15

1.7K 218 112
                                    

Meta: 70 comentários (emojis e comentários aleatórios serão desconsiderados)

📌 22 de maio de 2023. Rio de Janeiro.

D É B O R A

— Puta merda, era ele? Imagina o quão bravo ele deve ter ficado, hein? — Gerson solta uma risadinha enquanto acelera o carro.

Acabou que eu não fui embora cedo, apagamos depois de um belo banho. Acordei ainda na cama dele. Assim como os meninos do Palmeiras, o time dele tem jogo fora do Brasil essa semana, então o volante vai viajar. Antes disso ele fez questão de me deixar no hotel onde eu estou hospedada, porque também vou embora para São Paulo hoje.

Minha equipe só não está maluca atrás de mim porque deixei avisado que iria sair e não iria voltar no mesmo dia. Só não esperava que fosse ser como foi. Putz! Foi mil vezes melhor.

— Bravo? Você prepara as pernas no próximo jogo contra eles. — brinco e Gerson faz careta.

O camisa 20 do Flamengo me tratou muito bem. E nem tô falando com malícia. Ele realmente foi além disso. Com certeza rola um replay quando eu tiver aqui pelo Rio de novo.

— Mas vocês tinham algo sério? — pergunta olhando para o trânsito.

— Pra mim era sério, pra ele não. É típico de vocês do futebol. — debocho.

Pra mim todo o desprezo que eu estou tendo com Gustavo está sendo necessário para ele entender o quão importante e válida eu sou. Importante pra ele perceber que eu sou desejada por outros homens e que se ele pensa que eu vou ficar no pé dele até mesmo quando ele me reduz ao título de mera amiga, ele está muito, mas muito enganado.

Gómez poderia dizer pra qualquer outra pessoa que éramos amigos, eu entenderia, mas não pra Jazmín. Não é como se eu fosse perdoar isso em uma conversa. Não mesmo. Sequer penso se vou perdoar.

— Ei, não generaliza assim não, preta. — passa a mão na minha coxa.

Gerson sabe que ele também é assim.

— Não caio mais no papinho de jogador de futebol, ok? — sorrio nasalado.

— Não foi o que pareceu essa madrugada. — provoca.

Essa madrugada não era eu, era outra Débora. Meu corpo está dolorido, minhas pernas ainda estão cansadas, e eu sei que tenho marcas suficientes que me lembram que noite foi essa. Eu merecia um momento de diversão depois de tanto caos.

— Cuidado. Sou um pesadelo vestida de sonho. — tiro a mão dele que está repousada sobre minha coxa.

— Não rola nem uma despedida por aqui? — pisca com um sorrisinho ordinário no rosto.

— Não gosto de despedidas, preto. E isso não precisa ser uma. — umedeço os lábios.

— Acontece que eu também não caio no seu papinho, Dedé. — estala a língua no céu da boca. — Mas você é boa.

— É. Eu sei. — devolvo o sorrisinho ordinário.

Finalmente estacionamos na frente do meu hotel.

— Até logo, então. Foi um prazer te conhecer. Quando tiver pelo Rio, já sabe. Tem meu contato salvo. — beija o canto da minha boca.

— Gostei do até logo. Nada de despedidas, GG. Foi realmente um prazer te conhecer. E quando for jogar em São Paulo... já sabe também. — gargalho baixinho antes de sair do carro.

Subo para meu quarto ainda tentando assimilar tudo que aconteceu de ontem pra hoje. Eu, palmeirense, de rolo com Gustavo Gómez, saio de São Paulo para vir pro Rio de Janeiro, e chegando aqui vou pra uma resenha do Gabigol, saio de lá acompanhada de Gerson e passo a noite com ele. Porra! A sorte está a meu favor. Muita coisa em pouco tempo.

Anyone • Gustavo Gómez [PAUSADA]Where stories live. Discover now