Thirty Eight | 38.

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CALÍOPE MARINO

Após o final do coquetel, os elogios e as propostas positivas inundaram a noite. Os chefes e parceiros das empresas mexicanas vizinhas nos deram uma recepção calorosa, expressando interesse contínuo em nossa parceria.

— Parece que causamos uma ótima impressão. — Layon comentou, satisfeito, enquanto cumprimentávamos os anfitriões.

— Sim, foi uma noite produtiva. — Concordei, observando o sorriso de aprovação nos rostos dos presentes.

Killian, ao meu lado, não disse nada, mas seu olhar transmitia uma satisfação mútua. A tensão entre nós se misturava agora com uma sensação de realização profissional.

— Calíope, precisamos marcar uma reunião para discutir os próximos passos. — Layon interrompeu meus pensamentos.

— Claro, Layon. Vamos organizar isso na próxima semana. — Respondi, focando novamente nas formalidades da conversa.

Após os cumprimentos finais, nos despedimos dos anfitriões e caminhamos em direção à saída do local do evento. O ar fresco da noite mexicana contrastava com o calor e a agitação do salão.

— Uma noite e tanto, não é? — Killian quebrou o silêncio, olhando para mim com um sorriso sutil.

— Certamente. Acho que conseguimos o que viemos buscar. — Respondi, mantendo uma expressão profissional.

Layon, próximo a nós, concordou com um aceno de cabeça. Juntos, embarcamos no carro que nos levaria de volta ao hotel. O trajeto foi pontuado por comentários esporádicos sobre os destaques da noite e as expectativas para a parceria.

Ao chegarmos ao hotel, nos despedimos brevemente no lobby, concordando em nos encontrar na manhã seguinte para discutir detalhes específicos da parceria.

Layon se despediu e entrou no elevador, indo para seu quarto.

No entanto, antes de seguirmos cada um para seu quarto, Killian propôs:

— Acha que podemos comemorar a noite de alguma forma? — Sua sugestão era carregada de insinuações.

— Não sei, Killian.   — Tentei manter a seriedade, mas a atmosfera descontraída do momento se infiltrava. — Daqui a dois dias temos que voltar para Nova York e reajustar a rotina.

— Ótimo, nos vemos mais tarde então! — o mesmo se afastou, sem me dar brecha ou até mesmo ligar para minha resposta.

[...]

Dois dias se passaram desde aquela noite. As últimas 48 horas foram repletas de reuniões, negociações finais e a confirmação oficial da parceria. O sucesso do evento ainda ecoava em nossas mentes, mas agora, estávamos nos preparando para voltar para Nova York.

No lobby do hotel, pegamos nossas malas, cada um imerso em seus próprios pensamentos sobre os próximos passos. A tensão que havia sido dissipada na noite do coquetel agora se manifestava de uma maneira diferente, uma vez que nos aproximávamos do retorno à rotina habitual.

— Prontos para voltar? — Layon perguntou, quebrando o silêncio que pairava entre nós.

— Sim, acho que já conseguimos tudo o que precisávamos aqui. — Respondi, ajustando a alça da minha mala.

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