God is a Woman - One Shots LÉSBICOS

Sweet Teacher

** Sempre quis escrever este one, é uma história aconchegante, espero que gostem, votem, comentem e se exercitem, ok? Brincar de dj ajuda na circulação sanguínea...

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Minha barriga revirou, mas já havia se tornado comum. Remexia a caneta pelos dedos e esquecia de controlar meu tique na perna esquerda.

Maio chegou, somando o quinto mês da chegada dela. Nunca tive dificuldades de concentração ou com metodologias, mas agora sinto saudades da professora Judy, uma senhora de 70 anos que se aposentou no ano passado.

A novata não ensina mal, ensina muito bem. Eu que não consigo me concentrar, então apenas finjo entender e enrolo rabiscando qualquer coisa no caderno durante as aulas.

- Desembucha, magrela! Você também acha a nova professora de inglês gostosa!

Minha melhor amiga maluca fala enquanto andamos pelo corredor cheio de alunos indo pra casa.

- Aham, fala mais alto, acho que não conseguiram te escutar na sala dos professores e no banheiro. - digo, apressando o passo.

Dinah solta uma gargalhada sem noção.

- Deixa de coisa, todo mundo acha ela gostosa. Até os professores, a bibliotecária, o cara da limpeza, a tia da cantina e o porteiro também.

- Hunf! E no meio de toda essa fila, tenho certeza de que ela conhece muita gente fora daqui e que um aluno seria sua última opção. - digo, saindo da escola.

- Ta, ela conhece um monte de gente e tem um monte de amigos fora daqui. Mas e daí? Fura a fila, amiga!

- Dinah, pelo amor de Deus, esquece isso. - bufo. - Não importa se você, eu ou a sala toda é a fim dela. Ela não tem cara de quem fica com aluno, ela parece ser bem séria. Você viu o que ela fez com o Johnny só por ele ter perguntado se ela era casada.

Dinah solta uma respiração pesada, seguro o braço dela para que não atravesse a rua toda adoidada.

- Amiga, eu deixo ela pra você. - ela ri. - Pode pegar a gostosona Jauregui, mas vai ter que me contar tintin por tintin sobre tudo.

acabo rindo com ela.

- Aiai Dinah... Só na sua imaginação mesmo. Ela nem deve lembrar do meu nome.

- Sonhar é grátis, bb. Mas realizar é melhor ainda.

Chego em casa e dou um beijo na minha mãe, pego uma maçã na cozinha e saio correndo enquanto ela grita que o jantar está quase pronto.

Largo a mochila num canto e retiro os tênis usando meus próprios pés.

Dinah sempre foi malucona, a dona da risada inconfundível e que fala o que dá na telha e faz o que tem vontade. Certa vez, estávamos no shopping e duvidei que um cara mais velho pediria o número dela, e não é que a doida foi lá se fazendo e o cara pediu o número dela?

Já eu... Um caso perdido.

Nunca liguei para essas coisas de namoro e pegação, não sou desse planeta, como a Dinah mesma diz. "Como alguém não gosta de beijar?", uma vez ela praticamente berrou no meio de uma fila. Não é que eu não goste, eu só... Eu sou do tipo de garota que acredita que o primeiro beijo tem que ser com a pessoa certa e de sexo nem preciso comentar.

Não ligo que todo mundo beije e faça loucuras com alguém que acabou de conhecer numa festa ou na primeira semana de namoro, é só o meu jeito e ponto.

Meu negócio com a nova professora de inglês não passa de um crush impossível.

Uma mulher séria como ela nunca ficaria com um aluno. Talvez até ficasse, mas não comigo. Só nos sonhos da Dinah mesmo.