. — Começo a chorar, pois esse filme me deixa super sentimental.

Me sinto tão boba por sempre chorar nesse filme, ou qualquer outro de romance.

— Ele devia beijar ela logo. — Liv murmura irritada. — Jenna, ele te ama. — Ela grita como se eles realmente estivessem ali.

— Se ele beijasse, não teria um final tão bom assim.

— Eu acho o Hulk tão gato nesse filme. — Reviro os olhos ao ouvir o que ela diz.

— Ele tem nome Liv, pode acreditar que não é Hulk. — Limpo os resquícios de lágrimas em meu rosto. — Cale a boca, quero ver o final.

— Na verdade, será que você poderia pegar mais pizza? — Minha amiga pede sorrindo. — Por favor, você é a que está mais próxima da porta.

Levanto sem reclamar, pois também quero mais pizza.
Ando pelo corredor escuro do pequeno apartamento.
Chego na cozinha, pego a caixa de pizza e volto para o quarto.

— Nada melhor que comer carboidratos e ver filmes românticos para perceber o quão ruim é a minha vida amorosa. — Murmuro me jogando na cama e colocando a caixa do meu lado. — O que vamos ver agora?

— Vamos ver simplesmente acontece. — Minha amiga grita batendo palmas.

— Vamos, eu amo esse filme!

Eu já tinha visto este filme um milhão de vezes, já tinha chorado e desejado um Alex em minha vida um milhão de vezes também.
Ao longo dos meus vinte e três anos, eu só tive um namorado — que teve um final super tranquilo — de resto só ocorreram alguns beijos sem compromisso em alguma festa ou encontros que não iam para frente, nada de tão incrível e interessante.

BLAZED (Concluída) Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora