31. Country Rodeo

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C A M I L L E

Como uma boa garota do Alabama, eu adorava rodeios. Um bom rodeio, com cavalos bem cuidados que eram treinados e montados adequadamente, com competidores que respeitavam seus animais e se conectavam com eles de maneira profunda.

Para nós, era possível entender que a montaria demandava uma conexão natural que algumas pessoas tinham e outras não, como se fosse algo que nascia com você. E, quando se crescia como nós, esse "clique" era sentido muito cedo, como se você simplesmente sempre tivesse sabido. Assim, enquanto a maioria de nós gostava de montar por recreação, apenas alguns se sentiam verdadeiramente atraídos.

Eu tive o pressentimento que Theo era uma dessas pessoas desde a primeira vez que o havia levado para o rancho e o visto com os cavalos. Ele se encaixou ali como se um campo magnético o tivesse puxado. Agora, observando-o, eu tinha certeza de que ele havia criado uma conexão especial, de que algo havia acendido dentro dele e, mesmo que ele não se tornasse um profissional em qualquer ramo envolvendo montaria, isso seria parte dele para sempre. E eu desejava de todo coração que pudesse de fato ser, que ele nunca perdesse o que encontrou aqui.

Estávamos sentados nas arquibancadas, que pareciam mais cheias cada vez que eu olhava ao redor. O sol estava se pondo e com o cair da noite vinha a abertura do rodeio. Considerando que era a maior atração que a cidade recebia no ano, não era surpreendente que quase toda a sua população estivesse aqui, ávida pelo entretenimento. Dessa forma, todo o nosso grupo de amigos não poderia estar em qualquer outro lugar também. Julie, Nash, Sage e Gabby estavam apostando entre eles e eu colocava minhas em Gabby uma vez que ela podia esconder, mas sabia de todas as fofocas e informações desse meio através de seu pai, de modo que seus palpites seriam os mais fundamentados. 

Collin e Rowan, que haviam aparecido momentos depois de deixarmos Nolan com os amigos dele, estavam sentados perto de Theo e estavam ouvindo todos os comentários que o menino mais novo fazia, sua empolgação transbordando em palavras e destoando de sua usual quietude. Collin e Rowan nunca haviam saído para cavalgar, embora eu achasse que estava perto de convencer Collin, mas nenhum deles jamais havia dissuadido Theo quando ficou claro de que aquilo estava se tornando um hobby corriqueiro. Assim como havia acontecido quando Nolan mostrara interesse no beisebol, os mais velhos pareciam apenas satisfeitos em vê-los felizes, em ver a empolgação e a vida em seus olhos.

Bray e Nick eram os que estavam mais perto de mim, mas ainda havia um lugar vago à minha direita, coincidentemente.

Asher estava lá embaixo, junto com o pai que estava conversando com amigos antigos e clientes, como um bom empresário local faria. Levando em conta que Asher assumiria o lugar do pai um dia — porque ele amava essa terra o suficiente para ser claro que esse era seu único destino final possível — era interessante que ele fosse gradualmente se familiarizando com os contatos do pai e se inserindo.

— Você falou com o senhor Miller? Ele estava procurando você ou sua mãe. — perguntei para Bray, que assentiu. Extraoficialmente, ele era o braço direito da mãe quando se tratava da fazenda e, embora Nick e Sage tivessem assumido responsabilidades também, sempre parecera diferente com Bray, mais adulto. 

—Bray quer vir sozinho ano que vem para parar de ver idiotas tentando dar golpes na mamãe como se ela fosse boba. — Nick comentou, meio exasperado e meio divertido — Como se ela tivesse nascido ontem e não soubesse com o que está lidando. 

— Eles aparecem todo ano. — bufei — Alguém disse para a mamãe hoje que ela deveria vender toda a terra para algum "produtor de verdade" e ficar só com a pousada. Ainda disse que seria menos cansativo para ela.

Where We BelongWhere stories live. Discover now