A Saga Bestial: Discípulos Bestiais - Livro 3

Temporada 6 - Capítulo 8: A Força do Um

     Era manhã ensolarada de uma segunda-feira, faltando aproximadamente duas ou três semanas para as férias de julho. Os alarmes de todos tocaram e em questão de minutos estavam os Paladinos no ponto de encontro, vulgo escadaria, e estranhamente os meninos demoraram mais do que as meninas.

     Assim que todos chegaram na porta que levava ao Saguão Principal notaram um tumulto logo na entrada.

(Evillyn): O que aconteceu? - perguntou Evillyn ao se aproximar de um terceiranista.

(Terceiranista): As mesas do Saguão! Estão todas destruídas!

     Quando ouviram isso, Agatha rapidamente envolveu todos em sombras e atravessaram o grupo de alunos que estavam na entrada. Era um cenário horroroso.

     No vasto saguão, três mesas imponentes, outrora símbolos de reuniões grandiosas e eventos elegantes, agora jaziam em ruínas. Os cochichos ecoavam como um lamento, marcando o colapso de um ambiente outrora majestoso. Fragmentos de vidro cintilavam no chão, refletindo poucas luzes que ali estavam acesas.

     O lugar que costumava estar adornado com a promessa de celebrações e encontros, transformou-se em um cenário desolado. Bancos que antes acomodavam alunos agora estavam espalhados, derrubados em ângulos estranhos. Os destroços das mesas formavam uma tapeçaria caótica no chão, criando uma visão surreal de destruição.

     A destruição parecia ter um eco palpável nas paredes, como se o próprio ambiente estivesse lamentando a perda da sua grandiosidade. Estilhaços de porcelana, talheres torcidos e arranhados, e restos de arranjos florais agora compunham uma paisagem desfigurada que contava a história de um evento que saiu de controle.

     A magnitude da destruição era evidente nos escombros, mas o silêncio predominante falava mais alto do que qualquer estrondo anterior. O saguão, onde era local de conversas animadas e risadas, agora estava imerso em um pesar caótico, mas o pior conseguia estar logo à frente.

     A mesa dos Animalys C e Z, o lugar onde os mandachuvas e os mestres reinavam, agora sim estava o inferno, um verdadeiro caos. Aquelas mesonas que simbolizavam poder e liderança foram destruídas que nem dá para acreditar.

     As mesas dos chefões, com documentos importantes e coisas que mandavam respeito, agora são só pedaços misturados com a bagunça do que já foi deslumbrante. A madeira de primeira que antes segurava decisões cruciais toda quebrada, com marcas fundas.

     Os chefes, que antes ficavam lá com toda pompa, agora atravessam o bolo de gente, vendo suas cadeiras jogadas e as coisas deles todas espalhadas. Pergaminhos e livros que eram tipo os pilares do conhecimento e da governança, agora tudo arrebentados, com as páginas voando como folhas secas no vendaval da destruição.

    O clima solene que antes dominava o salão agora virou um silêncio pesado, só interrompido pelo barulho dos destroços se ajeitando. A destruição nas mesas dos chefões não é só física, parece que trouxe junto o peso simbólico de uma ordem que já era, deixando um vazio de comando e uma sensação de desolação que vai além dos destroços visíveis.

     Os líderes, ao testemunharem o estado calamitoso do salão, mantiveram uma compostura firme, embora uma sombra de consternação tenha se desenhado em seus semblantes. Os Legendários, cujas mesas outrora simbolizavam a autoridade, observaram a desolação com uma expressão que misturava incredulidade e pesar contido. Suas feições revelavam o reconhecimento do significado simbólico da destruição, enquanto tentavam assimilar a perda de um espaço que representava poder e decisão.

    Os Magistrados, por sua vez, mantiveram uma serenidade cautelosa diante do caos. Suas cadeiras derrubadas e pertences dispersos foram testemunhas silenciosas da anarquia que se instalara, mas suas reações eram marcadas por uma reserva digna. A observação dos pergaminhos despedaçados e livros desordenados carregava consigo uma ponderação sobre o impacto da destruição nas mesas que representavam a essência da governança.