Princesa do Tráfico

7.8K 294 491
                                    

Oi, lindezas, trouxe uma história muito especial, me apeguei a ela de um jeito sem igual. Está, definitivamente, no meu top 3. Leiam com carinho, ela é muito delicada, mas tratada com a devida forma, é atraente, curiosa e cheia de adrenalina, como disse uma portuguesa amiga minha. Ficou bem grande, mais de 33k de palavras. Espero que vocês sintam o que eu senti enquanto escrevia. Aproveitem.

Preparem as teorias. 

*

O calendário colado na porta da geladeira marcava 22/06/2007, era domingo e o almoço foi servido na grande e barulhenta mesa da cozinha da residência dos Hansen. O falatório era de deixar qualquer visita ruim dos ouvidos depois de alguns minutos, mas os integrantes daquela família estavam mais que acostumados, se houvesse uma refeição em silêncio, provavelmente seria por causa da morte de alguém. 

Todas as doze cadeiras estavam ocupadas, era como um ritual, a tigela de salada era passada de pessoa para pessoa, assim como a de arroz e a de purê. Milika repreendia um dos filhos com o olhar para que ele comesse de boca fechada, mas o caçula riu após balançar a cabeça em afirmativa e jurar ao beijar os pequenos indicadores, sabendo que a mãe não conseguia nem fingir estar brava. Era uma mulher de 45 anos muito paciente e compreensiva, levando sua vida com muito esforço da forma como podia, ah... A mulher fazia das tripas coração para criar os filhos. 

- Hey, vô! Tome aqui o seu remédio. - Seth disse, entregando a cartela de remédios para Aisake Hansen, o mais velho à mesa. 

- Remédio de quê se eu não estou doente? - confuso, o senhor de 70 anos perguntou, encarando a cartela de remédio em sua mão. 

- De diarreia, ué! - o adolescente falou. 

- Mas eu não estou diarreia. - o avô rebateu.

- Claro que está, que eu passei ontem na porta do seu quarto e a avó disse: sai com essa merda mole de perto de mim. 

- SETH HANSEN!!! - Milika gritou para repreender o filho, mas já era tarde, todos riam alto no ambiente a ponto de ficarem com as faces vermelhas por falta de fôlego. 

- Tia, deixa isso comigo, pode ir descansar. - pediu Camila, tomando a frente para lavar a muralha de pratos que se levantava sobre a pia após o almoço. 

- Não, meu bem, tem muito. - Milika tentou, mas Camila fez sinal negativo, já ensaboando a bucha. 

- Não, senhora. Pode ir descansar com pessoal no sofá, dou um jeito aqui. - insistiu Camila, fazendo a tia soltar o ar cansado pela boca. 

- Obrigada, meu bem. Como foi no trabalho? Aliás, você ainda volta pra lá hoje? - Milika perguntou. 

- Sim, o outro turno começa às 16h, preciso voltar. Descanse um pouco, tia. - Camila pede. A mais velha sorri de modo carinhoso e assente, afastando-se em seguida. Camila cantarola "Wherever you will go", sucesso americano dos anos 2000, enquanto ensaboa os copos. Ela sorriu ao ouvir as gargalhadas vindas da sala de estar.

- Não param quietos... - falou sozinha.

SLAP!!!

- AAAHH!!! Dinah!!! - Camila grita, após levar um tapa forte e bastante audível na bunda. - Isso não tem graça, palhaça!

- Claro que tem, eu tô rindo ué! Ninguém manda você ter uma bunda planetária que chama tapa. - diz Dinah, apoiando-se à pia ao lado da prima.

- Ah, sai pra lá. - querendo rir, Camila diz.

- E aí, você já... - Dinah fala baixo, precavendo-se.

- Fiz ontem. - Camila diz com seriedade, enquanto enxagua os pratos.

God is a Woman - One Shots LÉSBICOSUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum