𝗖𝗜𝗖𝗔𝗧𝗥𝗜𝗭𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗕𝗔𝗧𝗔𝗟𝗛𝗔┃em que ela foi o primeiro amor de Edward e sacrificou toda sua vida para protegê-lo.
ou
em que Jasper gostaria que ela olhasse para ele da maneira que ela olha p...
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PRÓLOGO ❛TURN BACK TIME❜
AMARA NUNCA PENSOU EM COMO MORRERIA, porque a vida sempre pareceu ser a incógnita mais deslumbrante que ela poderia desvendar. Ela nunca admirou a morte, ela nunca flertou com o fim, porque a imensidão de sua existência sempre pareceu ser o abismo mais tentador em que ela poderia mergulhar.
Mas a morte bateu à sua porta, sem aviso prévio, sem ser convidada, a arrastando para a escuridão antes que ela pudesse experimentar a luz. A morte a reivindicou, antes que ela pudesse lutar pela vida.
Amara era linda. Aquele tipo de beleza que hipnotizava quem ousasse olhá-la por tempo demais. A beleza que prendia qualquer um em seus olhos escuros. A beleza que encantava através de um sorriso tímido, que fascinava através de um olhar gentil. Amara carregava o tipo de beleza que fazia com que as pessoas cedessem aos seus desejos, que fazia com que elas almejassem realizar suas vontades.
Amara carregava uma beleza que trazia consequências em um mundo que não enxergava nada além de sua aparência. Ela aprendeu muito cedo o que significava ser uma mulher em uma sociedade dominada por homens ruins.
O 'não' que escapou de seus lábios no momento em que um dos jovens mais cobiçados de seu vilarejo a cortejou foi sua sentença de morte. Aos 17 anos de idade, Amara morreu pela primeira vez. A jovem que sonhava em viver assistiu, lentamente, sua vida ser arrancada de si.
Amara se lembrava da feição de morte. Ela se lembrava do frio, da solidão. Ela se lembrava da dor que irradiava por todo seu corpo toda vez que o jovem a espancava. De novo e de novo. Até seu sangue manchar às pétalas brancas das flores que a cercavam. Até que os ecos de seus gritos se tornassem sussurros no meio da floresta.
Ela se lembrava do Sol tocando sua pele enquanto seu corpo repousava na grama. Os cortes, as feridas abertas. O cheiro de sangue. O cheiro da morte. Então, veio o dourado. Amara se lembrava perfeitamente daquele tom de ouro. Aqueles olhos dourados.
O homem de olhos dourados a encontrou quando ela dava seus últimos suspiros. Um murmúrio pedindo por ajuda foram suas últimas palavras, sua última tentativa de sobrevivência. O toque do homem era frio, seus dedos gelados acariciavam sua testa, seu olhar a confortava.
Então, Amara sentiu. Sentiu os dentes do homem perfurarem a pele de seu pescoço, o veneno percorrer suas veias, a agonia que atravessou seu corpo, o medo, a aflição. Aquela dor que ela parecia ser incapaz de suportar.
Carlisle Cullen a salvou naquele dia. Ele a transformou, a tornou uma imortal e prometeu protegê-la.
Amara foi a primeira filha de Carlisle.
A imortalidade nunca foi uma maldição para Amara, foi sua segunda chance. Foi a esperança de poder sentir a vida que não habitava mais em seu corpo. Mas veio com um preço. A sede por sangue humano. A sede que parecia queimar sua garganta, que lutava para controlar todos os seus sentidos.
