Thirty Four | 34.

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CALÍOPE MARINO

A noite parecia pulsar com energia, e a adrenalina da situação começava a me contagiar. Eu estava começando a ver um lado de Killian que raramente surgia.

Enquanto dirigíamos pelas ruas, eu me permiti aproveitar o momento, apreciando a sensação de liberdade que há muito tempo não sentia. Conversamos sobre coisas diversas, o que ajudou a aliviar um pouco da tensão entre nós.

- Como soube dessa racha? - questionei curiosa, tentando entender como Killian estava tão bem informado sobre eventos na cidade.

Killian lançou um olhar de canto para mim, seus olhos brilhando com uma faísca de diversão.

- Possa se dizer que as notícias no México correm rápido para aqueles que desejam saber, entende? - Ele sorriu de maneira misteriosa.

- E desde quando você sabia?

- Isso não vem ao caso agora. - Killian manteve sua atenção na estrada, mas sua resposta só aumentou minha curiosidade.

Finalmente, chegamos ao local da racha. Carros velozes alinhavam-se ao lado da rua, enquanto uma multidão animada se reunia para assistir. A atmosfera estava eletrificante, e o rugido dos motores dos carros de corrida ecoava no ar. Killian estacionou o carro, e nós saímos.

Eu estava começando a perceber que Killian estava muito mais envolvido com esse mundo do que eu jamais imaginara. No entanto, era revigorante ver essa paixão nele, e por um momento, esqueci todas as nossas diferenças.

- Kllian Smith, el mejor corredor de todo México... - Um rapaz alto, moreno e com tatuagens pelo corpo caminhou em nossa direção.

- Ora ora, se não é o pior piloto da região... - Killian respondeu ironicamente, mas logo ambos caíram na gargalhada.

- Quanto tempo cara... - o rapaz misterioso se afastou, enquanto analisava Killian. - Porque não apareceu mais?

Killian pareceu um pouco pensativo antes de responder.

- Muita coisa aconteceu. Mas agora estou de volta, pelo menos por uma noite.

O clima entre eles era de camaradagem, mas eu ainda estava tentando entender essa faceta de Killian.

- Parece que vocês têm muitas histórias para contar - comentei.

Killian e seu amigo compartilharam um olhar significativo.

- É verdade, boneca. - Ele virou-se para o amigo. - Mas agora, estou mostrando a Calíope aqui o que um autêntico piloto mexicano é capaz de fazer.

O amigo de Killian, cujo nome descobri ser Carlos, riu.

- Estou vendo que vocês têm um plano. Quero ver isso. Boa sorte, irmão.

Carlos se juntou com um grupo de pessoas que estavam à todo vapor em volta de carros de luxo.

O ambiente das corridas de rua estava nos envolvendo, e a atmosfera elétrica e as emoções latentes eram contagiantes.

- Então você é o "melhor" piloto daqui? - provoquei de maneira irônica.

Killian lançou um sorriso confiante.

- Possa se dizer que sim.

- Não acho isso tudo, você é apenas um piloto como os outros.

Ele riu da minha provocação.

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