8- Karma

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Quando Lan Zhan chamou apenas Yu, deixando Jiang Cheng muito preocupado, a expressão dele era neutra, mas bastou ele entrar no consultório do psiquiatra, que estava vazio no momento, para ele abraçar Yu e começar a chorar muito.

_Nós vamos achar o meu netinho Wangji. Tem muitos policiais envolvidos nisso e já passamos os vídeos de MianMian de peruca ruiva e fotos de como ela realmente é. Feng foi falar com o amigo dele delegado junto com o seu irmão. Vai dar tudo certo.

_Sogra... eu preciso da sua ajuda, pois eu preciso resgatar não só meu filhote, mas também o amor da minha vida...

Yu o olhou horrorizada, já sentindo tontear e se sentou em uma das cadeiras.

_Nosso Wei Ying fugiu para procurar Yuan?

_Não. É alho pior. Ele está preso em si mesmo devido ao trauma e só lembra da mãe dele, no caso, você e eu agradeço aos céus que ele ao menos lembra que tem mãe. O neuropsiquiatra vai lhe explicar o que houve, e vai te levar até ele em seguida. Eu vou precisar de acompanhamento com o psicólogo e Wei Ying tanto com o psicólogo quanto com o psiquiatra.

_Como assim Lan Zhan, me explique melhor.

_O médico irá. – falou ele se sentando também ao perceber que o doutor Veras havia entrado na sala.

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Wei Wuxian comia devagar, tentando assimilar as dores que estava sentindo no corpo. Ele não compreendeu quando a enfermeira lhe fez massagem no peito e lhe drenou leite e nem ao menos o médico o examinando como examinou e ficou muito apreensivo com a situação toda e quando o alfa bonito de olhos dourados de ofereceu para lhe segurar a mão, de início ele só se manteve quieto, mas depois perguntou:

_A gente se conhece?

_Somos amigos. Melhores amigos, acho que para toda vida. – respondeu Wangji e viu o psiquiatra mexer a cabeça de leve em concordância com a resposta.

_Desculpe não lembrar de você, pois não lembro.

_Tudo bem. – respondeu Lan Zhan com o pé se movendo para se afastar, não queria ser invasivo, foi quando Wei lhe estendeu a mão e com calma ele se aproximou e a segurou, a massageando com pequenos círculos.
Wei Ying olhou para o alfa ao seu lado e como ele o olhava com ternura e resmungou em seguida quando a enfermeira lhe apertou o peito.

_Dói.

_Eu sei. Mas já acaba senhor Wei. Me perdoe, mas eu preciso drenar tudo o que está aqui para que não tenha febre.

Ele voltou o olhar para o lado quando sentiu um carinho nos cabelos e fechou os olhos e de forma inconsciente e se chegou mais para a mão que lhe fazia carinho. Por algum motivo aquele alfa da qual ele não se lembrava, e que afirmava veementemente que era seu melhor amigo, o acalmava e ele agora tentava processar aquela sensação de paz que sentiu com o toque dele, enquanto comia sozinho de forma distraída.

_Filhotinho?

_Mamãe! – ele disse com um sorriso enorme – A sua benção mãe.

_Que todos os ancestrais de nossa família e deuses o abençoe meu filhote. – falou Yu fazendo carinho no rosto dele.

_Eu queria que a senhora estivesse aqui mais cedo. Eu não quero ficar nesse hospital. Fizeram coisas comigo estranhas que me machucaram e foram... invasivas por serem íntimas demais e isso me deixou com medo. Senão fosse meu amigo, eu acho que teria chorado.

_Seu amigo?

_O que tem olhos como o nascer do sol.

Yu se espantou, se lembrando de Wei Wuxian sentado no colo de Wangji rindo. Ele o beijava e parou por um momento o olhando com um sorriso bobo no rosto.

Sempre ao seu lado (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora