5- Falsidade

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Bom dia filhotes. Segunda feira de manhã, dia de passar raiva... Bom, bora pro rolê.
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Lan Zhan dirigia e no banco de trás, Wei Wuxian conversava com Jiang Cheng, mas ele se calou quando eles passaram a porteira da fazenda, que tinha uma enorme flor de lótus adornando a parte de cima do portal. Ele viu uma imensidão verde e Jiang Cheng disse:

_Aqui que as ovelhas e as cabras pastam. Pra aquelas bandas ali, por aquela trilha, ficam as plantações.

_O que seu pai planta?

_Milho e começou a plantar café. As mudas já estão crescendo numa área e estamos cavando covas para plantar mais. É o que Huan mais gosta de fazer, cavar.

_O meu irmão tem uma força braçal monstruosa, imagino o quão rápido ele não deva cavar.

_Muito rápido.

Lan Zhan também não ficava atrás quando o assunto era força. Era algo dos Lans.

Eles continuaram pela estrada de terra com Wei atento a tudo e quando se deu conta, estava parando na sede da fazenda, um baita casarão antigo com nada menos que doze quartos. Em frente aos degraus de entrada estava uma ômega muito bonita. Ela usava calça jeans, botas brancas, blusa de seda branca e um chapéu branco. A make dela era impecável. Em sua cintura, de um lado uma arma calibre vinte e dois e do outro, um chicote preto enrolado.

_Bença mainha.

_Que os deuses e ancestrais te abençoem A-Cheng e abençoem Wangji e o jovenzinho. Que aliás, é bem jovenzinho – ela olhou para Lan Zhan – Eu deveria te arrastar pela orelha! Ele é uma criança. Como você teve coragem de engravidar um filhotinho desses!? - ela já estava tirando o chicote da cintura quando ouviu:

_Eu tenho vinte e três anos senhora Jiang.

_Com essa carinha de filhotinho de dezesseis!? 

_A senhora também parece bem mais nova sabe...

_Gostei de você filhote. Venham, venham. Vão lavar as mãos e depois, cozinha! Eu fiz uma comida bem especial para receber vocês três.

Eles entraram e logo Wei era servido de tantas coisas que ele nem sabia por onde começar.

_Quando minha menina estava grávida, eu fazia essas comidas fortes para ela. Meu netinho nasceu grande e lindo. Me deixe servir você querido.

Yu arrumou o prato colocando pequenas porções de cada comida de um jeito como se Wuxian estivesse numa prova de buffet para casamentos. Ele mesmo já havia servido muitos assim, pois a equipe de Wen Qing era muito requisitada e quando a ômega pôs o prato diante de Wuxian, percebeu que os lábios dele tremiam e ele estava à beira das lágrimas.

_O que foi?

_Eu quase não lembro da mamãe...
Mas acho que se ela estivesse aqui, estaria me tratando como a senhora.

_Você tem mãe agora querido. Eu! Se eu, algum tivesse ido para a cidade grande e encontrasse você, eu te adotaria no mesmo segundo.

Wuxian soltou um soluço, o choro dele havia piorado. Lan Zhan fazia carinho nas costas dele com um leve sorriso no rosto e igualmente emocionado. Sabia o quanto doía em Wei ver as crianças do orfanato sendo adotadas e ele nunca era. Yu o olhou e passou a mão delicadamente em seu rosto.

_Não chore. Sei que está sensível e sei que passou por muito, mas iremos cuidar de você.

_Obrigado...

Yu pegou um copo de água e deu para Wuxian.

_Pronto filhotinho. Passou. Agora coma, o bebezinho precisa. Deixe meu segundo neto bem forte.

Sempre ao seu lado (Concluída)Where stories live. Discover now