BLAZED (Concluída)

Sorry

             Lovelyn Gracie Campbell

*Hamptons, – voltando para Bronx – New York - USA*

— Você tem certeza que você quer ir embora sozinha? — Paris me olha preocupada. Eu balanço a cabeça e forço um sorriso. — Eu posso deixar tudo e ir com você, juro que não me importo.

— Não precisa, fique e aproveite o resto desse dia com a sua família.

— Não é você que tem que ir embora, aquela lá que precisa. — Ela cruza os braços irritada. — Eu não entendo o motivo do Vincent estar lá com ela enquanto você está indo embora. Será que ele perdeu o juízo?

— Bom, ele precisa conversar com ela. — Finjo que esse fato não me magoa.

Eu realmente tento colocar em minha mente que eles precisam resolver algumas questões, mas dói perceber que eu estou indo embora e ele não fez questão de vim falar comigo.
O minha mente implora para que ele saísse daquela casa para vim falar comigo. Olho alguns instantes para a porta, mas ele não aparece.

Ele realmente não vem, da mesma forma como ele fez na noite passada. Mais uma vez ele preferiu estar com ela. A sensação de rejeição é esmagadora, como se eu tivesse sido descartada.
Sinto-me perdido, afogado em um oceano de dúvidas e tristeza.

Leves gotas começam a cair do céu e eu trato de me apressar para ir, pois realmente não quero pegar estrada com muita chuva.

— Eu preciso ir, Paris. Já está começando a chuviscar.— Abraço a loira com toda a minha força e ela faz o mesmo. — Eu realmente amei ficar com você e toda a sua família. — nos separamos do abraço, mas nossas mãos agora estão juntas. — Obrigada mesmo.

Vejo a loira revirar os olhos e apertar minhas mãos.

— Love, você não precisa agradecer. Eu realmente espero que tudo se resolva. — Paris me mais um abraço. — Me mande mensagem no caminho e quando chegar em casa também. Qualquer coisa você me liga. — Apenas aceno e entro no carro.

Conhecer a Paris realmente foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido. Apesar da mídia sempre a pintar como uma mulher fútil, ela é muito mais que isso, com certeza ela é um ser incrível que eu quero levar para sempre em minha vida.

O carro da partida e eu vejo a casa se distanciado, juntamente com a Paris na grande entrada.
Não há nenhum sinal dele por ali, Vincent realmente não veio.

Um suspiro sai de meus lábios enquanto encosto minha cabeça na janela.
Enquanto a chuva bate contra o vidro do carro eu olho para fora, perdida em meus pensamentos; fixo meu olhar no céu cinzento, refletindo a tristeza que domina meu coração. O tráfego congestionado parece apenas agravar o sentimento de solidão dentro de mim.

As gotas de chuva escorrem pela janela fazendo ecoar a melancolia que inunda o interior do veículo. O som repetitivo do limpador de para-brisa cria uma trilha sonora sombria para tristeza em meu interior. Cada movimento do limpador parece simbolizar a tentativa de limpar minha alma da tristeza que me envolve.