17- Verdade Dura

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Boa noite meus filhotes ❤️
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Lan Zhan havia acordado cedo e olhava para a dupla que dormia ao seu lado com admiração, emoção e alívio por ter o filhotinho de volta. Wei Ying dormia abraçado ao pequeno, que era o serzinho mais fofo e inteligente que ele já havia visto, pois desde que foi entregue para Wuxian, percebeu que ele era sua mãe e ficava calminho e quietinho no colo dele. Wangji nunca se viu tão feliz em ser acordado no meio da madrugada pelo choro do pequeno, que foi prontamente atendido no que precisava por estar na cama com os pais e voltou a dormir depois de saciado.

O pequeno se mexeu e já ia chorar quando Lan Zhan o pegou nos braços, deixando que ele sentisse seu cheiro, o acalmando.

_Oh meu pitico, você é um omegazinho manhoso igual à Wei Ying não é? – Lan Zhan fez carinho nos cabelos de Wei e lhe chamou – Amor. Amor, acorde.

A primeira reação que Wei teve foi olhar a cama em busca de seu bebezinho e quando percebeu que ele estava com Lan Zhan se acalmou.

_Eu vou dar um banho nele, pois ele precisa e já volto. Estou te avisando para não se assustar ao não ver o nosso A-Yuan na cama.

_Tudo bem amor. Eu vou dormir mais um pouquinho, esse coelhinho gorducho viu a diferença de leite de verdade pras fórmulas que tomava e ficou pendurado em mim a madrugada quase toda.

Lan Zhan riu.

_Volto já.

O alfa deu banho no pequenino e ao olhar a marca de nascença dele, percebeu que a Marca que Yao havia feito no bracinho dele havia sumido por completo. Lan Zhan o enrolou numa toalha e disse baixinho:

_Você é igual Xian meu amor e isso é bom. Você não aceita nenhum tipo de Marca. Foi assim que aquela peste não conseguiu manter a farsa e agora temos você de volta.

Lan Zhan voltou ao quarto e percebeu que a parteira estava lá, sentada na beirada da cama, fazendo Wei beber uma caneca quase transbordando de leite de cabra e havia uma bandeja no colo dele com a quantidade dobrada do que ele costumava comer no café da manhã.

_Vó, eu não sei se consigo comer isso tudo.

_Senão conseguir hoje, daqui uns dias vai comer isso e pedir mais, pois esse pequeno ali parece um bezerro.

Wuxian riu e tomou até a última gotinha do leite, ele amava aquele leite grosso e espumante das cabras da fazenda, e pegou algumas frutas e comeu também, se dando por satisfeito e em seguida pegou o bebê no colo para lhe dar de comer.

_Wangji. Seja qual médico for que o bebê precisar, mande vir aqui. Seja para as vacinas ou outras coisas. Não vai fazer bem pro meu menino entrar naquele hospital agora que ele recuperou as lembranças.

_Sim senhora.

Wuxian ganhou um beijo no alto da cabeça e viu a idosa sair.

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Pior que o furacão Katrina, era XiChen quando se enfurecia e ele simplesmente saiu da sede da fazenda quase que aos tropeços na tarde daquele dia e socou um tronco onde eram amarrados cavalos o rachando, para susto de Fengmian, já que o tronco de árvore era de uma madeira quase maciça e numa circunferência que seria praticamente impossível de fazer o que aquele alfa havia feito.

_Huan, o que foi? – perguntou Jiang Cheng com o pai logo atrás dele para segurar o alfa caso toda aquela ira se virasse contra o filho. Mas XiChen simplesmente abraçou Cheng e começou a chorar. – O que foi amor?

_Qiren matou a mamãe... Xiao disse pro sogro e ele me contou... Seu pai foi o mais cortês que pôde para não me prejudicar, mas eu quero matar aquele desgraçado WanYin! Matar!

_Você me disse que sua mãe estava doente?

_Ele estava envenenado ela com tintura de lavanda. Lembra da ovelha que me ensinou a cuidar?

_Filho da puta! Se a pessoa não conhece não há como socorrer.

_Exato... Como vou falar isso pro meu irmão?

_Huan, vou pedir a mãe dos meninos pra conversar com ele. Ela tem mais jeito pra essas coisas. Era pra ela ter falado com você também.

_Obrigado sogro. Mas eu preferi que foi o senhor falando comigo... O pior é que nós vamos precisar ir até a cidade.

_Fique aqui com WanYin. Eu já venho.

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Fengmian chamou Yu e depois de conversar com ela, pediu que Wei Wuxian lhe permitisse segurar um pouco o pequeno Yuan e mandou que ele acompanhasse Lan Zhan para o escritório da casa, onde Yu os aguardava.

_Sentem meninos. – ela olhou para Wuxian séria – Filhotinho, eu preciso conversar algo muito sério com o Wangji e você é o único nessa casa que pode segurá-lo quando eu acabar de falar então, sendo assim, eu peço que o faça se for necessário.

O casal trocou olhares.

_Lan Zhan querido, as investigações sobre o seu tio ainda não terminaram e meu genro recebeu de uma testemunha, provas novas e chamou Yang e eles ligaram para o Feng e contaram algo para ele, que fez com que seu sogro me pedisse para conversar com você.

_O que seria de tão grave? Ele pagou alguém para fazer mal ao Wei Ying de alguma outra forma? Iria sequestrá-lo?

_Filhote. – falou Yu segurando as mãos de Lan Zhan – Eles descobriram que QiRen envenenou a sua mãe.

