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CALÍOPE MARINO
Itália | Roma

— Não esquecir nada mãe, eu já falei. — revirei os olhos com a insistência da minha mãe ao perguntar se tinha esquecido algo em casa. 

— Tudo bem, mas não pense que vou sair daqui correndo e vou levar algo que esqueceu. — murmurou.

— Eu também amo você. — abracei a mesma fortemente.

— Prometa que não vai deixar de mandar notícias, e atender minhas ligações Calíope! Você tem essa mania horrível de sempre deixa esse celular no silencioso.

— Eu prometo, mãe. Vou te ligar todos os dias e mandar mensagens sempre que puder. E vou deixar meu celular sempre no volume máximo, só para você não reclamar mais.

Minha mãe sorriu, mesmo com os olhos marejados. Ela sabia o quanto estava sendo difícil para mim me despedir e ir para tão longe. Mas ela sempre me apoiava em todas as minhas decisões, e eu sabia que ela estava orgulhosa de mim.

— Vamos, Callie, você não quer perder o voo, né? — meu namorado, Dylan, disse, tentando aliviar a atmosfera pesada.

Eu me virei para olhá-lo e sorri. Ele sabia o quanto eu desejava fazer esse intercâmbio em Nova York, e estava disposto a esperar por mim durante um ano em que eu estaria fora.

— É melhor irmos mesmo, antes que eu mude de ideia. — disse, segurando as lágrimas que ameaçavam cair.

Nos despedimos da minha mãe com mais um abraço apertado e beijos no rosto. Prometi que a avisaria assim que chegar em Nova York, para tranquilizá-la. Fui ao encontro do Dylan, que segurava minha mala, e juntos caminhamos em direção ao portão de embarque.

Enquanto caminhávamos, segurei a mão de Dylan com força.

— Vai ser estranho ficar sem você aqui, Callie. Mas eu sei que você vai aproveitar cada segundo em Nova York. E eu estarei aqui te esperando, quando voltar. — ele disse, sua voz cheia de carinho.

Eu assenti, tentando conter as lágrimas que lutavam para escapar.

— Obrigada por estar ao meu lado nessa jornada.

Chegamos ao portão de embarque, e as lágrimas finalmente escaparam dos meus olhos. Nos abraçamos uma última vez, antes de me virar e embarcar no avião.

Encontrei meu assento e me acomodei, sentindo um misto de ansiedade e empolgação. Eu estava indo para Nova York, uma cidade cheia de oportunidades e possibilidades. Era o começo de uma nova etapa da minha vida, e eu estava pronta para abraçá-la de braços abertos.

Enquanto o avião decolava, olhei pela janela e vi o rosto de Dylan se distanciando. Sabia que seria difícil ficar longe dele, mas também sabia que era uma experiência única, que me traria crescimento pessoal e profissional.

Respirei fundo e fechei os olhos, pronta para enfrentar essa nova aventura. Nova York, aqui vou eu.

[...]

NOVA YORK

Assim que a voz do piloto ecoou pelo avião avisando que estamos em solo americano, meu coração disparou. Eu finalmente estava realizando um dos meus maiores sonhos.

A viagem de avião foi tranquila e logo eu estava desembarcando em Nova York, a cidade que se tornaria meu lar pelos próximos meses. Eu sentia uma mistura de nervosismo e euforia enquanto pegava minhas malas e saía do estacionamento do aeroporto.

Passei pelo portão de desembarque e procurei pela minha hostfamily.

Procurava por uma placa com meu nome, indicando que eles estavam ali me esperando. Logo, avistei um casal de meia-idade, sorrindo amigavelmente para mim. Eles seguravam uma placa com o nome "Callie" escrito em letras grandes e coloridas.

Com um sorriso no rosto, me aproximei do casal.

— Olá, eu sou a Callie. Muito prazer em conhecê-los. — estendi a mão para cumprimentá-los.

— O prazer é nosso, Callie. Seja bem-vinda a Nova York e à nossa família. Eu sou Jenna e esse é o meu marido, Christopher. — a mulher se apresentou, enquanto o homem assentiu com um sorriso.

— Oi, Callie. Nós ouvimos falar muito sobre você e estamos muito empolgados em tê-la conosco. Se quiser, podemos ir direto para casa ou podemos te levar para conhecer alguns lugares antes. O que prefere? — Christopher perguntou, gentilmente.

Eu olhei para os dois e senti a empatia e o carinho que transmitiam. Era um alívio, pois toda a ansiedade que sentia antes de conhecer a nova família estava começando a diminuir.

— Gostaria de conhecer a cidade um pouco, se não for nenhum incômodo para vocês. Acho que seria uma ótima maneira de começar essa nova fase. — respondi, com um sorriso tímido.

Os dois sorriram e concordaram prontamente. Jenna pegou a minha mão e me conduziu para fora do aeroporto, enquanto Christopher pegava as minhas malas. Seguimos em direção ao carro, e eu me senti grata por ter encontrado uma família tão acolhedora logo no início da minha jornada em Nova York.

Enquanto caminhávamos entre as ruas movimentadas da cidade, Jenna começou a me contar um pouco sobre a família Smith e sobre a rotina em Nova York. Me senti animada ao ouvir sobre as oportunidades de estudo e trabalho na cidade, e também sobre as diferentes atividades culturais e pontos turísticos que poderíamos aproveitar juntos.

Eles tinham um filho, apenas um. Jenna contou que optou por entrar no programa de intercâmbio, porque não teve a oportunidade de ter um outro filho, então se sente privilegiada em receber intercambistas em sua casa e nos acolher.

Depois de darmos um pequeno tour pela cidade, Christopher se dirigiu a residência da família. Pelo que eu estudei sobre eles, a família tem uma empresa muito bem renomada em Nova York, sendo uma das maiores. Jenna era uma modelo muito bem renomada alguns anos atrás, mas se afastou quando teve seu primeiro filho, sendo assim começou a trabalhar com o marido, na ALPHAELITE.

Chegamos em frente a uma grande mansão, com uma fachada imponente e jardins bem cuidados. Fiquei boquiaberta ao ver o tamanho e a elegância da casa dos Smith. Era de tirar o fôlego.

Enquanto entrávamos, Jenna explicou que a casa tinha sido projetada por um famoso arquiteto e que eles a tinham reformado recentemente. Ela me mostrou cada cômodo, com orgulho, até chegarmos ao meu quarto.

Abri a porta e me deparei com um quarto espaçoso, com uma decoração moderna e aconchegante. Tinha uma cama grande e confortável, uma escrivaninha perfeita para estudar, um armário amplo e um banheiro privativo. Era tudo o que eu poderia querer.

— Espero que goste do quarto, Callie. Fizemos questão de deixá-lo bem confortável para você. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar. — Jenna disse, sorrindo.

— Obrigada, Jenna. O quarto está perfeito, fico feliz e grata por tudo o que vocês estão fazendo por mim. — agradeci, emocionada.

Jenna me abraçou calorosamente e senti que estava entrando em uma família acolhedora e cheia de amor. Me senti abençoada por ter sido escolhida para fazer parte da vida dos Smith durante esse intercâmbio.

 Me senti abençoada por ter sido escolhida para fazer parte da vida dos Smith durante esse intercâmbio

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