God is a Woman - One Shots LÉSBICOS

Reencontro "Camren was Real"

ATUALIZAÇÃO TRIPLA 2/3

Agora vai ser intenso, preparadas? Vou devagar, mas vou avisando que o colete tem ser grande. Sei que vocês sabem, mas isso aqui é fictício. FICTÍCIO. E nada provavelmente aconteceu da forma descrita.

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POV Lauren

Fifth Harmony acabou há sete anos.

Cada uma de nós foi um lado, seguimos nossos caminhos e, de certo modo, nos redescobrimos, renascemos musicalmente.

Camila foi a primeira.

Ninguém a culpou. Refiro-me a mim e às meninas, claramente. Não ocorreu de imediato, o desligamento foi planejado e a cada viagem, a cada show, a cada subida de escadas que nos levavam ao palco o clima pesava mais e mais. Chorávamos e nos abraçávamos sem avisos. Os empresários causaram uma explosão, fizeram a caveira de Camila e venderam uma vilã à mídia.

O tempo passou, consolidamos nossas carreiras, nossos estilos, mas os shippers ainda me perseguem. Ainda insistem em suas teorias malucas, me marcam em seus posts como se eu nunca fosse desconfiar, fazem manips inacreditáveis e me mandam mensagens como se ainda estivéssemos em 2012.

Ainda é irritante.

Já estava cansada de falar para ocuparem suas mentes com algo produtivo e saudável. Viverem suas próprias vidas investindo seus tempos em coisas concretas. Era tão desgastante e cansativo que chegou um momento em que simplesmente passei a ignorar tudo.

Mas eles não estavam errados. Não completamente.

Camren foi real.

Já não me comunicava com Camila há cerca de dois anos. Namoramos no início da banda, terminamos e voltamos umas dez vezes como qualquer casal adolescente. Tudo era intenso e emocionante, estávamos dispostas a pular até de um penhasco para ficarmos juntas se essa fosse nossa única opção.

Mas acontece que um namoro dentro de uma banda feminina não enchia os bolsos e nem a moral dos empresários. Alegaram que nosso público era restrito a certa idade e que os pais dos fãs os proibiriam de seguir uma banda de lésbicas.

Tivemos que nos afastar brutalmente. Vi ela fingir estar namorando com Austin, andando de mãos dadas, indo a eventos como nós duas fazíamos com as outras meninas. Tive que vê-la beijando outra boca que não a minha, abraçando outra pessoa, dividindo risadas e... Aguentei tudo calada.

Continuamos nos envolvendo às escondidas, mas não era mais a mesma coisa, não sentia mais aquele calor que nosso beijo provocava, não sorríamos mais como no início. Havia esfriado. Nossa ligação havia sido quebrada, não estávamos mais conectadas como antes.

Terminamos de comum acordo. Não tinha por que insistir já que havíamos nos tornado duas estranhas num namoro impossível. Combinamos manter a amizade, afinal, fomos amigas muito antes de namorar e ao menos isso devia continuar.

O tempo foi passando, lançamos novos álbuns, viajamos pelo mundo. Dinah, Ally e Normani sempre tentavam harmonizar tudo, deixando um clima agradável e suave entre todas, mas jamais tomando partido. Elas foram as âncoras do Fifth Harmony.

Mas chegou um momento em que a pressão foi demais. Os empresários, a mídia, os haters, os shippers, nossos pais e até a puta que pariu resolvia infernizar nossas vidas. Todas nós conversamos secretamente sobre o fim da banda, mas a grande questão era "quando e quem"?

Tínhamos contratos e gigantescas cláusulas abusivas de rompimento. Sair da banda naquela altura do campeonato seria se jogar de cabeça numa fogueira. E Camila foi a primeira.