Levar uma facada doeria menos do que ouvir aquilo. Lan Zhan paralisou e Wei Wuxian ficou com medo de que fosse ele agora quem teria uma amnésia dissociativa, mas não esperava a reação seguinte.

_Eu vou matá-lo! Juro que eu vou matá-lo! – gritou ele se colocando de pé e indo em direção a parede do escritório onde haviam várias espingardas da coleção de Fengmian.

_Xian. – disse Yu e o ômega se colocou de pé.

Lan Zhan caiu de joelhos no meio do escritório, incapacitado pelos feromônios dele. Jamais pensou que pudesse usar aquilo contra a pessoa que mais amava, mas era completamente necessário. O Lan sentiu a cabeça doer e se conformou em ficar quieto e deixou o choro sair, sendo abraçado por Xian.

_Por que aquele desgraçado fez isso Xian? Eu tinha perdido o papai um ano antes. Não me e solte Wei Ying, por favor, ou eu juro que vou fazer uma besteira que vai me fazer ser preso e QiRen morto! Eu já quase o matei há umas semanas, não seria difícil o matar agora!

_Wanji, olhe para mim. Você não vai fazer uma besteira. Você precisa se casar com Wei Ying, precisa cuidar do pequeno A-Yuan junto com ele e ambos precisam ser felizes. A justiça vai ser feita, pois Yang está mudando toda a papelada de acusação de seu tio para acrescentar assassinato e isso, aqui no Texas, é pena de morte. Você precisa colocar a cabeça no lugar, pois você e seu irmão terão que ir até Dallas, acompanhar a polícia na mansão.

_A senhora toma conta dos meus amores?

_Eu, A-Cheng e Fengmian assim o faremos. Os três armados. Pode ficar tranquilo.

_Lan Zhan...

_Por você e por nosso filhote eu prometo que não vou fazer uma merda e nem deixar meu irmão fazer.

Mais um abraço apertado foi trocado pelo casal e em seguida Wangji foi beijado e se colocou de pé, saindo do escritório, passando pela sala onde Fengmian conversava baixinho, a voz tranquila e meiga, com o bebezinho que quase dormia nos braços dele e apenas acenou com a cabeça, vendo o sogro fazer o mesmo e saiu para encontrar o irmão, que estava sentado dentro do carro com WanYin no colo o acalmando. As lágrimas ainda desciam pelo rosto do alfa.

_Irmão, vamos lá.

XiChen fez que sim, deu um beijo em Jiang Cheng que se levantou e fechou a porta do carro, vendo os dois saírem.

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Guerda, a mando de XiChen, já havia recebido os policiais na mansão dos Lans e observava com atenção toda a movimentação que acontecia no lugar enquanto conversava com Song Lan.

_O que exatamente os senhores estão procurando?

_A Mercedes do senhor Lan.

_Ah, isso? Na garagem dos fundos onde ficam os carros de coleção. Ele tem três. – falou Guerda caminhando para dentro, até a cozinha e pegando um molho de chaves com Song Lan atrás dela e Xiao XingCheng, que se juntou à eles ao ver a governanta levar seu esposo para outro lugar da casa. – Ele guarda os Porsches e as Mercedes aqui.

Ela abriu uma porta de vidro dupla e entrou com o casal.

_Apenas Lan QiRen tinha acesso à essa garagem?

_E alguns seguranças pessoais dele. O mais antigo, Romeo, que simplesmente desapareceu assim que ele foi preso e o mais novo, Cárter, que costumava ficar na porta, mas eu o tirei de lá e o mandei para a guarita. Ter qualquer um leal àquele homem depois do que ele fez, aqui dentro de casa me causa arrepios.

_Guerda, quanto tempo faz que a senhora trabalha aqui?

_Fui contratada quando o senhor Lan XiChen tinha catorze anos e o senhor Lan Wangji nove. Ambos haviam acabado de perder a mãe e a babá que cuidava deles. A babá se foi antes, pediu demissão, acusou os meninos de dar trabalho demais, mas eles nunca deram... Ao menos não para mim.

_Como QiRen os tratava?

_Xichen com indiferença... Wangji, ele fazia de tudo para o manipular. O menino sofria com crises de ansiedade devido a pressão que o velho exercia, até eu começar a conversar com o irmão dele e dizer as coisas que eu ouvia.

_Que tipo de coisas? – quis saber Song Lan.

_Ele chantageava o pequeno. Dizia que a mãe havia ido devido a ele não ser bom e obediente e que agora, ele precisaria obedecer tirando boas notas, se comportando bem, e fazendo tudo o que ele mandasse. Conforme ele crescia, eu o ensinava a ser ele mesmo e a dizer não. Xichen já tinha uma personalidade forjada e nós forjamos a de Wangji... As chaves dos carros estão aqui. – disse ela olhando para um gancho na parede.

_Obrigado. – disseram os dois.

_Apenas para encerrar o assunto. O tio dos rapazes nunca gostou que eles tivessem opiniões sobre nada e ele ficou muito irritado no dia que o senhor XiChen fez vinte e cinco anos e assumiu, por testamento, a empresa do pai. Vou deixar os senhores a vontade.

Ela saiu e Xiao olhou para Song Lan.

_Qual das três Mercedes será amor?

_Mandamos rebocar as três. A senhora Qin não disse cor do carro. Eu só fico pensando na reação daqueles dois quando souberem.

_Nem me fale.

Sempre ao seu lado (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora