CAPÍTULO 31 Epílogo

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Anastácia Stelle

6 meses depois

Reserva Aoraki Mackenzie - Nova Zelândia
“Anastácia Stelle , a herdeira do conglomerado Hill e Stelle , uma
das maiores empresas especializadas em armamento de alta
tecnologia dos Estados Unidos, entrou para a história ao lançar um
sistema de proteção baseado em uma rede de defesa de amplo
espectro magnético. O que foi tomado por especialistas do governo
como “Uma revolução para a era eletrônica, onde guerras deste
nível se tornam cada vez mais comuns, visto que o poder de um
país se encontra nos segredos que seu governo mantém dos
inimigos.” Não podemos permitir que nossos dados sejam invadidos
e o A.S é sem sombra de dúvidas o sistema mais completo que já
vi. Parabéns à Hill e Stelle  por nos presentear com mais um sucesso
e à senhorita Anastácia Stelle , que nos provou que a próxima geração
do conglomerado está em boas mãos.”
Reli o jornal mais uma vez quando desembarcamos do avião
e entramos em um carro alugado, tomada por uma animação
estranha.
— Por que trouxe isto? — perguntei para Christian que
assumia a direção do veículo, enquanto eu me ajeitava no banco do
passageiro ao seu lado.
O belo exemplar masculino estava vestido com um terno azul
marinho sob medida e que realçava seus olhos. Um dos raros
modelos que ele tinha que não era completamente preto, enquanto
eu apostei em um vestido dourado com uma fenda profunda nas
costas.

— Não me canso de lê-lo. — Ele sorriu e se inclinou em
minha direção, depositando um beijo casto em minha boca. — Está
pronta? — Ele olhou para a estrada à nossa frente.
— Sim, mas queria ao menos ter trazido meu celular comigo.
Tiramos alguns dias de férias depois do lançamento do A.S
e Christian resolveu fazer uma surpresa e escondeu todos os
detalhes da nossa viagem. No fim das contas, desembarcamos na
Nova Zelândia.
Nova Zelândia, pelo amor de Deus!
Nem nunca tinha saído de Chicago, não fazia ideia do que
esperar.
— Faz parte do acordo. Sem celulares. — Apontou. — E tem
mais um detalhe. — Ele estreitou os lábios em um sorriso contido
quando uma venda surgiu em sua mão direita.
— Vai me vendar? — disse, engasgada.
— Vai valer a pena, amor. — Ele a posicionou sobre meus
olhos e a amarrou. — Confia em mim?
Sorri com a pergunta.
Christian se tornou meu porto seguro, meu companheiro e
a cada dia que passava eu o amava ainda mais. Nossa rotina era
muito corrida, mas preciosa. Lobo ainda não aceitava nenhuma
missão que precisasse passar a noite fora. Antes disso, ele queria
ter certeza de que o terror noturno tinha mesmo desaparecido e eu
o amava ainda mais por aquilo. Fazia três meses que não tinha
nenhuma crise e poderia garantir que estava vivendo uma das fases
mais preciosas da minha vida.
— Confio — respondi, ciente de que aquela era a verdade
mais absoluta da minha alma.
Não demorou muito até que parássemos novamente e Lobo
me ajudou a descer do carro sem tirar a venda dos meus olhos.
— Aprendi muito com você nestes últimos meses, meu amor
— ele sussurrou no meu ouvido enquanto continuávamos
caminhando. Podia ouvir outros barulhos e sons pelo lugar, mas não
conseguia identificar do que eram. — Aprendi que você,
definitivamente, corre o risco de matar alguém quando entra na
cozinha. Que sapatos têm o poder de se multiplicar, que posso me

