5. Country Traditions

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C A M I L L E

Nas próximas semanas, nós caímos em uma rotina com os meninos Houston. Aos poucos, eles iam se acostumando com o nosso modo de vida, aprendendo e ficando ligeiramente mais confortáveis. Era divertido asssiti-los descobrir novas coisas, coisas pelas quais eu havia crescido cercada por tudo isso e para mim era natural, mas para eles era uma realidade completamente diferente. Em contrapartida, eu também aprendia mais sobre eles.

Rowan era inevitavelmente o líder e seus irmãos costumavam segui-lo como filhotes de pato. Ele, assim como Collin, estava sempre alerta, como se esperasse algo acontecer, algo ruim. Eu sabia que não tinha direito de dizer nada sobre isso, afinal, eu não sabia nada sobre suas vidas antes deles pisarem em nossas casa, sua relação com outros pais adotivos ou ate mesmo seus pais biológicos. Eu não fazia ideia do que eles já tinham visto e vivido, então não podia julgá-los.

Collin era como o braço direto do irmão mais velho e havia sido o mais caloroso até agora. Ele saia para correr comigo e respondia todas as perguntas da minha mãe quando ela puxava assunto, um pouco ignorante ao fato de que os meninos ainda não eram muito falantes. Nolan, entretanto, era o completo oposto, uma nuvem cinzenta, sempre parecendo irritado ou cético. Ele tinha aquele ar de superioridade adolescente, do tipo que revira os olhos metade do tempo, misturado com uma amargura que o fazia parecer mais velho.

Então havia Theo, o menino tímido e que sempre corava quando falava comigo ou nas vezes em que havia encontrado Julie e Gabby. Ele era o que mais buscava a aprovação de Rowan, parecendo terrivelmente receoso de dar um passo errado, mal sabendo que ele jamais seria rechassado aqui. Felizmente, ele parecia ter se dado bem com Dylan e eu estava feliz que houvessem outro adolescente da idade dele, assim ele não se sentiria tão isolado.

Então, finalmente, havia chegado a sexta-feira mais esperada por todos. O dia do primeiro jogo de futebol. Na escola, a animação e confiança eram pulsantes, todos certos de que chegaríamos ao campeonato estadual. Eu sabia que nós tínhamos um bom time e havia visto esses garotos jogarem desde que estávamos no ensino fundamental. Eu conhecia cada coisa que eles podiam ou não fazer e acima de tudo tinha consciência do quão talentosos eles eram, de modo que eu era uma das grandes confiantes também. 

Depois do treino naquela tarde, Gabby e saímos juntas do vestiário feminino, quase que estranhando o silêncio do lado de fora, um contraste com os usuais gritos e barulhos de apito. O time de futebol não havia tido treino, desde que eles jogaram mais tarde. Às sextas, eles tinham reuniões de estratégia para discutir últimos detalhes e então saíam mais cedo para se prepararem. Asher havia voltado para casa horas antes e me informado que havia oferecido uma carona para os Houston, deixando-me espaço para dar carona para Gabby agora, uma vez que éramos as únicas que haviam precisado ficar até mais tarde. 

—  Apostas para o primeiro touchdown hoje. — Gabby perguntou. Nós sempre tentávamos prever quem do nosso time marcaria o primeiro touchdown em cada jogo, porque parecia mais divertido para nós do que tentar adivinhar o placar — Julie disse Bray mais cedo.

—  Asher — eu disse, fazendo-a sorrir.

—  Sempre bajulando meu irmão. — ela provocou e eu ignorei seu comentário, rezando para que minhas bochechas não corassem — Minha aposta está em Bray também. Mas talvez Sage. 

—  Esperta. — eu ri. Nós passamos pelo campo de futebol, avistando o treinador Dale saindo também. Sendo uma cidade pequena, todos o conhecíamos desde pequenos, bem como sua esposa Susan e sua filha de dez anos, Lacie.

—  Boa sorte hoje, treinador! — Gabby gritou, fazendo-o olhar na nossa direção e acenar com um sorriso.

—  Obrigado, meninas!

Where We BelongWhere stories live. Discover now