Lovelyn Gracie, uma secretária dedicada e tímida, leva uma vida monótona e rotineira no escritório da empresa. Ela tem somente algumas funções para cumprir na empresa Hilton:
• Ser secretária do CEO;
• Entregar tudo no prazo;
•Se dedicar para ser a...
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Lovelyn Gracie Campbell
*Hamptons, New York - USA*
— Você não precisa ficar com essa cara. — Vincent murmura enquanto dirige e eu fecho ainda mais a face. — Eu não tenho culpa.
Respiro fundo tentando manter o controle.
— Na verdade você tem sim. — Olho de relance e noto que ele revira os olhos. — Você devia ter mais atenção enquanto transa.
— A minha atenção estava apenas em dar prazer a você, me desculpe se me empolguei. — Ele força um tom de vítima e eu tento segurar o riso. — Eu vi isso. — Ele retira a mão do volante para cutucar minha perna, me fazendo bufar.
— Foca na estrada.
Me recosto no banco do carro observando as sombras alongadas das árvores à medida que o veículo percorre pelas estradas silenciosas de Hamptons, muito além da meia-noite. O cenário noturno é digno de uma foto, com as casas luxuosas à beira-mar que exibem suas janelas iluminadas em um espetáculo discreto. O oceano, tão calmo quanto a noite, sussurra ao longe.
No entanto, a tranquilidade da paisagem tem um grande contraste com a tensão do interior do carro, onde o Vince busca incansavelmente por uma farmácia aberta, me fazendo lembrar de que nem toda a beleza de Hamptons pode aliviar a urgência dessa situação.
— Por que está tão desesperada? É tão ruim assim pensar na possibilidade de ter um filho meu? — Sua voz rouca parece ecoar por todo carro.
— É um tanto ruim pensar na possibilidade de estar grávida, não importa de quem. — Continuo olhando para paisagem do lugar pela janela. — A maternidade não é fácil, são tantas questões que eu ainda não estou pronta para viver novamente.
Lembro que na gravidez da Bella, enquanto eu segurava em meus braços, eu me sentia emocionalmente esgotada, mas também inundada por um amor profundo. Os primeiros dias de maternidade foi bastante diferente do que imaginava. Lembro das noites sem dormir, das lágrimas de cansaço, das preocupações constantes com a saúde da minha filha.
Obviamente que eu ainda tenho preocupação com ela, mas ainda são tantas questões que venho aprendendo sobre como é ser mãe que eu realmente não penso na possibilidade de ter um outro filho, não agora que também tenho toda uma carreira empresarial.
— Você não teve tanto apoio assim, o que torna tudo mais complicado. Se tivéssemos...
— Não vamos ter, Vincent. Por isso estamos indo atrás de uma pílula. — Olho para seriamente. — Mal nos encontramos depois de cinco anos e já transamos em um restaurante e agora você quer me engravidar. Será que não podíamos ter um reencontro normal?
Vincent começa a rir e eu acabo rindo também.
— Desde quando fazemos coisas normais? — Eu concordo e ele sorri. — Finalmente uma farmácia vinte e quatro horas. — Olho para frente e vejo o grande estabelecimento iluminado enquanto Vincent, estaciona o carro. — Você quer que eu peça um dos meus seguranças para comprar? Eles estão parados atrás de mim.
