(Ravi): Como assim o meu pai era mau?
(Legionário Melyor A): Seu pai já costumava andar com uma duplinha bem... perturbada.
Flashback - Mais de 40 anos atrás
-Seu pai era 1 ano escolar mais avançado que seus tios e tias. Ele estudava na sala ao lado de Alex, Grazielli e seus demais parentes. Ele fazia parte do trio "RHV", iniciais de Rafael, Hugo e Victor.
(Hugo): Ei, mano. Olha lá! - Aponta para Alex e Lucas que estavam comendo juntos no intervalo.
(Rafael): O que pretende fazer? Afundar a cara deles na privada igual a última vez?
(Hugo): Quero fazer algo pior...
(Victor): O banheiro tá cheio de criança... - Diz Victor estressado voltando do banheiro.
(Hugo): Ei mano, pensamos em fazer uma surpresinha pro Alex e pro Lucas.
(Victor): Vocês querem fazer isso de novo? Não acha melhor dar uma trégua?
(Rafael): Trégua? Nem pensar.
(Victor): Hm... - Resmunga discretamente.
(Hugo): Já sei o que fazer. Vem.
-O trio vai para o pátio da escola e procuram pedras. Não uma ou duas, mas várias. Enchem as mãos com britas de todos os tamanhos e guardam em uma sacola de supermercado. Se passam duas horas e todos os alunos já estão liberados. Alex e Lucas vão juntos por morarem no mesmo condomínio. Rafael, Hugo e Victor esperavam os dois na primeira esquina que iriam curvar.
(Victor): Cara, essas pedras são para o quê? - Pergunta sussurrando.
(Hugo): Pra jogar neles!
(Victor): O QUÊ!?
(Rafael): O que você achou que iríamos fazer com elas?
(Victor): Cara, essas pedras são grandes. Vai machucar eles!
(Hugo): Se é essa a intenção.
-Até então o não considerado casal estava se aproximando da esquina. Rafael e Hugo encheram suas mãos com as pontudas pedrinhas, mas Victor se recusava a fazer tal ato. Quando a dupla enfim chegou e foram recebidos por saraivadas de pedrinhas, correndo imediatamente para o lado oposto. Enquanto Alex e Lucas corriam no sentido contrário de Victor, Rafael e Hugo se divertiam com as pequenas gotas de sangue resultantes de cortes superficiais causados pelas pedras.
(Victor - pensamento): Isso não foi legal...
-Mais tarde naquele dia, Victor comprou três grandes sacos cheios de marshmallows sabor baunilha e com várias cores sortidas. Ele ouviu as colegas de Alex e Lucas comentando o fato disso ser a sobremesa favorita de ambos. Chegando no condomínio, Victor toca a campainha do apartamento de Lucas, que ao ouvir o nome do "inimigo" tem certo receio de deixá-lo subir, mas permite ao ouvir o garoto citar os doces de presente. Subindo para o apartamento de Lucas, o garoto abre a porta e recebe-o descontentemente.
(Lucas): O que quer?
(Victor): Pedir desculpas para você e o Alex. Não era minha intenção jogar aquelas pedras, foi culpa do Rafael e do Hugo.
(Lucas): Não é pra mim que você deve pedir desculpas... o Alex foi atingido no pescoço por uma bem afiada. Foi superficial mas feia.
(Victor): E como ele tá?
(Lucas): Bravo, óbvio. Os pais deles ficaram furiosos querendo saber quem foi. Aparentemente, a mãe dele não botou muita fé no "caí na saída da escola".
(Victor): Pode me levar no apartamento dele?
(Lucas): Querer não quero, mas tá né.
-Lucas e Victor descem um andar e chegam no apartamento 38, apartamento onde Alex morava. Lucas toca a campainha e a mãe de Alex atende a porta.
(Mãe de Alex): Lucas, querido. O que faz aqui essa hora?
(Lucas): Boa noite, senhora Lina. Esse é Victor Castro. Ele queria falar com o Alex.
(Mãe de Alex): Não sei se o Alex vai querer receber alguém agora, mas tudo bem. Entrem.
-Ambos os apartamentos de Alex e Lucas eram consideravelmente bem decorados. Não eram apartamentos muito grandes, por serem de bairros classe média, mas era de fato muito bonito de se morar.
(Mãe de Alex): Como anda a Fabíola, Lucas?
(Lucas): A mamãe está bem. Inclusive falou para eu convidar vocês pro aniversário dela no sábado que vem lá em casa.
(Mãe de Alex): Iremos com certeza. Ela ainda gosta de vinho tinto? Por que eu acho que seria um ótimo presentinho.
(Lucas): Ela adora!
-Lina bate na porta do quarto dizendo "Alex, você tem visitas" com uma voz adocicada. De lá, sai Alex com um pequeno curativo no pescoço. "Deixarei vocês conversarem" disse a senhora Lina, saindo de perto dos garotos.
(Alex): O que ele quer?
(Victor): Eh... oi, Alex. - Diz nervoso.
(Lucas): Victor queria pedir desculpas pelo que aconteceu mais cedo.
(Alex): Ele pensa em alguém que não seja daquela droga de grupo?
(Lucas): Sei que está com raiva, mas poderíamos pelo menos escutá-lo.
(Alex): Não quero. - Disse Alex já entrando para seu quarto e preparando para fechar a porta.
(Victor): Trouxe marshmallow!
-Alex lentamente abre a porta do seu quarto e é possível ver metade do seu rosto com um olhar de atenção.
(Alex): Que sabor?
(Victor): Sortidos.
-Alex dá um leve suspiro e depois segue dizendo "entrem".
(Alex): Vamos conversar aqui dentro do quarto pra mãe não ouvir.
-Na manhã seguinte, Victor não conversa nada com seus amigos Hugo e Rafael. Ele ignora completamente a existência dos antigos companheiros e começa a andar com Alex e Lucas durante os intervalos na escola.
Atualidade
(Ravi): Que engraçado. Nunca achei que ele andasse com gente assim.
(Legionário Melyor A): Você me lembra muito ele.
(Ravi): Sério?
(Legionário Melyor A): Sim. Mas você é bem mais melhor que ele.
(Ravi): Bem mais melhor não existe.
(Legionário Melyor A): Perdão. Não tive aula de gramática na infância.
(Ravi): Você tem quantos anos?
(Legionário Melyor A): 142.
(Ravi): O QUÊ!?
(Legionário Melyor A): O mau de vocês é achar que os Animalys são novinhos. - Finaliza com um riso.
ČTEŠ
A Saga Bestial: Discípulos Bestiais - Livro 3
Fantasy(ATENÇÃO: Contêm violência, xingamentos e possíveis erros ortográficos. Recomendado para maiores de 15 anos) 30 anos se passaram após o Armagedom envolvendo as Bestas, Animalys, Deuses, Elementais e Armeiros. Foi fundada a Feral Academy, escola onde...