A Submissa - BDSM

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Preparadas para as teorias?

*

- Você sabe que aceitando ser minha submissa vou poder fazer tudo o que eu bem quiser com você, não sabe? - perguntou a dominadora, olhando de cima para sua submissa que estava de joelhos e de cabeça baixa aos seus pés. 

- Sim, senhora. 

- Sabe também que está aqui unicamente para me satisfazer? - questionou, passando os dedos pelo cabelo macio da submissa. 

- Sim, senhora. 

- Dói passar tanto tempo de joelhos? 

- Um pouco. - a submissa responde, olhando para o par de salto alto de cor escura na sua frente. 

- Isso não é nada perto do que posso te fazer passar. Não aprovo punições gratuitas, mas posso ser bem criativa se estiver tendo um dia ruim ou se você me desagradar de alguma forma. Vou te fazer rastejar no meu chão enquanto pede por prazer, vou bater na sua carinha e não vou te deixar ter o que quer se eu não tiver a fim. Você vai ser minha, só minha, enquanto eu posso ter outras submissas. Ouvindo tudo isso, ainda quer ser minha? 

- Sim, senhora. Por favor, me aceite. Farei e aceitarei qualquer coisa para ficar com a senhora. 

A dominadora suspirou. Tinha pleno controle do próprio corpo, de suas sensações, dos gatilhos que sua mente poderia lhe fazer sentir ou lembrar de algo. Puxou levemente a mulher pelo queixo, fazendo-a inclinar a cabeça em sua direção. Achou ela bonita, sim, realmente achou. Ela tinha um corpo atraente de dar inveja a qualquer mulher, uma pele que, particularmente, considerou maravilhosa para ver suas marcas depois de umas palmadas. 

Vinte minutos atrás, abriu a porta a mulher de seu pequeno estúdio particular onde realizava suas práticas de bdsm. Haviam trocado algumas mensagens e combinado este primeiro encontro para que a submissa tirasse suas dúvidas e conhecesse pessoalmente a dominadora. 

A submissa já havia tido experiências com outras dominadoras, não era nenhuma novata e sempre tinha grandes expectativas nas coisas que planejava. Não queria confessar para si mesma, mas queria muito que aquela dominadora lhe aceitasse e lhe proporcionasse a sensação do "sub space" e soubesse cuidar dela. 

O sub space pode ser entendido como uma sensação de transe em que o submisso se vê imerso na experiência e se separa do mundo exterior, do mundo real. A sensação de prazer e dor é capaz de gerar endorfina, causando uma espécie de anestésico natural e aumentando a tolerância de dor do bottom (submisso) induzindo um estado de "euforia". Embora pareça muito atraente, ele não o é, pois o sub space cria um estado mental que impede o pensamento racional e afeta a capacidade de tomar decisões e é aí que a figura de um dominador experiente e responsável se faz necessária. - conforme (dombarbudo.com/guia/o-que-e-bdsm/sub-space/)    

Ela gostou da postura firme e sensual da dominadora, ela vestia um sobretudo vermelho elegante que caía até metade das coxas e um par de salto alto de cor escura. Uma tornozeleira dourada e minimalista mostrava o quão delicado talvez o gosto dela fosse. As unhas pintadas de vermelho escuro e os lábios na mesma tonalidade davam um toque puramente sensual na mulher. 

Quis contestar de imediato quando a dominadora fechou a porta e lhe mandou ficar apenas de calcinha e sutiã e se colocar de joelhos e de cabeça baixa. Era uma grande adepta do bdsm e se identificava como submissa, mas odiava ter que baixar a cabeça e se colocar em posições tão vulneráveis, posições que mostravam que, sim, ela estava um degrau abaixo da hierarquia daquele tipo de relação. O que chegava a ser irônico. 

Amava se entregar a sensação de ser dominada, mas odiava a inferioridade. Ela sabia bem que talvez esse não fosse o termo correto, mas era assim que se sentia e isso incomodava até o ponto em que a entrega começava a gerar prazer. 

God is a Woman - One Shots LÉSBICOSWhere stories live. Discover now