apaixonar por coelhos amarelos, pandas azuis e todo tipo de
bichinhos cor de rosa, além de descobrir que panelas e
eletrodomésticos podem ser usados como armas.
— O que aconteceu com o aspirador de pó foi um acidente.
Juro que não ouvi o Fantasma se aproximando, coitado.
— Eu avisei que ele deveria andar batendo os pés. — Lobo
riu às minhas costas e subitamente parou. — Também aprendi que
dormir abraçado com alguém é infinitamente melhor do que dormir
sozinho, e que existem pessoas que nos completam de um jeito tão
perfeito que chega a assustar. — Ele começou a desatar o nó da
venda. — Também descobri a beleza que existe nas estrelas, e toda
vez que olho para elas eu só penso em você. Hoje, o único medo
que percorre meu coração é o de um dia te perder, Anastácia , minha
estrela. — Ele tirou a venda que caiu revelando um cenário
inacreditável.
— Christian... — Abri a boca, descrente, quando percebi
que estávamos em frente a um pequeno castelo de paredes de
pedra muito alta, no topo de uma colina onde a neblina criava um
cenário mágico.
Havia uma mesa quadrada, pequena, bem na beirada da
colina que dava vista para uma floresta que brilhava sob as
incontáveis estrelas do lugar, e dois pratos dispostos em um arranjo
lindo, onde um candelabro mantinha quatro velas acesas sobre a
mesa.
— Um jantar à luz de velas — comentei mais para mim do
que para ele e olhei para o céu, impressionada. Nunca na vida vi
estrelas tão de perto a olho nu. Elas criavam uma estrada de pedras
brilhantes pelo céu e pareciam tão perto que precisei conter a
vontade de erguer as mãos para descobrir se conseguiria ou não
tocá-las.
— Que lugar é esse? — gaguejei, perdida na beleza
imensurável.
— Este é um dos melhores sítios do mundo para observação
astronômica. — Ele apontou um telescópio gigantesco que ficava
em um ponto estratégico da colina. — Um dos 10 lugares onde
pretendo levá-la para observar as estrelas. — Ele espalmou a mão

na base da minha coluna, nem sequer consegui ver se havia alguém
por perto que eu deveria cumprimentar. No instante em que meus
olhos encontraram os de Christian todo o resto se desfez. —
Dança comigo?
— Mas não há nenhuma música tocando. — Ele riu de lado.
— Uma especialista me disse uma vez que há música em
todos os lugares. Basta prestar um pouco de atenção. — Sorri.
Meus olhos arderam e mordi os lábios para conter a vontade de
chorar quando ele levou minha mão ao seu coração. — Bem aqui,
consegue ouvir? Ele canta para você todos os dias.
Inclinei-me e recostei a cabeça em seu ombro, dançando
com Christian sob a luz de incontáveis estrelas pelo que me
pareceu uma eternidade.
— Eu te amo tanto — sussurrei um tempo depois.
Meu coração era dele e o dele era meu. Nunca ganhei algo
tão precioso antes.

Lobo

Um mês depois...
Anastácia  ainda estava dormindo quando me levantei da cama
para atender um telefonema de Fantasma. Meu irmão tinha recebido
a missão de fazer a segurança de um VIP, cobrindo-o em um grande
evento na Itália. Pelo visto, o VIP era um homem perigoso, já foi
integrante de uma das maiores máfias da região e agora atuava nos
Estados Unidos. Snake, que era quem geralmente adorava casos
como aquele, não pôde pegá-lo, já que surgiu algum imprevisto com
sua informante da CIA. Algo que também me preocupava. Cedric
não era o tipo de pessoa que deixava outras questões influenciarem
no trabalho, mas visto que ele não estava disponível e Fantasma já
conhecia o VIP, o arranjo acabou se dando bem daquela forma, mas
receber uma ligação às 04h da manhã era no mínimo preocupante.
— Eliott? — chamei-o, ainda sonolento.

— Olá, irmão!
— Aconteceu alguma coisa?
— Ah sim, com certeza. — Tentei notar algo diferente em sua
voz, mas Fantasma era especialista em se esconder por trás
daquele tom confiante e alegre de um jeito que chegava a me irritar.
— Ainda tem aquele esconderijo na Itália?
— Tenho. As chaves estão no mesmo lugar de sempre. Mas
para que precisa dele? Aconteceu algo com o VIP?
— Ele está bem, por uma fatalidade do destino, mas sim, ele
sobreviveu. Só está um pouco irritado comigo porque roubei uma
coisa que não devia pertencer a ele. — Estreitei os olhos.
— Você... roubou o VIP?
— Sim.
— Pela minha santa paciência, Fantasma, o que roubou
daquele homem, caralho?
— Uma prisioneira. Não é excitante?
— UMA PRISIONEIRA?

Chegamos no final desse livro
Obrigada gente aqueles que me acompanharam até o final .o livro dois estou fazendo tbm na versão do Cristhian e Anastácia no outro perfil .
Quem quiser o livro na versão do fantasma.

Agradeço à tds o votos e comentários que incentivaram eu continuar a historias beijos ate a próxima.

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