Thirty one | 31.

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KILLIAN SMITH

Antes de subir para o meu quarto, decidi que precisava de um momento sozinho para relaxar e colocar meus pensamentos em ordem. Em vez de seguir Layon e Calíope, pedi ao bartender para entregar uma garrafa de whisky na área da piscina.

Caminhei até a área da piscina, a brisa noturna era suave e reconfortante. Encontrei uma espreguiçadeira afastada e me acomodei. A garrafa de whisky estava à minha frente, e eu sabia que não deveria exagerar, mas naquele momento, a ideia de tomar um ou dois drinques para relaxar era tentadora.

Enquanto eu bebia e contemplava o céu estrelado, meus pensamentos vagavam. A rivalidade com Calíope estava me consumindo mais do que eu gostaria de admitir. Tínhamos estilos de trabalho diferentes, mas eu não podia negar que ela era talentosa.

À medida que a garrafa de whisky diminuía, minha mente começou a ficar turva. Eu me sentia cada vez mais relaxado, e a tensão que tinha carregado durante o jantar estava desaparecendo. Bebi mais um gole e depois outro, até que a garrafa estava vazia.

Os efeitos do álcool eram evidentes, e meus olhos pesavam. Deitei-me na espreguiçadeira, olhando para o céu estrelado acima. Minha mente estava confusa, e eu não conseguia pensar claramente. A última coisa que lembro antes de cair no sono foi o som suave das ondas quebrando na praia próxima.

[...]

Enquanto eu estava imerso no sono pesado e embriagado, fui gradualmente despertado por uma voz distante que parecia ecoar em algum lugar no fundo da minha mente. A princípio, ignorei a voz e tentei voltar ao sono, mas ela persistiu, ficando mais nítida e insistente.

- Senhor... está tudo bem?

Finalmente, a voz penetrante rompeu minha névoa etílica o suficiente para que eu abrisse os olhos. Uma figura indistinta estava ao meu lado, e levei um momento para perceber que era um dos funcionários do hotel.

Minha cabeça latejava dolorosamente, e meu estômago se revoltava com o excesso de álcool. Tentei me sentar, mas minha visão estava turva e minha coordenação estava seriamente comprometida.

- O que... o que aconteceu? - murmurei, minha voz rouca e fraca.

O funcionário do hotel me olhou com uma expressão de preocupação.

- O senhor teve um pouco de... diversão ontem à noite. Bebeu mais do que devia, parece.

Eu consegui focar melhor e percebi que estava ainda vestido com o terno da noite anterior. Isso fez minha ressaca parecer ainda pior.

- Eu... eu preciso de um café forte. - Minha voz estava mais firme agora, e eu me esforcei para me levantar.

O funcionário do hotel me ajudou a ficar de pé, e juntos nos dirigimos ao restaurante do hotel, onde me prometi que nunca mais iria olhar para uma garrafa do whisky desse lugar tão cedo. Era um lembrete doloroso de que, mesmo nas circunstâncias mais relaxantes, meus demônios internos podiam surgir para me atormentar.

No restaurante, o funcionário do hotel gentilmente me ajudou a encontrar uma mesa vazia. O lugar estava relativamente tranquilo naquela manhã, e eu agradeci mentalmente por não ter que lidar com muita gente em meu estado atual.

Pedir um café forte foi a primeira coisa que fiz quando me sentei à mesa. O aroma do café recém-preparado era reconfortante, e eu sabia que precisava de toda a cafeína possível para me tirar daquela ressaca.

Enquanto esperava pelo café, olhei para o relógio na parede do restaurante e percebi que estava atrasado. Muito atrasado. Minhas reuniões com Calíope e Layon estavam marcadas para começar em breve, e eu ainda estava preso em um estado de embriaguez e ressaca.

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