Twenty one | 21.

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KILLIAN SMITH

Enquanto a multidão se dispersava, eu permanecia afastado, observando o movimento ao redor. Meus olhos escuros percorriam o ambiente, captando cada detalhe. Não era a primeira vez que eu estava em uma cena como essa, e tinha uma atenção especial para a energia.

Meus lábios se curvaram em um sorriso de canto ao ver ela dançando. Ela estava imersa na música, seu corpo se movendo com uma graciosidade natural. Era como se a música a possuísse, e eu não podia deixar de admirar a maneira como ela se soltava na pista de dança.

Meus olhos se estreitaram quando percebi a presença dele ao lado dela. Eu conhecia bem ele, sabia que era um sujeito aparentemente confiante e seguro de si. A forma como ele e ela dançavam juntos, compartilhando sorrisos e olhares, não passou despercebida por mim.

Aquele vislumbre dela com outro homem acendeu algo dentro de mim. Era uma mistura de emoções complexas, uma batalha entre meu lado racional e minha natureza impulsiva. Eu me lembrava das palavras dela sobre manter o foco, sobre evitar distrações. E ali estava ela, dançando com ele, parecendo genuinamente envolvida no momento.

Franzi a testa, afastando os pensamentos que ameaçavam inundar minha mente. Eu não tinha o direito de sentir isso, não tinha o direito de me importar com quem ela escolhia passar seu tempo. Eu tinha meu próprio mundo, minhas próprias responsabilidades, e não podia me dar ao luxo de me deixar envolver em emoções desnecessárias.

No entanto, minha observação atenta não parou. Eu vi como o mesmo se aproximou de dela, como eles compartilharam conversas e risadas. Eu notei como ele a fez rir, como eles pareciam ter uma conexão instantânea. E, embora eu quisesse ignorar, uma sensação incômoda se formou em meu peito.

Cerrei os punhos, afastando-me da cena. Eu estava deixando minha mente ser consumida por pensamentos que não tinham lugar em minha vida. Eu era o líder, um homem que estava acostumado a controlar cada aspecto de minha existência. Não podia me dar ao luxo de ser perturbado por algo tão trivial quanto uma mulher dançando com outro homem.

Com um último olhar na direção deles, virei as costas e me afastei, determinado a recuperar o controle de meus sentimentos e pensamentos. Eu sabia que tinha objetivos a cumprir, uma reputação a manter e uma vida que não podia ser abalada por distrações passageiras. E enquanto a música e a noite continuavam ao meu redor, me obriguei a deixar para trás qualquer pensamento que não estivesse alinhado com minha personalidade implacável e determinada.

Dei um último trago no cigarro, e entrei no carro, indo colocá-lo na linha de partida.

Assim que estacionei, descir do carro e voltei para o local onde meu grupo estavam.

Ryle se aproximou com Dexter ao seu lado.

- Que cara é essa? - Ryle perguntou, agarrada a Dexter.

- O de sempre. - Respondi secamente.

- Parece que alguém acordou de mau humor hoje. - Ryle comentou.

- É, parece mesmo. - Dexter concordou, dando risada.

Meus olhos continuaram a observar a cena, não importava o quanto eu tentasse evitar. Era uma tortura.

- E quem é o sortudo com a Calíope? - Dexter perguntou.

- Layon. - Ryle respondeu. - Eles combinam bem, não acha?

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