God is a Woman - One Shots LÉSBICOS

Crazy Girl

O amor acaba...
Acaba em qualquer esquina
Em qualquer quarto
Em qualquer desilusão
O amor acaba
Acaba em qualquer bar
Em qualquer mar
Em qualquer dor
O amor acaba
Quando o maço de cigarro acaba
Quando as desilusões se encontram
Quando o sonho se perde
O amor acaba
Acaba quando o outro desiste
Acaba quando a dor insiste
Acaba, só acaba e ponto final.

Em minha cama desarrumada, crio mais um poema sobre ela, sobre o nosso amor, sobre o que se transformou a minha vida.

Soaria muito idiota se eu mandasse pra ela?

Bosta... Ela provavelmente visualizaria a notificação e nem se daria ao trabalho de abrir a mensagem.

Você é uma vadia, Lauren Jauregui.

Suspiro forte.

Uma vadia que amoleceu meu coração de gelo e depois, quando se cansou, jogou fora.

***toque de celular

- Alô?

- Nossa, que desânimo... Cabello, não me diga que andou escrevendo mais daqueles poemas depressivos sobre aquela vaca estúpida?

- É pra dizer ou pra não dizer? - confusa e com preguiça de pensar, pergunto.

- Ah, Mila! Já fazem 9 meses, você precisa virar essa página de uma vez por todas, magrela. Joga esse término no mar do esquecimento e parte pra outra!

- Queria que fosse fácil, Dinah. Só queria isso.

- Odeio quando você faz essa voz. Já se alimentou hoje?

- Já. - minto.

- Você esta mentindo para a sua melhor amiga, Karla Camila Cabello Estrabao do cuzão?

Sem ânimo, sorrio secretamente.

- Não tenho ânimo pra nada. Desculpe. - digo.

- Você só pode ser uma Boderline mesmo.

- Sou o quê? - pergunto.

- É um transtorno de personalidade. Você extremamente sensível, exagerada, intensa, tem um medo extremo de ser abandonada pelos amigos e familiares e o pior, você sofre por um término de 9 meses como se tivesse sido semana passada.

- Ai Dinah, eu realmente não to a fim de me consultar essa noite, ok? Tchau, passar bem.

Desligo o celular.

* * *

No dia seguinte, abro a geladeira e só encontro garrafas de água e iogurte fora da validade. Droga, preciso ir num supermercado.

Já no estabelecimento, pego um carrinho e ando pelos corredores em busca do que preciso para não morrer de fome.

- Hey, sabia que um dia te reencontraria!

Ouço uma voz feminina atrás de mim e rapidamente a reconheço. Viro-me bruscamente.

- O que está fazendo aqui? - de forma rude, pergunto.

- Ue... Compras?

- Você está me seguindo? O que quer de mim dessa vez? Destruir meu coração não foi o bastante da última vez, Lauren? Me deixa em paz!

- O quê? Do que diabos você está falando? - com uma expressão confusa, ela pergunta na defensiva.

- Do que estou falando? HAHAHA! Para de ser sonsa! Eu te proíbo de me dirigir a palavra, te proíbo de sequer pensar em mim! SOME DA MINHA VIDA!