Sixteen | 16.

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CALÍOPE MARINO

Enquanto o filme começava a tocar na tela, Ryle e eu nos acomodamos com uma pilha de comida não saudável entre nós. Eu sabia que precisava me reerguer, e essa era a primeira etapa.

Conforme a trama do filme se desenrolava, senti meu ânimo aumentando. Ryle e eu compartilhamos risadas genuínas e comentários sarcásticos sobre os personagens. Pela primeira vez em muito tempo, consegui me desconectar dos problemas e mergulhar em algo mais leve.

Após o filme, quando as caixas de comida vazias estavam espalhadas na cama, Ryle deu um longo suspiro e se recostou.

- Ufa, acho que exageramos um pouco. - Ri suavemente, me sentindo grata por essa pequena distração.

- Foi bom, Ryle. Realmente precisava disso.

Ela sorriu, mas seus olhos mostraram que ela sabia que essa era apenas uma pausa temporária.

- Callie, sei que agora tudo parece sombrio, mas você tem dentro de si uma força incrível.

Senti um nó na garganta ao ouvir suas palavras sinceras.

- Obrigada, Ryle. Não sei o que faria sem você.

Ela me abraçou novamente.

- A gente se ajuda, Callie. E lembre-se, hoje pode ter sido um dia ruim, mas amanhã é uma nova chance de recomeçar e de encher a cara novamente.

- A parte de recomeçar até vai, mais encher cara nunca mais... - digo.

- Aa, um bebida não mata ninguém. Só beber com moderação, e outra, temos que aproveitar. Não é todo dia que temos essa disposição!

Ri do seu jeito de resolver tudo.

Enquanto a tarde avançava, Ryle e eu conversamos sobre coisas triviais, rimos das histórias engraçadas do passado e, aos poucos, comecei a sentir o peso da tristeza diminuir. Ryle tinha uma maneira única de me fazer esquecer as preocupações e me lembrar que, mesmo em meio à escuridão, havia sempre uma luz brilhando em algum lugar.

- Bem, acho que é hora de eu ir. Você precisa descansar um pouco mais e, amanhã, vamos enfrentar o que vier juntas.

Agradeci a ela com um sorriso sincero.

- Ryle, você é a melhor amiga que alguém poderia pedir.

Ela piscou para mim.

- Eu sei, querida. Brincadeira! Mas estou sempre aqui para você, não importa o quê.

Acompanhei Ryle até a porta, a sensação de gratidão enchendo meu peito.

Mas a realidade voltou. Enquanto eu e Ryla conversamos, eu pensei na possibilidade de começar um estágio na ALPHAELITE, talvez Christopher e Jenna gostariam do meu trabalho.

Quem sabe não posso ser uma nova contratada?

Respirei fundo, indi até o escritório de Jenna.

Bati algumas vezes na porta até ouvir um "entra" sutil.

Abrir a porta, dando visão de Jenna sentada em sua cadeira, rodeada de papéis.

- Callie, sente-se. - a mesma desviou sua atenção dos papéis, trazendo para mim. - já estava indo ao seu quarto, fiquei preocupada com seu sumiço quase o dia todo.

- Desculpe, estava indisposta para descer. Passei a manhã inteira com a Ryle no quarto, sabe como é, coisa de meninas... - Ela sorriu.

- Sim, entendo. A noite ontem foi bem conturbada e bem sucedida, graças a você!

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